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Apesar do suborno, como forma de corrupção no acesso a serviços públicos, ser atualmente menos frequente na maioria dos países da Europa Ocidental, este é substituído por “cunhas” e troca de “favores pessoais” que minam a credibilidade, transparência e equidade no acesso aos serviços públicos. Portugal destaca-se como o segundo país da União Europeia, a par com França e atrás da República Checa, onde uma percentagem maior de pessoas, cerca de metade da população, recorreu a “cunhas” para facilitar o acesso a serviços públicos.
Estas conclusões (que fazem parte de um estudo da organização sem fins lucrativos Transparency Internacional) resultam não só de fatores culturais e de processos de controlo pouco eficazes, mas também refletem a ineficiência dos serviços públicos de cada país. Esta é a forma mais frequente de corrupção, que privilegia as pessoas com melhores “contactos” na sociedade e no poder político.
A Estónia é o país da UE com menos recurso a “cunhas” (apenas 12%) e também é um dos países onde o suborno é menos frequente no acesso aos serviços públicos (2%). A elevada digitalização dos seus serviços públicos (cerca de 99%) é apontada como o principal fator de sucesso para estes resultados da Estónia, uma vez que a reduzida interação humana, além de acelerar os processos, reduz as oportunidades de corrupção.
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Chrys Chrystello
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