incultura demita-se sr diretor regional da incultura

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Incultura?
A questão não é pessoal, social, política, partidária ou de qualquer outra índole. É apenas e tão só cultural. Repito: cultural.
A partir daqui, não vou andar com rodeios, meias-palavras e subterfúgios. Não, não vou, tanto mais que o assunto é muito sério e muito preocupante!
O padre-dr. Ricardo Tavares será uma boa pessoa, um correcto cidadão e um fiel servidor da Igreja Católica, mas, objectivamente, não serve para director regional da Cultura. Não, não serve! Desculpe, mas não serve! Já se percebeu muito bem isso pelas suas atitudes públicas e declarações públicas…
A drª Madalena San-Bento, licenciada em História, professora e formadora, é uma intelectual e uma escritora de créditos bem firmados e reconhecidos, tanto mais que já foi premiada pela sua valiosa obra literária.
Vi uma filmagem do interrogatório/avaliação da drª Madalena San-Bento como directora da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, com vista à renovação ou não do seu mandato, muito esclarecedora sobre o director regional da Cultura, também presidente do júri. Aquilo foi de uma pobreza atroz e uma lamentável humilhação de uma pessoa de grande gabarito intelectual.
O padre-dr. Ricardo Tavares não percebeu uma coisa tão simples: a drª Madalena San-Bento não precisa da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada para viver, dedicou todo o seu muito saber à instituição e não tem que ferrar bezerros para agradar a alguns sectores. Não! Ela impõe-se como verdadeira mulher de Cultura!
Já se percebeu que a drª Madalena San-Bento vai deixar a direção da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. O seu único “pecado” é ter sido nomeada pelo anterior Governo Regional socialista. Eu também concordo que algumas personalidades nomeadas pelo executivo anterior deviam e tinham que ser substituídas, por razões diversas, mas algumas, como a drª Madalena San-Bento, deveriam continuar, atendendo a que desempenharam as suas funções com o objectivo único e superior de servir a sociedade e o interesse público, muito acima de partidos e de questões políticas, com elevada e reconhecida competência.
O director regional da Cultura – ou da Incultura, como já dizem – foi uma escolha muito discutível e polémica. O PSD, como principal partido da coligação que integra o Governo Regional, tem entre os seus militantes personalidades muito bem preparadas para a função. Não se compreende! Agora, o presidente do Governo Regional, dr. José Manuel Bolieiro, ao convidar o padre-dr. Ricardo Tavares ou concordar com tal convite, é o primeiro responsável pela situação lamentável que se verifica na Direção Regional da Cultura (ou da Incultura).
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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