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ENTRE DATAS…
Bom dia… foi nos fins do mês de maio a nossa última publicação na rubrica de “opinião” neste e, em outros OCS. – Razões? Quiçá … Talvez nem nós próprios o percebamos.
Uma coisa é certa… um “bichinho” que não o COVID… graças a Deus, nos atormentava pela inação que de nós se apoderara, fazendo com que um compromisso assumido como cidadão comprometido estivesse em causa. Reconhecer as nossa faltas, é algo que devemos ter em conta. Assim, procuramos saber junto dos diretores dos jornais com que colaboramos da possibilidade do nosso regresso que, mereceu a anuência e o estímulo dos mesmos, à continuidade da nossa colaboração. Aqui, reconhecidos, agradecemos publicamente a sua generosidade.
ENTRE DATAS… o porquê do título.
Entre o último que relembro “AGORA… MAIS DO QUE NUNCA! A RAZÃO NOS ASSISTE”, muita água correu sob as pontes das nossa ribeiras. Perfaz hoje precisamente 40 dias. Período rico e farto de acontecimentos que deveriam ter-nos merecido a então e habitual “Opinião”.
Para além do tema que corre mundo e que se nos torna comum, da “pandemia covidiana” (será assim que se diz e escreve?) tivemos datas históricas, acontecimentos políticos e sociais importantes, internos e externos. Visitas de terceiros não somenos importantes, que teimam em continuar e a quererem ser “sombras e vozes” (embora pareça, não é plágio não.) na vida dos Açores e do seu Povo. Muitas até com o patrocínio e conluio a chamada “panelinha” subserviente de pseudosservidores de uma Autonomia castrada à nascença, como muitas vezes já temos referido.
De datas, referiremos quatro que, nem de propósito quase aconteciam na mesma semana. Dia chamado da Região Autónoma dos Açores (1 de junho – segunda-feira da Pombinha); Dia 6 de junho (sábado) na lembrança da histórica Manifestação do mesmo dia em 1975; Visita relâmpago de Marcelo Rebelo de Sousa, num raid do Falcon presidencial no dia 7 (segunda-feira) e durante exaustivas 3 horas ao Concelho de Nordeste e, o 10 de junho (quarta-feira) Dia de Portugal, Cerimónia presidida pelo Embaixador Português Pedro Catarino no Palácio Azul em Angra do Heroísmo.
Neste ano de 2020, a crise pandémica que atravessamos, obrigou a que todos os eventos ditos de celebrações públicas, a um repensar das que nos habituámos, e a redesenhar o seu formato. Deste dia maior da Região Autónoma dos Açores que acima referimos, decorrendo maioritariamente à distância, sem imposição de Insígnias Honoríficas, a presença de convidados, bem assim as tradicionais sopas do Espírito Santo. Discursos os q.b. Presidentes da AL e do Governo. Ficaram-nos desta celebração a estrofe do Hino da Região Autónoma dos Açores a partir de Angra do Heroísmo e, da autoria da nossa Natália Correia “Deram frutos a fé e a firmeza no esplendor de um cântico novo: os Açores são a nossa certeza de traçar a glória de um POVO”.
Do 6 de junho referiremos o que, foi possível dentro das circunstâncias do confinamento e ao respeito que nos deve a defesa comum da saúde das nossas “gentes”, ficamos nós, os independentistas, por uma videoconferência do “líder” Rui de Medeiros com um resultado de visualizações muito positivo de alguns milhares e, de algumas intervenções nas redes sociais e, alguma comunicação social. “Açores Sempre” presente.
Saltamos a visita de S.Ex.ª. o Presidente da República Portuguesa a Nordeste por não se tratar de uma Celebração, mas de um acontecimento político, referindo-nos a seguir, ao 10 de junho que, mais uma vez foi protagonizado na nossa “casa” no Solar da Madre de Deus, em Angra do Heroísmo, morada oficial de Sua Ex.ª. o Embaixador Pedro Catarino, Representante da República Portuguesa nos Açores. Não com a insolência com que Marcelo Rebelo de Sousa usou em 2018 aqui em Ponta Delgada e, em cujo espaço das celebrações a 9 por antecipação, já que S.Ex.ª. teria que apadrinhar a referida celebração nos EUA no seu próprio dia, desapareceram na sua maioria os símbolos autonómicos. Na obrigação do respeito pelas limitações impostas pela da DRS e numa celebração caseira, Pedro Catarino, valorizou na sua mensagem, o “comportamento cívico” e “espírito de solidariedade” dos açorianos na resposta à pandemia de COVID-19, tendo esquecido um pedido de desculpas, devido pelo seu apadrinhado a uma “continuidade territorial” imposta pelos DDT de Lisboa, e falta de resposta à solicitação do governo dos Açores para o fecho do espaço aéreo aos voos oriundos do território chamado pomposamente de Continente. Demora uma “SEVERA” anunciada em que se propõe a extinção de um cargo imposto pela República e que é uma bofetada ao Povo Açoreano.
Do acontecimento político:
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo seu “Olheiro Mor” o RRP, esteve em São Miguel durante a tarde de domingo (dia 7 de junho) onde visitou o concelho do Nordeste, o mais afetado nos Açores, pela pandemia da Covid-19. Na sua estadia de 3 horas enalteceu os profissionais de saúde daquela Vila Micaelense (chamada de 10ª Ilha). Valorizou o facto da Região não registar nenhum caso ativo de Covid-19, garantiu que visitaria aquela, em agosto, fomentando o turismo interno, (agora já fez a mesma promessa de visitas de fim de semana aos Algarvios em retaliação à tomada de posição dos ingleses à abertura do corredor aéreo Grã-Bretanha/Portugal). Em três horas foi soberba a sua atuação, bateu palmas aos profissionais de saúde, apresentou os pêsames aos que perderam os seus familiares e, politicamente disse ser possível manter as eleições regionais em outubro dada a situação epidemiológica nos Açores. A ver vamos. Na próxima lhes dedicaremos o assunto
Ah… quase nos esquecíamos. S.Ex.ª. referiu pelo menos por duas vezes a expressão “Povo Açoreano” finalmente…
“Toda a máscara tem um buraco por onde escapa a Verdade”
José Ventura
Ribeira Grande, 2020-07-09