francisco madruga uma crónica triste

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Ao fim da manhã, recebi uma chamada do Artur Calejo.
– Tenho uma má notícia para te dar.
Estava longe de imaginar a má notícia.
– “A Lecas para os amigos (Júlia Castro), a mulher do Manuel Pardal, faleceu”.
Passados poucos minutos, recebo uma mensagem do José Brinquete.
– “Faleceu a esposa do Manuel Pardal”.
Tive oportunidade de conviver e de ser Amigo do Manuel Pardal e da Júlia Castro.
O Dr. Manuel Pardal era veterinário, foi Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Mogadouro a seguir ao 25 de Abril e levantou uma das obras mais importantes do Planalto Mirandês, as Salas de Ordenha.
Várias vezes, metemos pela noite dentro, reuniões, conversas, listas da FEPU, da APU e de outras siglas ou simples convívio.
A Júlia estava sempre a seu lado. Umas vezes brincando, outras advertindo.
A sua casa tinha uma das melhores vistas para a Coronel Pacheco e para a Trindade Coelho.
Tive oportunidade de no meu #historiasdevidas inserir um artigo sobre a dedicação cívica do Manuel Pardal e da Júlia Castro.
Quando nos encontrávamos, falava-me sempre da sua terra, Tomar. Da Festa dos Tabuleiros, que a pandemia interrompeu, para grande desgosto dela, que nestas ocasiões fazia questão de estar por lá.
Julgo manifestar a opinião de muitos mogadourenses, dos seus amigos, daqueles que a Júlia acolhia em sua casa e do Manel, em tempos difíceis de Abril. Às suas filhas, à sua família um abraço de conforto e um obrigado por teres sido tão integra e inteira em valores e cidadania. Até Sempre Júlia!
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