Nos Açores temos mais um dia sem casos, sem mortes e com quatro recuperados. Pouco há a acrescentar a estes dados, em termos de análise, pois as cadeias de transmissão estão há muito tempo controladas. Infelizmente uma delas entrou num lar de idosos no Nordeste, ilha de São Miguel, e isso justifica a elevada letalidade por Covid-19 no Arquipélago.
No país temos mais 20 óbitos hoje, mais quatro do que ontem e menos seis do que os esperados. A taxa de letalidade nacional por covid-19, tendo em conta as análises e diagnósticos e as causas de morte consideradas oficialmente, situa-se hoje nos 4,1%, tendo subido ligeiramente em relação a ontem, mesmo que o número de infetados registados hoje (apenas 92) seja baixo. Com estes números temos uma subida de apenas 0,4% do total do número acumulado de infeções (25 190), muito mais baixo do que o estimado por qualquer modelo.
Os comportamentos da infeção nos últimos dois dias têm sido praticamente imprevisíveis, provavelmente resultantes de ajustes que a DGS faz ao número oficial de casos de infeção, mas tal não ocorre com o número de óbitos.
No país, a mortalidade parece ter atingido o seu máximo, estando a sua taxa na média dos países infectados com SARS-CoV-2. Tudo indica que o Brasil e Rússia, vão viver situações dramáticas e a mortalidade pode subir muito acima daquela que se verificou com a Itália.
Os Estados Unidos continuam a ser campeões da mortalidade, se houver que eleger uma triste liderança.
Repare-se que a taxa de mortalidade da Suécia, um país de referência, é superior à de Portugal.
O gráfico que aqui se apresenta é do Financial Times.