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Peixe do meu quintal José Soares
Quem tem medo do André?
“André Ventura só pode estar a ganhar terreno, por negligência e incompetência política dos restantes”
As esquerdas do leque político português uniram-se de forma bizarra para combater o “inimigo comum”: André Ventura.
Parece mesmo que dormem aos sobressaltos e com fantasmas noturnos na cama, que lhes trazem os mais estranhos pesadelos de Santa Comba Dão.
Amedrontados pelas sondagens que sobem para o ‘Chega’ e sobretudo pela nuvem negra que vislumbram no seu próprio horizonte político, começaram há muito uma campanha com o objetivo único de denegrirem, custe o que custar, o partido ‘Chega’
Medo de quê? E de quem? E porquê?
No que dizem os números neste momento, o ‘Chega’ irá ter mais alguns deputados em São Bento nas próximas eleições legislativas portuguesas. Também dizem as sondagens que o candidato à presidência da República André Ventura não irá ganhar mais do que 15 a 20% dos votos. Marcelo mantém distância confortável e estável por enquanto.
Mas André Ventura não concorre às presidenciais para ganhar! A sua estratégia é a visibilidade que terá enquanto candidato e isto basta-lhe por enquanto.
Então por que carga d’água é que os partidos da extrema-esquerda estão com os cabelos em pé?
Como pode um só homem meter tanto medo e receio a dezenas de deputados? Ele é apenas um no meio de 230 membros!
Se a democracia portuguesa tem permitido a existência de extremistas da esquerda como o Partido Comunista Português, ou mesmo o Bloco, em certa medida, não pode essa mesma democracia segurar alguém da extrema-direita? Se acaso se trata mesmo da extrema-direita!
André Ventura só pode estar a ganhar terreno, por negligência e incompetência política dos restantes. Por que se todos os deputados e deputadas optarem por fazer política com a transparência e limpidez que a Democracia exige e a Constituição comanda, não há que ter medos.
E ninguém tem medos. Têm receio, que é diferente.
Receio de perder deputados, caso Ventura ganhe alguns. Suponhamos que o partido ‘Chega’ consiga eleger mais 10 deputados ou deputadas nas próximas legislativas portuguesas, são dez que alguém vai perder, pois que o tacho só leva 230.
Receio de haver mais vozes “fora da caixa” a desmascarar as politiquices cada vez mais hediondas de São Bento.
Receio de que as claques, as elites, as castas que agora governam com excessivas libertinagens, sejam cada vez mais expostas aos olhos do cidadão comum.
Receio de que a seita de 230 membros seja infiltrada por indesejados que não aceitam jogar nas regras internamente combinadas e estabelecidas.
Receio. Esta é que é a questão. Se um deputado, sozinho, já faz tamanha barulheira, que dizer de dez? Ou, maldição, de vinte?
Mas se todos e todas fizerem o seu trabalho com dignidade, o povo não é tão estúpido como o pintam. O eleitor saberá escolher.
O medo é um filho bastardo da ignorância. Mas o receio é o medo de nós próprios.
Como se admite que o Banco Novo, salvo com os milhões de euros pagos pelo contribuinte, ainda distribua prémios ao seu conselho de administração?
Como se admite que haja tantas leis contraditórias, capazes de oferecer fugas a culpados endinheirados, os quais só têm de contratar bons advogados para singrarem entre toda a confusa legislação existente?
E quem fabrica toda essa confusão legislativa, senão o clube dos 230 deputados? Compromissos interpartidários, concessões e benesses aqui e ali, desvios financeiros para alimentar a máquina do clube.
A política ativa em Portugal é o único negócio chefiado por uma casta que comanda a seu belo prazer. Entre todos os grandes partidos principalmente. Daí que o povo esteja farto e se revolte democraticamente, elegendo (experimentando) outras ações.
É assim que funciona a Democracia.
Aos que demonstram desagrado pelos que falam alto e livremente, só tenho a dizer-lhes que trabalhem. Trabalhem mais, com menos retórica esvaziada e enganadora.
André Ventura, como outros, são o fruto natural das asneiras cometidas por todos os outros.
Quer queiram quer não os extremistas da esquerda radical, é assim que funciona a Democracia.
Aos insatisfeitos, só posso convidá-los a emigrarem para a Coreia do Norte ou para a China.