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Súplica
Como é notória a minha inexperiência nas redes sociais desculpem qualquer lapso de não agradecimento pela simpatia e opiniões que registo.
Não estava previsto outro texto, em tão poucas horas, mas as palavras do Primeiro Ministro não permitem qualquer silêncio.
Invocar-se o princípio da continuidade territorial como, de resto, os demais órgãos de soberania o invocaram é inverter a logica de salvaguarda dos direitos constitucionais: Vida e Saúde.
O Primeiro Ministro valoriza mais a circulação das pessoas que:
– A proteção da pandemia que originou que os países Africanos de língua oficial Portuguesa, tenham suspendido as ligações áreas com Portugal.
– A proteção dos açorianos e madeirenses quanto à saúde e á vida e contra a vontade expressa dos seus Governos Regionais;
Contra tudo isto, certamente por um princípio constitucional que se inspira num conceito de soberania nacional que só a arrogância encapotada numa veste democrática pode originar declarações tão infelizes e desrespeitadoras dos povos insulares.
A vida dos açorianos é dos açorianos e não de indivíduos que se arrogam a prerrogativas constitucionais muito duvidosas.
Também não serve de amparo os votos na Assembleia da República porque invocar a solidariedade nacional e a unidade nacional é desconversar e esquecer o fundamental.
Qualquer deputado da República também o é das Regiões Autónomas e o seu primeiro dever é defender a vida e a saúde de todos.
Teremos de encontrar juntos uma forma rápida de demonstrar que o Primeiro Ministro está errado e tem que fazer cessar com urgência os voos para os Açores e Madeira.
Ao Presidente da República exige-se que respeite a vontade dos Açorianos e Madeirenses e bloqueie os acessos que podem transportar o vírus.
Esta é uma questão humanitária, não política, num cenário de guerra como dizem os Ministros do Governo Nacional.
No que se refere ao Governo Regional, a minha súplica vai no sentido de existir a necessidade de urgência de medidas, entre outras:
– Convocar os deputados da Assembleia de República e pedir-lhes que intercedam junto do Primeiro Ministro para que faça o que tem a fazer.
– Solicitar uma audiência urgente ao representante da República para que ele convença o Presidente da República que isto é uma questão moral e social de extrema gravidade pois se o espaço aéreo estivesse fechado, como deveria, desde á pouco mais de 15 dias não teríamos qualquer caso confirmado de Covid-19, nem suspeitos e poderíamos levar as nossas vidas normalmente.
– Convocar os dirigentes políticos dos partidos nacionais para que junto das suas lideranças assumam uma posição e tornem-na publica.
– Preparar a saída rápida de todos os turistas antes que surja algum surto e que sobrecarreguem o nosso Sistema Regional de Saúde.
– Que decidam o corte de eventual apoio técnico aos voos vindo do continente.
– Para reforçar o poder de pressão na República a Região deve agir politicamente em conjugação com a Madeira e solicitar um encontro conjunto com os Representantes da República para que o Presidente da República sinta a obrigação de aceitar a proposta de encerramento dos aeroportos.
– Sobretudo, que façam testes, testes e mais testes, obrigatoriamente a todos os que chegam a partir desta data, tal como fez a Coreia do Sul com sucesso.
A boa comunicação do Director Regional, com quem me cruzei nas Ordens Profissionais deve continuar, o que é expectável, atenta a sua competência e serenidade.
Fiquem todos bem.