FRANCISCO JOSÉ, O OUTRO GALOPIM DE CARVALHO

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FRANCISCO JOSÉ
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Francisco José Galopim de Carvalho (1924-1988)
Meu irmão mais velho e um dos principais intérpretes da canção nacional, da sua geração, entrou nos anos 30 com cinco anos. Começou a cantar em público, em Évora, no ano de 1939, na revista musical, em dois actos, “Palhas e Moinhas”, do poeta alentejano João de Vasconcelos e Sá, e nas Récitas do 1º de Dezembro, do liceu de Évora, onde estudou até o então 7º ano.
Frequentou, durante dois anos, e concluiu algumas cadeiras dos Preparatórios de Engenharia, na Faculdade de Ciências de Lisboa, actividade que abandonou para se dedicar à música. Em 1948 inscreveu-se no então Centro de Preparação de Artistas da Rádio, da Emissora Nacional, e aí, as suas qualidades de voz, de dicção e de presença em palco permitiram-lhe o sucesso neste início de carreira, dando-lhe grande visibilidade a nível Nacional. Na gravação do seu primeiro disco, em Espanha, em 1951, incluiu a canção “Olhos Castanhos”, com música e letra de Alves Coelho, Filho, canção que o marcou por toda a sua vida de artista.
Em 1954 partiu para o Brasil, onde se fixou durante mais de uma década, tendo alcançado uma notoriedade na rádio e na televisão, nunca antes nem depois conseguida por outros artistas portugueses.
Durante uma visita a Portugal, em 1964, acusou a RTP num programa em directo de pagar, aos artistas estrangeiros, honorários, bastante mais generosos do que os que pagava aos portugueses. Em consequência desta ousadia teve problemas com a PIDE durante anos e foi impedido de ali actuar, até que o 25 de Abril pôs fim a esta arbitrariedade. Em fim de carreira, concluiu o curso de Matemática e, já em Portugal, nos anos 80, lecionou Geometria Descritiva na Universidade da Terceira Idade, em Lisboa.
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Francisco José Galopim de Carvalho (1924-1988)
Meu irmão mais velho e um dos principais intérpretes da canção nacional, da sua geração, entrou nos anos 30 com cinco anos. Começou a cantar em público, em Évora, no ano de 1939, na revista musical, em dois actos, “Palhas e Moinhas”, do poeta alentejano João de Vasconcelos e Sá, e nas Récitas do 1º de Dezembro, do liceu de Évora, onde estudou até o então 7º ano.
Frequentou, durante dois anos, e concluiu algumas cadeiras dos Preparatórios de Engenharia, na Faculdade de Ciências de Lisboa, actividade que abandonou para se dedicar à música. Em 1948 inscreveu-se no então Centro de Preparação de Artistas da Rádio, da Emissora Nacional, e aí, as suas qualidades de voz, de dicção e de presença em palco permitiram-lhe o sucesso neste início de carreira, dando-lhe grande visibilidade a nível Nacional. Na gravação do seu primeiro disco, em Espanha, em 1951, incluiu a canção “Olhos Castanhos”, com música e letra de Alves Coelho, Filho, canção que o marcou por toda a sua vida de artista.
Em 1954 partiu para o Brasil, onde se fixou durante mais de uma década, tendo alcançado uma notoriedade na rádio e na televisão, nunca antes nem depois conseguida por outros artistas portugueses.
Durante uma visita a Portugal, em 1964, acusou a RTP num programa em directo de pagar, aos artistas estrangeiros, honorários, bastante mais generosos do que os que pagava aos portugueses. Em consequência desta ousadia teve problemas com a PIDE durante anos e foi impedido de ali actuar, até que o 25 de Abril pôs fim a esta arbitrariedade. Em fim de carreira, concluiu o curso de Matemática e, já em Portugal, nos anos 80, lecionou Geometria Descritiva na Universidade da Terceira Idade, em Lisboa.

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