FÉLIX RODRIGUES ANALISA OS DADOS DE DIA 28.4

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Temos hoje em Portugal mais 183 casos de infeção por SARS-CoV-2, totalizando-se 24 505 casos desde o início do surto. Trata-se de uma subida no acumulado de 0,74%, ou seja, a variação percentual mais baixa registada, apesar do valor absoluto do crescimento não o ser e conter mais 58 casos do que era previsto.
No que se refere à mortalidade, são hoje mais 25 óbitos, ou seja, menos dois óbitos do que o previsto, totalizando-se agora um acumulado de 973 óbitos.
O gráfico seguinte traduz a evolução dos óbitos diagnosticados com Covid-19 no país.
A letalidade diagnosticada atinge hoje o valor de 4% e tende a subir nos próximos tempos. Se tal valor ultrapassar os 10%, implica que os nossos serviços de saúde estão saturados e incapazes de dar resposta. Ainda estamos longe dessa “marca” aflitiva.
Nos últimos tempos têm aparecido opiniões que tentam desvalorizar a pandemia e a mortalidade que ela provoca afirmando-se que provavelmente temos mais 50 a 85 vezes o número de casos de Covid-19 em Portugal não diagnosticados, e por isso a taxa de letalidade é muito mais baixa e da ordem dos 0,36% (Epidemiólogo André Dias), para logo aparecer a Ordem dos Médicos a afirmar que o excesso de mortalidade verificado em Portugal desde o início da pandemia pode ser muito superior ao que tem vindo a ser anunciado. Entre o dia 1 de março e o dia 22 de abril o número de mortes acima do esperado pode chegar aos 4000 óbitos.
É preciso ter muito cuidado com a desvalorização ou valorização excessiva do problema.

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