JOÃO DE MELO SIMPLESMENTE… não deixar em branco! J VENTURA

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SIMPLESMENTE… não deixar em branco!

Pensamos e repensamos. Resolvemos não passar em branco porque “quem não se sente não é filho boa gente”, na afirmação de “Sim sou Independentista” (https://www.yumpu.com/pt/document/read/60560413/sim-sou-independentista)

Ao assunto:

Não pondo em causa, os predicados literários do escritor João de Melo através do seu acervo literário, composto (salvo erro) e conforme a Wikipédia por 30 obras abrangendo ficção, ensaios, antologias, poesia, livros de crónicas e de viagem, que o levaram a receber diversos prémios, condecorações e medalhas, nem querendo entrar em questiúnculas, pois de nós, longe a ideia de nos transformar critico literário e, reconhecendo o trabalho acima referido do Dr. João de Melo, não podemos deixar em branco, isto sim, a forma como o mesmo, na sua entrevista a um jornalista do DN, publicada no Açoriano Oriental e, a jeito de apresentação do seu último livro “Vozes e Sombras”, o seu ficcionismo como afirma na mesma, lhe dê o direito de denominar a nossa luta e a defesa da nossa “causa” dos independentistas açorianos em 1975, como uma acção terrorista e a adjetivação de separatistas.

De alguém que bastante cedo partiu da sua “terra” voltando à mesma esporadicamente e, por razões obvias com a sua atividade literária. Não admitimos a “revisão devastadora” anunciada que chegou às nossas livrarias no dia 30 de junho conforme nota de entrada à entrevista em causa.

Do “Terrorismo” Atribuir «acção terrorista» aos manifestantes do 6 de junho, à FLA e, nacionalistas que defendem a Independência dos Açores, é manifestamente má vontade e distorção da verdade histórica que foi aquela data, para a concretização da Democracia em Portugal, tendo em atenção a conturbada e complexa conjuntura político-militar que ali se vivia.

Terrorismo”? Se alguma vez existiu, partiu do “continente” e no “continente” através da acção (esta sim) terrorista, MDLP do General Spínola – com o ELP, seu braço armado. Das “Brigadas FP 25 de abril” comandadas por ex-servidores do regime chamado de fascismo, no comando da Legião e da Mocidade Portuguesa, que se serviram dos “cravos nas ruas” para interesses sociais e políticos próprios. Não esqueçamos os vários grupos associados aos partidos em formação à data, da extrema-esquerda à extrema-direita (assaltos a sedes partidárias adversárias, perseguições, roubos de armas e de explosivos).

Não fosse o 6 de junho nos Açores e, subsequentemente o 17 de novembro, perguntaríamos se o “Grupo dos Nove” e o seu “Movimento” teriam surgido a tempo de parar os desmandos lá na “Res Pública”. Com a entrega do País à sovietização da Rússia, “coisa” que, a Administração dos EUA mentores de uma colonização portuguesa, pagantes e subsidiários da defesa nacional nunca deixariam. (quiçá, não fosse a Base das Lages parar a outra potência que não fosse a América Democrática)

De José de Almeida, o “líder histórico do Movimento pela Independência dos Açores”, Não deve rir-se o “nú do mal vestido” José de Almeida, Homem com “H”. Honesto, simples, verdadeiro, nunca negou a sua condição de filho do povo açoriano. Embora como muitos outros, que partiram para o Portugal de então, por essa ou aquela razão social, no retorno à sua terra à sua “Pátria” assumindo a identidade de “nacionalista”, defendeu sempre, num diálogo exigente, reconhecido e responsável com o Governo Central, a forma de conseguir, democraticamente, um referendo que viesse aprofundar o ativismo público

em defesa da independência dos Açores. Sempre defendeu uma independência com Portugal e não, contra Portugal e o seu Povo. Do processo histórico da “causa” que defendemos, ainda muito há a dizer em relação à sua internacionalização e ao “juízo de valor” de alguns governantes portugueses. O Professor, Diogo Pinto de Freitas do Amaral Em 1980 enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros num encontro com independentistas em Viseu e, depois de uma conversa sobre a independência dos Açores referiu no fim da mesma e com certa pena o se pensamento assim “no dia em que os açorianos decidissem ser independentes, Portugal passaria a ser, uma região espanhola”.

Da ideia negativa, que muito boa gente tem da subsistência política, económico-financeira de uns Açores Independentes, também referenciada na entrevista do Dr. José de Melo, viremos no próximo artigo, dizer o que pensamos do mesmo.

Procuraremos fazê-lo:

1º perante a afirmação do professor catedrático José Filipe Pinto dos ativos que Portugal ainda tem “A língua, o Mar e os Açores” e do Documento Preliminar de Costa e Silva, a sua afirmação de “os Açores são a oportunidade se ouro”

Sem dúvida somos tentados a acabar hoje assim: «Antes morrer livres que em paz sujeitos».

José Ventura

2020-07-22