GERMANO ALMEIDA, LUSOFONIA, CONTRADIÇÕES

LUSOFONIA DEFINIDA PELA AICL COLÓQUIOS DA LUSOFONIA

a LUSOFONIA que abarca os que falam, escrevem e trabalham a língua, independentemente da cor, credo, religião, nacionalidade, naturalidade ou ponto de residência. Esta visão visa incluir todos, numa Lusofonia que não Lusofilia nem Lusografia e muito menos a Lusofolia que, por vezes, parece emanar da CPLP e outras entidades.

A Lusofonia é uma capela sistina inacabada; é comer vatapá e goiabada, um pastel de bacalhau ou cachupa,

regados com a timorense tuaka ao ritmo do samba ou marrabenta; voltar a Goa com Paulo Varela Gomes, andar descalço no Bilene com as Vozes anoitecidas de Mia Couto, ler No país de Tchiloli da Olinda Beja, rever os musseques da Luuanda com Luandino Vieira, curtir a morabeza cabo-verdiana ao som De boca a barlavento de Corsino Fontes, ouvir patuá no Teatro D. Pedro IV na obra de Henrique de Senna-Fernandes e na poesia de Camilo Pessanha; saborear a bebinca timorense em plena Areia Branca ao som das palavras de Francisco Borja da Costa e Fernando Sylvan, atravessar a açoriana Atlântida com mil e um autores telúricos, reencontrar em Salvador da Bahia a ginga africana, os sabores do mufete de especiarias da Amazónia, aprender candomblé e venerar Iemanjá, visitar as igrejas e casas coloridas de Ouro Preto, Olinda, Mariana, Paraty, Diamantina, e sentir algo que não se explica em Malaca, nos burghers do Sri Lanka, em Korlai ou no bairro

dos Tugus em Jacarta. É esta a nossa lusofonia.

(Chrys Chrystello abril 2019)

Germano se não sentes nem partilhas isto não venhas aos nossos colóquios….chrys chrystello

Carlos Fino

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GERMANO ALMEIDA NEGA EXISTIR CULTURA LUSÓFONA
“Não gosto muito da expressão lusofonia. Somos escritores de diversos países que usam a língua portuguesa como língua de contacto, como língua de expressão, mas não é uma cultura lusófona.”
Escritor cabo-verdiano Germano Almeida não gosta da expressão "lusofonia"
OBSERVADOR.PT
Escritor cabo-verdiano Germano Almeida não gosta da expressão “lusofonia”
“Somos escritores de diversos países que usam a língua portuguesa como língua de contacto, como língua de expressão, mas não é uma cultura lusófona.”
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  • Carlos Manuel Costa Almeida

    Este não parece perceber como é que lhe surgiu a língua que fala. Foi errado dar-lhe o Prémio Camões? Se calhar foi. Mas tê-lo recebido é que foi seguramente.

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    • 9 h
  • António Carlos Maggiolly

    Vem na sequência de uma declaração idêntica de desagrado feita em países da América do Sul de língua espanhola, por serem conhecidos por países hispânicos, um termo colonialista segundo eles.

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    • 9 h
  • MJoao T. R. Freire

    A ser de facto deveria ter recusado o prémio. Deve ser uma tentativa egocêntrica para ganhar protagonismo com a designação de orografia. Ninguém e mto menos a Lusofonia pretende o seu reconhecimento no passado que tenha alguma vez sentido portug…

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    • 11 h
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  • João Mateus

    Podia ter recusado o prémio

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    • 11 h
  • Humberto Correia Santos – Hcs

    Pois então, NÃO devia ter recebido o Prémio Camões – devia, educadamente, limitar-se a recusá-lo !!!
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    • 51 m
  • Manuel Ant

    Tem certa razão. Quem reescreve a história (não eu) não pode admitir cultura lusófona. Não pode admitir uma cultura lusa multicultural. E de facto não existe: uma é moçambicana, outra angolana, outra guineense, outra cabo-verdeana, outra cabindense, outra santomense, outra brasileira, outra timorense, outra macarnse e até outra indiana… e outra é lusa, portuguesa. E algumas já mescladas de URSS (sem dostoievky ou soljenitsyn) e de Chino Mao. Lusófono (luso+ fono (som, palavra, língua) é a língua comum, e só. Também Não há uma “cultura anglófona“ ou “russófona”. Ou não? Afinal o que é uma ou a “cultura”?
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  • Jose Forbes de Bessa

    Mas querem viver em Portugal

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    • 11 h
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  • Xano Neves

    Luso grafos???? Fala e escreve português porque calhou, podia falar francês, árabe ou berber e não fazia mal nenhum! Aliás, a palavra mais apropriada é paradoxo, tem uns tiques de lusofobia mas fala português!

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    • 10 h
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