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Catão, o Antigo (também conhecido como O Censor) era um republicano da velha guarda, um homem austero, asceta, moralista, e foi tão admirado pelos romanos seguidores do ideal republicano que se tornou uma figura simbólica.
Via em Cartago uma séria ameaça a Roma (Roma e Cartago eram na altura as maiores potências do Mediterrâneo, e num galinheiro não pode haver dois galos). Terminava todos os seus discursos, fosse qual fosse o tema, com a frase “Delenda Carthago” (Cartago deve ser destruída). Falasse de que assunto fosse, de política, de costumes, de advocacia, de leis, de filosofia, da língua latina, etc., etc., rematava com a sentença: “E também penso que Cartago deve ser destruída”.
Esta obsessão deve ser inata no ser humano. No ser humano? Não, no ser vivo. Tudo o que rivaliza connosco só tem dois destinos: a destruição ou a vitória sobre nós. É como a figueira estranguladora.
O quanto esta obsessão está na ordem do dia!