HDES PONTA DELGADA A ABARROTAR DE INTERNADOS

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Todas as cirurgias programadas no Hospital estão suspensas
O Hospital de Ponta Delgada está a receber, nas últimas semanas, um número inusitado de doentes, sobretudo idosos, com problemas de gripes e pneumonias, ocupando todas as camas do estabelecimento hospitalar, ao ponto da administração ter mandado suspender todas as cirurgias programadas.
“Há dias que isto aqui é um autêntico caos e não sabemos para onde mandar os doentes”, disse ao nosso jornal um médico, acrescentando que as urgências têm sido “pau para toda a obra”.
“Não fosse a boa vontade de todo o pessoal do quadro e isto estaria sem controlo”, afirma a mesma fonte, recusando-se a dar mais informações “por motivos que todos sabemos”.
Tivemos, no entanto, acesso a uma “nota interna” do Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo, onde é descrito que o Hospital “continua a ter um fluxo de doentes na área médica que, associado à dificuldade em encontrar vagas no ambulatório – cuidados continuados, lares, famílias de acolhimento, etc – tem obrigado à ocupação sucessiva de vagas nas enfermarias cirúrgicas com toda a perturbação e riscos no normal funcionamento dessas enfermarias”.
Segundo a Administração do Hospital, “a situação tornou-se insustentável”, obrigando a medidas que não comprometam a segurança dos doentes e dos profissionais do HDES, evitando, ao mesmo tempo, a acumulação de doentes no Serviço de Urgência. Deste modo, por proposta do Director Clínico, a Administração do Hospital decidiu que “fica suspensa toda a actividade cirúrgica programada, que implique o internamento programado dos doentes”.
As excepções são os casos que estejam em tratamento e cuja cirurgia já programada faça parte do processo terapêutico, doentes com patologia neoplásica prioritária e já agendados, doentes já internados e a aguardar cirurgia nas diferentes especialidades, cirurgias agendadas que impliquem a vinda de cirurgião não residente ou material já requisitado do exterior.
A Administração do HDES garante que “a actividade cirúrgica de urgência, estará para todos os efeitos, sempre garantida”.
Por outro lado, as actividades de cirurgia ambulatória e pequena cirurgia não serão afectadas.
A Administração garante que “a avaliação destas medidas será feita diariamente e tão depressa estejam reunidas as condições, a programação habitual do Bloco Operatório será retomada”.
É, ainda, solicitado aos Directores de Serviço e Chefes de Enfermagem “que agilizem as altas até ao final das manhãs de modo que os internamentos sejam efectuados ao princípio da tarde, possibilitando a avaliação do número de vagas e a programação atempada do agendamento cirúrgico”.
(Diário dos Açores)
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