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EDUARDO BETTENCOURT PINTO
Na dobra do lençol
Um frescor vem das pedras mais antigas,
as de Maio.
As crianças crescem
com a primavera,
matam a sede com a água das sombras
mais brancas.
Ouves agora a música que resta.
Já altos, contra o azul,
perdem-se os patos selvagens
que imaginas, as borboletas,
o frescor de algumas palavras.
Alguns nomes morrem entre as silvas.
Outros florescem nas tuas mãos
(em «Travelling with shadows/viajar com sombras», 2008)
