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J.m. Soares de Barcelos
1 hr · Edited ·
Curiosidades sobre a linguagem açoriana
A “batata-doce”, originária da América do Sul — no Brasil a sua cultura está disseminada por todo o lado —, é também muito cultivada nas ilhas. Atualmente, é cultivada em várias regiões de Portugal continental, principalmente no sul, Alentejo e Algarve, mas também na região de Mira, concelho de Cantanhede e, se calhar, até mais para o norte. Curiosamente foi levada para África pelos portugueses nos séculos XVI e XVII, onde os negros lhe chamavam ‘quiquoa quiá N’Pato’ o que quer dizer “quiquoa de Portugal”.
Na Terceira, ainda há bem poucos anos se pronunciava “bautizado” em vez de “batizado” e, em S. Jorge, ainda muita gente se recorda da quadra:
Sou natural de S. Jorge,
Bautizada na Matriz,
Estou aqui pra este canto
Foi a sorte que assim quis.
Vem a ser um arcaísmo ali conservado. Em “Os Lusíadas”, Camões escreve:
“[…] Que tão pouco era o povo bautizado
Que, pera um só, cem Mouros haveria […]”.
→ continua…
Outra grafia de quiquoa: QUIQUOA QUIÁN’PATO