FÉLIX RODRIGUES RESPONDE A O “NOVO NORMAL”

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Sei que o Programa “Novo Normal” tem o seu quê de “condimento provocador” e por isso também é bom que se responda a algumas questões com a mesma especiaria, sem exagero e sem qualquer mágoa.
Ao minuto 14 do programa que se faz a ligação neste post, Nuno Costa Santos, Joel Neto e Pedro Miguel Pereira começam a falar de mim, na sequência do lançamento do site da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo batizado por Angrosfera.
Ora, depois de acabar de defender a física e a matemática como áreas científicas de objetividade, numa discussão sobre vacinação, Pedro Miguel Pereira dá um salto incompreensível para aquilo que faço e que é exatamente física, química e matemática, chamando-lhe de xamanismo. Ainda defende que “a arqueologia é uma ciência” quando ela é apenas e tão só uma área de trabalho interdisciplinar. Falta-lhe um bocadinho de conhecimento epistemológico. De facto discutir xamanismo é importante pois vários antropólogos e psicólogos discutem ainda hoje experiências biopsicossociais do transe e êxtase religioso. Isso não é em lado nenhum associado a “sítios pequenos”. Os Açores são pequenos, mas os açorianos não o são. Isso ocorre apenas na sua cabeça. Percebe-se que Pedro Miguel Pereira queira agarrar isso do xamanismo, da psicóse, etc por ser da sua área científica, mas se não tem um corpus de conhecimento científico por detrás, então não tente justificar ciência com pseudociência, discos voadores e coisas do género. Fica-lhe mal. Mais mal lhe ficam os raciocínios epistemológicos justificados com a “falácia da autoridade” e dos donos da bola de uma área científica ou não. A ciência é universal e não tem donos ou donos de áreas, afirma-se de modo independente pela razão. Se os artigos científicos que leu sobre presença pré-portuguesa foram o parecer de especialistas (parecer é uma opinião) e um artigo de opinião da líder do Sindicato dos arqueólogos, pergunta-se por que não leu artigos científicos? Foi um discurso encomendado ou então replicado porque já o ouvi vezes sem conta.
Joel Neto vê como razoavel uma hipótese, para logo se contradizer afirmando que a hipótese pré-histórica é uma hipótese alucinada que não chega a ser ciência. Vamos por partes? O que justifica uma hipótese? Dados. Porque não alterar então os dados para que as hipóteses fiquem menos alucinadas? As hipóteses fortalecem-se com dados e não com opiniões.
Quanto ao Nuno Costa Santos, só um pequeno esclarecimento: Eu não tenho um cargo público mas sim público/privado. Como Professor Universitário sim, o cargo é público como o de todos os funcionários públicos. Não estou contra todos os arqueólogos, de modo algum, nem tão pouco a maioria dos arqueólogos se opõem ao que digo, mas apenas e tão só um grupo deles bem e devidamente identificados. Se contasse os que falaram comigo e procuram chegar mais além nessa investigação, é de longe muito mais dos que me criticam e que nem precisam de falar comigo ou de ver o que quer que seja. Para alguns arqueólogos basta-lhes o canudo para mandarem bitaites sentados de poltrona. A esses incomoda-os que haja gente que tente investigar ou conhecer aquilo que defendem que não existe. Se não existe, por que razão os incomoda uma investigação?
Quanto à poluição da água, caro Nuno, sou Doutorado em Ciências do Ambiente-Ramo de Poluição. Se isso não é do meu campeonato, será do campeonato da geologia? Doze anos a levar pancadaria e só marquei 1 ponto? Oh Nuno, parece-me pouco.
Novo Normal Episódio 11 - de 07 Jul 2021 - RTP Play - RTP
RTP.PT
Novo Normal Episódio 11 – de 07 Jul 2021 – RTP Play – RTP
Três comentadores, Nuno Costa Santos, Joel Neto e Pedro Miguel Pereira e um pivot informal, comentam, de um modo descontraído e, frequentemente, com u
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