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E a mulher do ministro Cabrita foi interrogda?
UM ESTADO DE BEM NÃO FAZ O MAL (PARTE IV)
Passaram 70 dias após o acidente entre o automóvel que transportava um ministro e o Nuno Santos.
Num mundo decente, já se saberia o que sucedeu.
Num mundo civilizado, as perguntas que fiz e tantos fizeram, sem demagogias nem hipocrisias, já deviam ter tido resposta. Recordo-as:
1. A que velocidade seguia o automóvel naquele fatídico 18 de junho?
2. Havia algum imperativo de Estado que justificasse o (eventual) excesso de velocidade (e só no caso desse imperativo existir o excesso é lícito e legal)?
3. Sem trânsito, porque seguia pela faixa da esquerda, em contravenção?
4. A obra estava sinalizada e o Nuno Santos devidamente equipado?
5. Já foram dadas garantias à família, ou permanece incerto o futuro de mãe e filhos?
6. E o inquérito está a ser feito por entidade hierárquica e disciplinarmente independente do MAI e do ministro, ou não?
São perguntas legítimas. No meu caso, confesso, nascem de uma profunda indignação com o comportamento do Estado, pois é disso que se trata quando se trata do comportamento de alguém que ocupa funções de relevo e responsabilidade no respetivo aparelho.
Dignidade, respeito, seriedade, razão de Estado, moral, ética. Decência. Tantas palavras me vêm ao espírito para resumir um princípio básico da vida em sociedade, sobretudo quando a sociedade se presume civilizada:
Um Estado de Bem não pode fazer o Mal.
Ora se de facto se está a investigar o que se diz nesta notícia estar-se a investigar, isto é, se o Nuno Santos tinha tendência para ser distraído e essa foi a razão da sua morte, então estamos perto do limite da indignidade.
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