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Aqui vem uma análise documentada confirmar o senso comum: a escola centrada em geral nos interesses dos alunos é um disparate.
A razão é simples: uma boa aterragem não depende do interesse da piloto, mas sim de ela acertar com o avião no início da pista, quer goste desse sítio quer não goste. O cozinheiro recebe salário se os clientes não desaparecerem, estes voltam ao restaurante se ele corresponder aos pedidos p. ex de um bife meio-passado, e essa meia-passagem depende das reações químicas que a carne sofre, exatamente, por uma certa temperatura, num certo período de tempo, não depende da boa-vontade do cozinheiro. Etc.
Aos atos de acertar na pista, no tempo de fritura… chamam-se “objetivos”. Se a aprendiz de piloto cumprir os objetivos que assinalam a diferença entre, de um lado, descolagem, voo e orientação, aterragem, e, do outro lado, nem mexer com o avião na placa… ou matar toda a gente, num ensino por objetivos ela recebe o brevet, se não os cumprir não recebe. Se o aprendiz de cozinha cumprir os objetivos da culinária, recebe o chapéu de Chef, se não os cumprir não recebe.
Já num ensino por competências, se a jovem evidenciar um enorme desenvolvimento entre, à partida, nem saber o que é um avião, e, no fim do período de aprendizagem, fardar-se excelentemente, ser simpatiquíssima, dominar na perfeição os comandos do avião… ainda que falhe apenas no pormenor da leitura dos indicadores da máquina e da trajetória, merece sem dúvida sentar-se aos comandos de um avião para realizar assim os seus sonhos – pelo menos na utilização da palavra “sonho” os teóricos das “novas pedagogias” acertam na mouche. E quando o avião cair os culpados serão os professores que não souberam, ao mesmo tempo, respeitar a liberdade da menina e manipular a menina de modo a motivá-la para a leitura de indicadores. Ao menos receberão novas formações seguros em terra! (Já os mortos no infeliz acidente, serão apenas mais uma pedrinha que acentua o dramático mas glorioso caminho da humanidade rumo a uns amanhãs que hão de cantar).A dificuldade séria não se coloca na avaliação desses 2 modelos pedagógicos. Isso é intuitivo. Coloca-se, sim, na substituição do disparatado paradigma da maioria dos atuais autoproclamados “cientistas da educação” – veja-se a dificuldade disso segundo o próprio Kuhn que formulou a relevância dos paradigmas em ciências. E coloca-se na integração na mesma pessoa dos papéis de eleitor/a e de pai/mãe; pessoa que, no 2º papel, alerta a filha para objetivos a cumprir em casa e fora desta, mas no 1º papel vota em quem se propõe ensinar a filha ao contrário.
Demasiada areia para a camioneta dos comentários a um artigo pela manhã…