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Hoje temos no país mais 242 infetados por SARS-CoV-2, um número cerca de 2,6 vezes superior ao de ontem (valor anormalmente baixo), mas que corresponde a um crescimento do acumulado de apenas 0,95%).
O número total de infetados em Portugal até hoje corresponde a 25 524 casos, menos 50 do que o estimado, só que ultimamente tem havido alguma inconstância nas atualizações e recontagens, pelo que se torna mais dificil perceber as tendências, se bem que em média temos estado a decrescer nos casos de infeção na última semana.
O número de óbitos de hoje (20), faz subir o número total de óbitos para os 1063, o mesmo número do que ontem, ou seja, menos dois óbitos dos que os previstos.
A mortalidade está a ter um comportamento muito consentâneo com os modelos matemáticos, mas a infeção, ou a sua contabilização, não produz valores tão precisos.
Nos Açores não existem novos casos nem óbitos.
Poder-se-ia perguntar para que serve uma previsão precisa? Ela é extremamente importante para a gestão de recursos hospitalares, organização de serviços e recrutamento ou não de pessoal. São as falhas de gestão dos sistemas de saúde, ou de meios alternativos, as principais causas do aumento da mortalidade na maioria dos países. Quanto mais cedo nos preparamos, mais vidas poupamos, todavia há questões ou visões que também são responsáveis por essa mortalidade, como por exemplo, pretender-se criar ou não uma imunidade de grupo.
Ontem, um estudo referiu que isso é impossível de consegui-lo este ano nos Estados Unidos, sem que se tenham pelo menos 3,3 milhões de vítimas mortais.
Essa visão de “imunidade de grupo”, está a ter um preço muito alto no Reino Unido, já com 28 520 óbitos, que ultrapassará brevemente o número de óbitos de Itália (neste momento estão contabilizados um total de 28 884 óbitos).
Tais visões, que ainda estão em discussão em países como os Estados Unidos da América, já produziram, só na cidade de Nova Iorque, 18 925 mortes, neste último mês.
Deixa-se aqui um gráfico do excesso de mortalidade verificada semanalmente em Nova Iorque.
