DA GRANDE GUERRA AO COVID19 SÉRGIO RESENDES

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Parabéns ao Sr. Diretor Regional da Saúde, pela atuação pró-ativa. A propósito do cordão de isolamento ao município da Povoação, em especial em 1918 “[…] a fiscalização das vias de entrada, nomeadamente dos portos, era de importância fulcral para o controlo destes flagelos que ciclicamente, assediavam as populações insulares. Podiam existir diferentes formas de os fazer entrar mas, no caso da peste, era sobejamente conhecido: a pulga do rato como em 1922, o Dr. Hermano de Medeiros refere ao jornal “Diário dos Açores”: “(…) o rato é passageiro incómodo e gratuito em todos os barcos, desde o transatlântico de luxo onde viajam nababos, até ao veleiro mercante mais humilde (…)”. (Nota) Podia também ser pela respiração, caso da gripe. O “Açoriano Oriental” de 7 de Agosto de 1915 informava que um impulso de tosse infetava o ar num raio aproximado de sete metros e meio. Este tipo de esclarecimentos, apesar da sua natureza pedagógica, promovia o afastamento das pessoas por se achar ser uma forma de defesa, levando a que o Exército fosse por vezes chamado por motivos sanitários. Colaborando com as autoridades administrativas, montava áreas de isolamento, zelando para que quem de direito, normalmente as misericórdias, fossem tratar dos moribundos dando de comer, beber e vestir a quem necessitava assim como assistência aos enfermos e enterrar os mortos […]” in “A Grande Guerra nos Açores”, Letras Lavadas (2014); Caleidoscópio (2017). Imagem, “Ilha do Faial Antigamente”.

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