há neonazis a lutar pelos russos?

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A notícia de hoje é a da existência de grupos neonazis alinhados com Putin e a combater pela Rússia e quem o afirma são os serviços secretos alemães. Claro que os nossos “kamaradas” vão rapidamente dizer que os Russia Imperial Movement com a trupe paramilitar Imperial Legion, os Rusich, os Night Wolves, as milícias chechenas de Kadyrov ou os sanguinários do Grupo Wagner é tudo invenção e vai na volta até combatem é ao lado da Ucrânia. Alexei Milchakov, líder do grupo nazi russo Rusich que também tem ligações ao grupo Wagner, diz que não faz prisioneiros e que adora “o cheiro de carne humana a queimar” mas há dentro dos comentadores habituais nas TV´s portuguesas quem tente branquear isto. Já dão pena e metem dó!
O que é certo é que nem assim o exército russo consegue ter sucesso na ofensiva e hoje Putin mais uma vez chamou o amigo Lukashenko ao gabinete certamente para lhe pedir reforços, caso contrário a transição para uma estratégia defensiva é mais que certa. Lukashenko que tem a população contra ele, o exército em rebelião contra a participação na Ucrânia, a economia duramente atingida por sanções e sabe que só Putin o pode manter no poder – e quer cobrar o preço por isso.
Putin já demitiu comandantes militares acusados de fracasso, o exército reorganizou unidades de combate e começou a cavar as posições defensivas ao norte de Kharkiv enquanto realiza ataques adicionais de mísseis estratégicos em toda a Ucrânia.
O foco das forças russas no momento é o leste da Ucrânia e, em particular, a segurança da região de Donbas. Comparado com as grandes aspirações de Putin nos primeiros dias da guerra, da guerra de 72 horas que chegava a Kyiv, este é um objectivo relativamente modesto.
E apesar de reduzir os seus objectivos, nem assim os militares russos conseguem progressos significativos em face da defesa obstinada dos ucranianos e do fluxo maciço de ajuda militar ocidental.
Milhares de soldados russos foram mortos ou feridos e centenas de veículos blindados destruídos no leste do país. Um enorme esforço para o curto território conseguido ao fim de 3 meses de combate.
Os russos continuam os ataques nas regiões de Zaporizhia e Kherson. Têm ganho algum terreno em Severodonetsk, empurrando o norte e oeste da Popasna de modo a chegar às principais estradas do sector e controlar as linhas de abastecimento. Mas, dada a escala da mobilização militar ucraniana, a quantidade de ajuda ocidental e a demonstrada incapacidade dos russos de realizar operações de grande escala com eficiência, não é seguro que estes avanços não venham a ser perdidos em face de uma contra ofensiva ucraniana.
É provável que a capacidade russa de continuar as suas operações ofensivas na Ucrânia esteja perto de atingir o limite. Os ucranianos corroeram a capacidade física e moral dos militares russos e só uma estratégia engenhosa russa poderá desequilibrar a guerra na Ucrânia.
Putin e o alto comando militar continuarão a exigir avanços, mas dificilmente no próximo mês conseguirão resultados significativos. Muitas das unidades de combate russas estão agastadas, e muitos dos seus soldados e subalternos não têm vontade de continuar a dar mais a uma instituição que nem consegue alimentá-los adequadamente. É certo que ao momento os russos não estão derrotados e tão cedo não abandonarão o território ucraniano e por isso vão simplesmente mudar para uma estratégia defensiva na Ucrânia.
À primeira vista isso poderá simplificar os problemas dos russos na Ucrânia mas a verdade é que isso colocará mais um novo conjunto de desafios. O primeiro desafio é que eles não terão mais a iniciativa. O exército russo, em estratégia defensiva, estará em modo reactivo. O exército ucraniano poderá decidir onde, quando e como enfrentar os russos.
A iniciativa estratégica, operacional e táctica ficará com os ucranianos. Isso dará ao alto comando militar ucraniano flexibilidade sobre o tempo, local, força e sequência das inevitáveis contra-ofensivas que conduzirá para recapturar território.
Um segundo desafio para os russos é que muitas das suas unidades passarão de operações militares para actividades de “apoio à ocupação”. Com efeito, os soldados precisarão se tornar governadores nas áreas da Ucrânia que ainda mantêm e que procuram converter em colónias russas. Isso não apenas drena forças militares para se defender contra os ucranianos, mas também requer uma série de conjuntos de qualificações que normalmente não residem em instituições militares, como a administração civil. E, os russos já sabem da experiência na Síria e na Tchetchénia o quanto isso é pesado e caro.
Um terceiro desafio para os ocupantes russos, para agravar seus problemas já enormes, é que eles vão ter que lidar com um movimento de resistência popular. Como os ucranianos demonstraram ao longo desta guerra, eles são um povo orgulhoso, determinado e corajoso. Já existem muitos relatos de insurgentes ucranianos operando no sul da Ucrânia. Com o tempo isso vai crescer em número nas áreas controladas pelos russos. E os russos também devem imaginar que esses insurgentes serão bem apoiados pelo Ocidente.
Finalmente, o exército russo tem um problema de moral. É difícil para Moscovo vencer o que quer que seja enquanto despreza a vida dos seus soldados. Prova disso as deserções do Exército russo, a incapacidade de recuperar os seus mortos e a falta de apoio às famílias militares. E com isso Putin espera que num exército de soldados mal liderados sejam também administradores, que persigam insurgentes e conquistem os corações e mentes dos ucranianos. E serão precisos muitos mais soldados, um exército para continuar a defesa do território e outro exército para a ocupação – serão, pois, muitos mais do que aqueles que têm atualmente na Ucrânia. A recente decisão ucraniana de desistir da defesa da siderúrgica Mariupol proporcionou uma pírrica vitória para os russos mas é improvável que haja mais desses pequenos sucessos para o exército russo.
À medida que a ofensiva no leste perde força, os russos inevitavelmente terão que fazer a transição para uma estratégia defensiva na Ucrânia e ao fazê-lo, o Exército russo enfrentará uma nova série de desafios difíceis pela frente. É esperar para ver!
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