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CRÓNICA 408. NÃO HAVIA DINHEIRO PARA TANTO PEDIDO ELEITORAL 6.8.2021
Há dias que venho seguindo um certo fórum onde se colocam as prioridades para Ponta Delgada as quais vão endereçadas aos candidatos autárquicos.
- Resolver a saída do Jardim Antero de Quental (ou Jardim do Colégio) para o HDES e a Via Rápida
- Falta de uma central de camionagem
- Demasiados carros por todo o lado! Tanto a circular como estacionados. A maioria das ruas do centro não tem passeios com espaço para os peões por causa da praga do !
- motas a fazer um barulho insuportável …. e parece que ninguém se incomoda, porque o problema não desaparece , até dá ideia que aumentou
- os autocarros de turismo que param nos miradouros e não desligam o motor e temos que levar com o ruído e com os “vapores” negros do tubo de escape? Vendo bem, é difícil escolher o mais grave… é urgente os autocarros, para locais e turismo serem elétricos e em maior número, pois só assim se poderá reduzir o excesso absurdo de e motas que só fazem barulho, nesta ilha tão pequena.
- Péssimos horários de autocarros para a costa sul, como é possível não haver autocarros depois das 18.50 .muita gente usa carros devido a esses horários do século 19.
- A decadência de todo o comércio tradicional.
- Abater jardins e árvores para fazer parques de estacionamento no centro de PDL só mostra que a cidade está nas mãos de inconscientes (loucos?) sem nenhum tipo de preocupação ambiental para com os habitantes de PDL e para as gerações futuras! Um horror como é que em pleno sec 21 , ainda não perceberam a importância das árvores e dos jardins nos centros urbanos? E alegremente acabam com jardins com para substituir por ? Que exemplo estão a dar para o resto da população? e para os mais jovens? estes jardins urbanos têm um valor patrimonial, memória da estrutura da cidade antiga, paisagístico e na ótica do aquecimento global são essenciais para preservar a habitabilidade dos centros urbanos…em vez de os apagar deveriam ser abertos ao público
- Muitas lombas…achas que o local ia respeitar o sinal do trânsito a impor os 30 km/ h ? Infelizmente acho que não há civismo para isso, julgo que a forma que iriam perceber seria com câmaras sensíveis à velocidade e a multa (tem que ser grande) a chegar a casa. Aqui só percebem assim Mas é verdade , as lombas estão altíssimas …. devem estar mal feitas, como a maioria das coisas que fazem. É uma tristeza.
- o cheiro nauseabundo da gasolina em pleno século XXI não se justifica.
- Passeios demasiados estreitos nas ruas periféricas do centro histórico, demoliam casas que se estão esborralhando e mais estacionamento.
- Estacionamento gratuito mais cedo no centro da baixa Delgadense.
- Taxas e taxinhas da água, muito altas.
- IMI é uma loucura para quem leva a fama de ganharem bem só porque recebem dois ordenados mínimos.
- Casas fechadas, por abandono ou teimosias dos seus donos eram todas cheias de blocos, rua margarida chaves uma vergonha com tanta casa fechada, com tanto casal jovem a morar em condições horríveis…
- Frente marítima de Santa Clara como continuidade da Marginal e o desafio da Mobilidade nas cidades contemporâneas
- SCUT para os Mosteiros
- Controlo de turistas na Serra Devassa
- Fortes militares em ruínas de Ponta Delgada deveriam ser recuperados.
