GALIZA E LÍNGUA

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A LINGUAIGE PORTUGUESA E O ESPANHOL
UMA COMPARAÇÃO INADEQUADA
A comparação da terminologia “lingua espanhola ” com “língua portuguesa ” não é muito lógica nem comparável passe o pleonasmo.
Aquilo que se convencionou chamar português tem origem num espaço territorial muito estrito onde se formou uma comunidade de falantes muito particular entre as duas beiras do rio Douro que partilham um mesmo nome, Portugal, Portugale, Portucale ou Portus de Cale.
Alargando o leque territorial desde dois castros em ambos os lados da foz do Douro, que são no fundo dous marcos de pedra de dois territórios mais bastos, vamos ao longo da história “marcar” ao norte a Callaecia derivada dos callaecos de Calle e ao sul a Lusitânia desses mesmos Callaecos de Calle e praticamente até Conimbriga, Colimbriga ou Coimbra, de que Calle ao sul do Douro fazia parte já ao tempo do Paroquial dos Suevos.
Essa Calle ou também Portucale de Coimbra era denominada pelos Romanos como Castrum Antiquum ou Romanorum. Era a Cale antiga dos Romanos. A cale ou Portucale ao norte era o Castrum Novum ou Suevorum, porque os suevos lhe deram o estatuto episcopal e se tornou após 572 a capital de um bispado ao norte do Douro até ao Ave a esbarrar com a diocese metropolitana de Braga que por seu lado esbarrava no rio Lima na diocese de Tui que esbarrava esta lá em cima na ria de Vigo.
É este espaço bastante basto que formatará o que se designará a linguaige do português. Do Mondego de Coimbra até a ria de Vigo.
E porque português, porque o ponto de inflexão de ambos os territorios galaicos e lusitanos é de facto Portucale-Portucale.
Relativamente à língua Castelã que se designou espanhola no mundo, é inadequado o termo generalista “espanhol” porque Hispânia, Hespanha ou Espanha não é um ponto estrito no mapa geográfico tal como é Castela ou Portucale, Astorga, Leão ou Miranda, de onde surgem comunidades de falantes bastante coesas ou homogéneas.
Espanha como espaço geográfico abrange muitas línguas diferentes ou diferenciáveis e com diassistemas até incompativeis como é o caso do Euskera.
Será pois perfeitamente ambíguo e desadequado chamar ao castelão de espanhol, quando isso é inadmissível na própria constituição espanhola.
Pois nessa constituição está escarrapachado que existem várias línguas espanholas e oficiais.
O castelão, o basco, o galego e o catalão.
Até para aumentar a ambiguidade deveria também incluir o português da Galiza e o português de Olivença como língua oficial espanhola.
Porque na Galiza também existe português ao sul dessa mesma Galiza na parte do Jurez/Xurés.
Claro que toda esta ambiguidade teria que ser reformulada na constituição espanhola.
Mas isso terão que ser os espanhóis a fazer. Todos os espanhóis e não apenas os de Madrid.
Foto: excerto da obra de João de Barros, escrita em 1549, GEOGRAPHIA D ‘ANTRE DOURO E MINHO E TRAS-OS-MONTES.
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Adriano Arantes

Aqui o João de Barros insiste em georreferenciar o Entre-Douro e Minho como pertença da Galiza que ele considera o Reino ou província da Gallaecia antiga e arrisca em afirmar que Espanha é toda a península e Portugal é um reino dessa Espanha como são Castela, Leão, Aragão e Navarra.
Daqui se pode retirar a ideologia da época quinhentista. A Galiza não era Leão, Castela ou Portugal. Era um reyno ou província histórica que incluia de forma histórica, cultural e linguística o Antre Douro e Minho.
E essa é a parte interessante desta história comum. A intemporalidade da Galiza.
Palavrinha única que apenas existe na língua oficial portuguesa. Em Espanha é Galicia tal como na oficial CA da Galicia.
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