dgs e máscaras

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Ontem dei uma aula por video conferência na Universidade de Basileia, Suiça. Com bons meios via toda a sala, desde a porta de entrada, no meu computador. Os alunos e professores chegavam de máscara, sentavam-se e tiravam a máscara. É obrigatório circular de máscara, mas não passa pela cabeça do governo suíço, dos mais restritivos, obrigar professores e alunos dentro da sala a estarem de máscara. Por cá há alguém que se comporta assim: a DGS e o Ministério nas conferências de imprensa e reuniões amplamente filmadas. Estão por vezes 3, 6 e até 8 pessoas reunidas a falar sem máscara. Como a DGS obriga as escolas ao que ela mesmo não cumpre, é para mim incompreensível. Sugiro que a partir de agora todos os responsáveis políticos falem apenas de máscara…e sem microfone. Para que possam sentir na pele como a sua voz se transforma num telemóvel sem rede.
A facilidade com que sem criticas as instituições escolares estatais e sindicais aceitaram estas medidas remete-nos para questões filosóficas de fundo, há um novo normal que rejeita a plenitude humana e reduz o homem ao estado biológico. A máscara obstaculiza a comunicação, as aulas são relacionais, não são mera transmissão, a máscara obriga alunos e professores a uma sonolenta inspiração de anidrido carbónico, vai ter consequências na voz. E mesmo assim, forçando a voz (instrumento de trabalho dos professores), não se escuta bem. Um cirurgião não está de máscara a falar, a sua voz não é degradada. A do professor é. Portanto há um mal estar também ele biológico, se quiserem colocar aqui esta falsa divisão entre corpo e mente. Mas as mais importantes são as consequências relacionais. É aí que se centra todo o debate. O que podemos fazer para não destruir as relações humanas, é a questão. Há que afastar mesas, se for necessário, e onde isso não é possível, deixar claro que onde é possível se pode optar por tirar a máscara. Conheço escolas e universidades onde alunos em mesas individuais estão de máscara! E o professor a 3 metros de máscara!? A DGS e quem apoia estas medidas não sabe o que é o acto educativo. Ponto.
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