é o fim do ciclo das vacas leiteiras

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O FIM DE UM CICLO
Não vale a pena bater mais no ceguinho.
Este modelo de produção, alicerçado em permanentes ajudas públicas, não tem mais futuro, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista ambiental.
É um facto que o preço do leite à produção está muito baixo em relação a outras geografias, quer no Continente ou na Europa em geral.
Se as indústrias de lacticínios aqui instaladas – quase todas elas são propriedade de investidores externos – se recusarem a subir o preço desta preciosa matéria prima – o leite – o melhor mesmo será reduzir a produção, abatendo grande parte do efectivo pecuário desta fileira ou reconverter as explorações agrícolas para outras produções.
Subsidiar o preço do leite através do orçamento regional, como já acontece, não é solução, nem para os agricultores nem para a economia em geral.
Subsidiar o preço do leite é premiar a indústria e possibilitar maiores dividendos para os accionistas destas indústrias.
Por outro lado, a Associação da Lavoura não pode mais insistir neste modelo sindicalista de defesa dos lavradores. Quem lucra com tudo isto são as indústrias de lactícínios, as indústrias de rações e toda a rede comercial de consumíveis e de equipamentos que exploram os produtores até ao tutano, para além da própria banca.
Também já chegou a hora do líder «sindicalista» da lavoura dar lugar a outro empresário da agro-pecuária, mais bem preparado para fazer esta transição e fortemente comprometido com uma nova mentalidade e novas técnicas de produção que preservem o ambiente e os nossos recursos endógenos.
Foto – «Açoriano Oriental»
@ Ryc
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Sobre CHRYS CHRYSTELLO

Chrys Chrystello jornalista, tradutor e presidente da direção da AICL
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