E eu que nem vivo lá, e vou só à cidade quando necessário, acho que grande parte destas preocupações se estende a outras cidades, outras vilas, outras ilhas. Nem vou elencar aqui as necessidades que considero prementes para a minha freguesia da Lomba da Maia. Muitas das necessidades da agropecuária estarão satisfeitas pois os dois últimos presidentes da junta eram donos de vacas, e devem saber o que precisam, embora eu fizesse uma atualização de métodos e gestão pecuária, com computadores e programas adequados a uma maior produtividade, como há anos um professor da INOVA (que tinha um programa em uso na Holanda me dissera ser imperativo meter em prática nas nossas ilhas). Para isso teria de haver cursos de formação para os homens da pecuária, muitos dos quais têm baixas qualificações escolares e mal sabem fazer as contas atuais na vida escrava que levam. Atualmente em muitos países pequenos e médios produtores têm itens como chips, leitores de códigos de barras, etiquetas RFID, painéis de LED, drones, tablets e amplo acesso à internet para rastrear os rebanhos com exatidão e automatizar a fabricação e o fornecimento de rações através de leitura eletrónica. Há inovações de nutrição e de desenvolvimento de técnicas produtivas, de maximização de desempenho. Já nem falo da inteligência Artificial, robótica, biologia sintética, manufatura aditiva e sistemas ciber-físicos, que levam em consideração o conforto animal, que melhoram a atividade dos trabalhadores do campo e a produtividade. Sabemos que a metodologia usada é quase milenar quando se devia pensar na robotização da ordenha. Por outro lado já há colares com sensores que captam online todas as manifestações e anormalidades de cada vaca. O registo é feito em software, que processa as informações e monta relatórios com base nesses dados, permitindo tomadas de decisão mais assertivas ou seja maior produtividade e menor desperdício de recursos.
Era isto que eu gostava de ouvir. Mas o que se vê, todos os dias no telejornal é o inefável “dono das vacas “a pedir mais subsídios (porque choveu, porque está seca e não choveu, porque o furacão estragou isto, a tempestade tropical estragou aquilo, os “lavradores” (donos de vacas, entenda-se) precisam que os apoiem para pagarem o seguro, eu sei lá 1001 pedinchices, por vezes ameaçadoras roçando a chantagem). Não fala em dar formação aos associados, nem a converter as vacarias, só lhe interessam subvenções do governo regional e da UE. Não penaliza os que produzem leite a mais, pede mais subsídios. Os tempos mudaram, cá e na Europa, mas, impérvio, permanece na sua, encravou na gravação. Creio que a única coisa para que não pediu dinheiro foi para compensar o nevoeiro cerrado, mas, cuidado que posso estar a dar-lhe ideias. Devia era formar o pessoal envolvido na agro-pecuária para o século XXI e novas tecnologias.
Em 2017 pedi e a única coisa que fizeram foi a reabilitação de 2 moinhos no acesso à Praia da Viola:
- Negociar com o governo regional a reabilitação decente da estrada Lombinha – Maia
- Aumentar a frequência das carreiras da CRP (mesmo que para isso se utilizem autocarros pequenos, mais frequentes)
- Criar um centro permanente de interpretação e divulgação do processo tradicional do linho, usando programas de apoio para empregar jovens a aprenderem os velhos processos e comercializarem os seus produtos
- Abrir posto dos CTT na Lomba da Maia, seja na Junta ou noutro local (a deslocação à Maia em especial nas condições atuais sem estrada direta é absurda)
- Criar A.L. (alojamento local) na freguesia (somos dos poucos locais sem AL),
- Oferecer incentivo para a recuperação de moradias devolutas e em ruínas, recuperar as casas devolutas (ou comprar as mesmas) e oferecer alojamento aos mais necessitados
- Dinamizar atividades dos grupos jovens e apoiar a sua participação em eventos
- Aumentar os locais de estacionamento gratuito nas ruas da freguesia
- Criar posto de turismo e centro de interpretação para os trilhos da Praia da Viola (Promover o conhecimento e inventariação do património material e imaterial. Investigação da história da freguesia)
- Criar balneários na praia da Viola e lutar pela bandeira azul (o nadador salvador já temos), fazer dela um local privilegiado de surf
- Campanha de sensibilização de higiene urbana: promover em toda a população civismo perante o lixo, aumentando papeleiras e cinzeiros nas vias principais e separação do lixo com oferta de recipientes triplos a todos os habitantes.
Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713[Australian Journalists’ Association MEEA]Diário dos Açores (desde 2018)Diário de Trás-os-Montes (desde 2005)Tribuna das Ilhas (desde 2019)Jornal LusoPress Québec, Canadá (desde 2020) |