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O FAIAL DESPROTEGIDO
De fonte idónea, chegou-me a notícia de que o Senhor Presidente do Governo Regional terá decidido ordenar a retirada dos técnicos em serviço no Aeroporto da Horta, cuja função é realizar o indispensável despiste da COVID-19, quando estes se preparavam para monitorizar a chegada dos passageiros de um voo da SATA Air Açores, proveniente de Ponta Delgada.
De acordo com a mesma fonte, a senhora Secretária Regional da Saúde terá dado a ordem de suspensão do controlo sanitário desse voo por via telefónica, tendo instruído os técnicos do Centro de Saúde da Horta (USIF) a sair das instalações onde laboram porque o Dr. Vasco Cordeiro se opunha, veementemente, ao despiste da COVID-19 relativamente aos passageiros chegados naquele voo.
Por sinal, no Telejornal da RTP-Açores de ontem, o senhor enfermeiro que ainda desempenha as funções de Autoridade de Saúde Regional avalizou a decisão da Delegação de Saúde da Horta em proceder ao despiste da COVID-19 relativamente aos voos com origem em Ponta Delgada.
Afinal, em que ficamos?
Os que ainda governam os Açores por mais alguns dias estarão de cabeça perdida?
Serão tão irresponsáveis que não têm a noção do enorme risco que a existência de oito cadeias de transmissão ativas em S. Miguel (duas das quais partilhadas com S. Jorge), representa para as restantes ilhas?
Como justifica o Governo Regional ainda em exercício a ausência de um reforço das medidas de prevenção e controle sanitário respeitantes aos voos da SATA Air Açores com origem em S. Miguel?
Em vez de agir em conformidade com os sinais evidentes da progressão descontrolada do surto pandémico que grassa na ilha de S. Miguel, o ainda Presidente do Regional reage, de forma autoritária e irresponsável, para que não seja incomodado à chegada ao Faial!…
Quem assim se comporta, merece reprovação.
Por isso, não lhe ficaria mal reconhecer o erro cometido e apresentar desculpas aos profissionais de saúde que diariamente se empenham em diminuir o risco de contágio do SARS-CoV-2 às populações de todas ilhas, especialmente os que se dedicam, sem descanso, à proteção das que apresentam um número residual de infetados, como a do Faial.
Esperemos que o faça.
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