Views: 0
![May be an image of outdoors](https://scontent.fpdl1-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/287388424_10159946736503684_5006457623591418928_n.jpg?_nc_cat=104&ccb=1-7&_nc_sid=730e14&_nc_ohc=pkFkuPsn2QIAX_87A8F&_nc_ht=scontent.fpdl1-1.fna&oh=00_AT9U7xgLun1dhX2EAg35avO_cS1UNnKqKM1TYQojEGUzQQ&oe=62B2A6A8)
FALÁCIAS, ERROS E O DILEMA MORAL SOBRE A GUERRA NA UCRÂNIA
.
J. PACHECO PEREIRA:
«Os dois lados fazem o mesmo, mas, quer se queira quer não, a responsabilidade primeira é do invasor. Sem razões, nem pretextos, porque por muito que se possam acumular razões, e algumas há para a preocupação russa, a resposta é tão desproporcionada, que remete não para essas razões, mas para outras de natureza imperial. (…)
Como é possível que não vejam o que se está a passar, porque, por muita manipulação (que há) e por muita espectacularização da dor para garantir audiências, eles sabem que há um enorme sofrimento injusto e injustificável na Ucrânia nestes dias e sabem o que o causa e quem o desencadeou e provocou. Sim, é verdade que na Palestina, no Iémen, em África há idêntico sofrimento, mas fazer amálgamas dissolve a consciência do mal. (…) Ele há muito poucos defensores explícitos da invasão da Ucrânia, mas há muitos justificadores. (…)
Manifestar-se pela Paz, mas que “paz”? (…) Nos cartazes diz-se “guerra e corrida aos armamentos, não!” Não sei muito bem como interpretar esta palavra de ordem, porque a “guerra” iniciou-se porque houve uma invasão militar de um país pela Rússia e a “corrida aos armamentos” é uma resposta inevitável a essa invasão, não a sua causa. (…) Aquando da guerra do Vietname, identificava-se muito bem os EUA como o agressor, e ninguém esperava que os vietnamitas fizessem um acordo de paz deixando os EUA a ocupar parte do território.
Eu seria o primeiro na manifestação se a paz desejada passasse pela retirada do invasor, pelo pagamento de indemnizações pelas destruições causadas, pela libertação das populações prisioneiras contra a sua vontade na Rússia, pelo julgamento dos crimes de guerra por autoridades independentes, pelo respeito pela soberania ucraniana. E então sim, incluiria nesse acordo, uma considerável autonomia das minorias russófilas na Ucrânia, o seu direito à língua e à cultura, idêntico julgamento dos crimes de guerra ucranianos e a exigência da luta contra a corrupção, a democracia e a liberdade, uma eventual renúncia à entrada na NATO, desmilitarizando as zonas fronteiriças.»
P.S. – Divulgo este texto porque é importante, mas não considero que tenha qualquer interesse que seja lançada mais uma guerra de trincheiras a nível dos comentários a este «post» e, por esse motivo, os mesmos não estarão abertos. Mas o texto na íntegra pode e deve ser lido AQUI: https://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/…/falacias…
Like
Comment
Share
0 comments
Domingos de Oliveira replied