inundações em dili

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A propósito das (cada vez) mais comuns inundações em Díli, parece-me que há um fator que tem já um peso muito relevante nos problemas dos últimos anos (e que curiosamente não tenho visto comentado):
em pouco tempo, por falta de espaço na planície da cidade, muita gente começou a construir na encosta a sul da cidade. Isso provocou muita mexida de terras, o que, a juntar à natural desmatação para procura de lenha (a lenha continua a ser o combustível mais comum nas casas timorenses, para cozinhar; o gás não é ainda uma alternativa, por ser muito caro: uma botija de 9kg de gás custa 34 dólares e uma de 12 kg custa 45 dólares), leva a que os canais de drenagem e as ribeiras estejam muito mais assoreados, cheios de lama, areias e pedra que vem com cada chuvada.
Ou seja, não será apenas a quantidade de água a mais , mas principalmente o facto de os canais para a drenagem encherem de detritos muito mais depressa.
Uma volta pelas zonas mais próximas da montanha, em dias de chuva, (Metiaut, Becora, Taibessi, Balide, Matadouro, Vila Verde) dá bem para ver essas avalanches de lama e pedras que descem da encosta, que com as construções na montanha, ficam muito mais expostas a este tipo de erosão.
Estou a perceber isto mal, Engenheiro Benjamim Hopffer Martins?
Joao Paulo Esperanca, Shusan Liurai and 23 others
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  • Fernando Carvalho

    Em Metiaut nada, repito, Nada, foi feito para minorar os efeitos de chuvas intensas anunciadas. As ribeiras não foram limpas (desassoreadas) das avalanches de Abril último, os canais de drenagem para o mar continuam entupidos, as construções na montanh…

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