falta de gasolina em timor

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Dificuldades no fornecimento de gasolina afetam Díli até ao fim de semana
Díli, 07 jun 2023 (Lusa) – A Autoridade Nacional de Petróleo e Minerais (ANPM) de Timor-Leste anunciou hoje que haverá dificuldades no fornecimento de gasolina à capital Díli nos próximos dias, vincando que a situação deve normalizar a partir de domingo.
“Temos problemas com o fornecimento de gasolina, desde segunda-feira, com menor disponibilidade de gasolina nos armazenamentos das duas principais infraestruturas, na Pertamina em Díli e na ETO em Hera”, disse hoje o diretor de ‘downstream’ da ANPM, Nelson de Jesus.
“O problema é apenas de disponibilidade mais reduzida. Ainda há gasolina em Timor-Leste. Não acabou, estamos com menor quantidade e estamos a trabalhar com os dois fornecedores para gerir a gasolina disponível até domingo, quando se espera que chegue o navio da ETO ao cais de Hera”, explicou.
Nelson de Jesus disse em conferência de imprensa que a ANPM está a monitorizar a situação, incluindo avaliação do comportamento dos preços no mercado, explicando que não há problemas com o diesel.
Segundo explicou, há atualmente em Díli cerca de 125 toneladas de gasolina na Pertamina e 205 toneladas na ETO, com o produto a ser distribuído para garantir o fornecimento até à chegada dos novos carregamentos.
O responsável disse que a situação pode levar a problemas em alguns postos de abastecimento – dois dos 21 postos em Díli já fecharam -, apelando aos consumidores para não acumularem gasolina desnecessariamente.
“Já vimos pessoas com bidons a comprar gasolina. Isso não é preciso. No domingo esperamos a chegada de cerca de 2.700 toneladas da ETO e na quarta-feira esperamos o carregamento da Pertamina”, notou.
Hoje eram visíveis longas filas de veículos nos vários postos de abastecimento do outro fornecedor em grande escala, a empresa timorense ETO, com indicações de alguns aumentos de preços em vários locais,
Questionado sobre a causa dos problemas de fornecimento, Nelson Silva explicou que houve problemas com o carregamento da gasolina no exterior, com longas filas.
“As empresas fornecedoras têm um plano de reabastecimento dos terminais. O problema que até agora os navios de abastecimento não chegaram porque há filas de navios no carregamento do combustível. O problema não afeta apenas Timor-Leste, mas outros países, como a Papua Nova Guiné”, explicou.
“No caso da ETO, tiveram que trocar o navio de abastecimento por problemas mecânicos numa das bombas”, notou.
Questionado pela Lusa sobre a falta de existência em Timor-Leste de reservas estratégicas de combustível, o responsável da ANPM disse que essa decisão não cabe ao regulador, explicando que seria importante que o Governo avaliasse adequadamente a questão.
“Há muitos países, não todos, que têm essas reservas estratégicas para responder a situações como estas. Isso exige aqui uma decisão do Governo, um estudo sobre se vale a pena ou não fazer isso”, disse.
ASP // VQ
Lusa/Fim
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Rosely Forganes

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