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De Chrys Chrystello escreveu Daniel de Sá em fevereiro 2011
O Chrys chama-me para testemunha. Ele só quer ser australiano, nada mais. Mas é “um australiano nos Açores”. Portanto, se “eu sou eu e a minha circunstância”, como diria o OG, o Chrys não se livra de estar marcado pela cisrcunstância de viver nos Açores. E foi apanhado. Não pelo clima mas por alguns patuscos que escrevem em livros. Ele e a Helena, sua Mulher, já fizeram propaganda de uns quantos de nós mais do que a Direcção Regional da Cultura em quase três décadas e meia de existência. Já faz parte da nossa história. Faz e continuará a fazer (parte e história). Verás.
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Eu temia que os meus livros que o Chrys já traduziu, e muito bem, ficassem manchados com o nome de um Jesse James à nossa maneira modesta de ser. Afinal, o homem não é nada disso, graças a Deus. Bem bom. Ou “rebim bum”, como se diria no dialecto do micaelense que se falava na Maia. (Traduzo: “re+bem bom”, o que é muito mais que bom.) Pois se o homem até toma café, como poderia ser má criatura? Enredos de gente maldosa, isso é que é.
É absolutamente inofensivo, garanto. Uma espécie de Indiana Jones em versão civilizada. Só que, em vez de crocodilos, caça línguas.
Ah, e por ter referido que é um excelente tradutor, chamo em meu auxílio uma opinião que vale sem dúvida muito mais que a minha. Uma senhora americana chamada Michele (que é que tem este nome de importante para ser referido? já digo) leu o livro e achou a tradução muito boa. Ela está, ou estava por Rabo de Peixe, e disse-o ao Michael Hudec, um pintor americano que ficou por cá há décadas. Foi ele que mo contou. A senhora falou-lhe de um livro que tinha lido e uma das coisas que referiu foi a boa tradução. Quando o Michael Hudec viu o livro (“O Pastor das Casas Mortas”) disse muito satisfeito:”Eu conheço-o! (Este “o” sou eu.) E essa tal Michele é a senhora que, quando era rapariga, inspirou aos Beatles a canção do mesmo nome. Daniel de Sá 19/04/2010