GARCIA MONTEIRO . RIMAS

(ainda) GARCIA MONTEIRO:
Manuel Garcia Monteiro nasceu na cidade da Horta (1859). Uma experiência profissional em Lisboa (1881-83) não lhe correu bem, mas permitiu-lhe publicar, sob pseudónimo, o poema «O Marquês de Pombal», que termina em registo épico, apelando a que se celebre «[esse] herói, [esse] atleta gigante / que instituiu a escola e, dominando a Igreja, / nos fez um povo livre, uma nação brilhante. »
Feito tipógrafo, fundou em 1883, na Horta, o jornal «O Açoriano».
No ano seguinte, emigrou para os EUA, rumo à Califórnia, mas não passou da Nova Inglaterra, onde se empregou como operário tipógrafo, estudando de dia, o que lhe permitiu concluir o curso de medicina (em 1890, segundo George Monteiro), tendo exercido em East Boston e depois em Cambridge, onde faleceu. Colaborador da imprensa açoriana e também de jornais de Lisboa, do Porto e do Rio de Janeiro.
Eduíno de Jesus e Pedro da Silveira chamaram a atenção para a qualidade literária das suas «Rimas de Ironia Alegre». Por altura do centenário da edição de «Rimas de Ironia Alegre», Carlos Jorge Pereira (investigador da Universidade Aberta) editou-lhe uma breve antologia. Nela escreve que se deve «considerar Garcia Monteiro, muito provavelmente, o mais completo poeta satírico entre, de um lado, Tolentino e Bocage e, do outro lado, um Alexandre O’Neill.(….) chegamos à conclusão surpreendente de que Garcia Monteiro será o grande poeta satírico da literatura portuguesa do século XIX.»
Na «Nota» final do seu livro, Garcia Monteiro informa que os versos assinalados como escritos em Boston se referem a coisas ainda observadas na sua terra.
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Ruy Ventura

Olha, o tal livrinho!
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