FANTASY ISLAND E ARTUR LIMA

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Fantasy Island
Certamente que os jovens da minha geração se recordarão dessa sitcom americana dos anos 80 chamada A Ilha da Fantasia. Para quem não conhece, a série apresentava uma espécie de Club Med tropical, situado numa ilha misteriosa, onde os hóspedes viam realizadas as suas mais extravagantes fantasias, pela magia de um Mr Roarke, o enigmático personagem principal, protagonizado pelo grandioso Ricardo Montálban, sempre acompanhado pelo pequenino e irritante Tattoo. Quem não se lembra da célebre frase: “the plane, the plane”… Ora, acompanhando os desenvolvimentos recentes da novela das vacinas na região veio-me à memória a Ilha da Fantasia que, parece ser aquilo em que Artur Lima pretende transformar os Açores. Achando-se um verdadeiro Mr Roarke, capaz de tornar realidade os mais fantasiosos e elaborados desejos dos seus hóspedes, o nosso Arturito, entre dois puxões de orelhas nos seus colegas de Conselho de Governo, tem-se entretido a ilusionar os Açorianos com as suas atoardas de grande negociador internacional de vacinas. Ursula põe os olhos no nosso Artur que ele sozinho resolve-te a AstraZeneca e o Durão Barroso que se cuide… Desde remoques ao Ministro Santos Silva, a reivindicações amuadas ao Acordo das Lajes, petições à Rússia e, consta, insultos chineleiros à diplomacia norte-americana Artur Lima é um prestidigitador capaz dos maiores truques e ilusões. A última tirada é um apelo ridículo à diáspora para mandarem vacinas no próximo barril da américa, como se a Johnson & Johnson fosse o Dunkin’ Donuts da esquina e, como se o novo Vice-rei da Serreta não estivesse farto de saber que os EUA têm em vigor uma proibição à exportação de vacinas. Se calhar, a seguir, Artur Lima virá dar uma volta de joelhos, ao Campo de São Francisco, em penitencia por um milagre de multiplicação das seringas. Nos entretantos Berto Cabral é uma espécie de Tattoo saltitante entre a estratégia da DGS, os devaneios do Sr. Tato Clélio e as ordens veladas do Estevão do Corvo, enquanto os casos positivos activos vão sossegadamente subindo, as empresas vão falindo e os trabalhadores vão engrossando as folhas de Excel dos centros de emprego. Tudo isto seria cómico se não fosse grave. A nossa sorte é que este vírus afecta menos de 0,2% da população e, desses, só 0,006% precisam de internamento. O nosso azar é que, neste desgoverno do transformista Bolieiro, não há um pingo de seriedade, estratégia ou liderança, que ponha cobro a este chorrilho de pequenas prepotências e navegações à vista que, no final do dia, para “salvar” uma dúzia de internados vão acabar por matar centenas de empresas e condenar ao degredo milhares de famílias inocentes transformando o futuro próximo dos Açores naquilo que, anos mais tarde, o próprio Ricardo Montálban confessou ser a sua ideia daquilo que representava a Ilha da Fantasia – o Purgatório.
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