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NOTA DE PESAR | CRISTÓVÃO DE AGUIAR
A Câmara Municipal da Ribeira Grande vem manifestar publicamente o mais profundo pesar pelo falecimento de Luís Cristóvão Dias de Aguiar.
Cristóvão Aguiar nasceu a 8 de setembro de 1940, na freguesia do Pico da Pedra, concelho da Ribeira Grande, tendo dedicado grande parte da sua vida à literatura, deixando-nos um legado de onde se destaca a trilogia romanesca “Raiz Comovida”, ou o “Braço Tatuado” — narrativa militar aplicada, onde relata a sua experiência como combatente na Guiné durante a Guerra Colonial — e, ainda, “Relação de Bordo”, conjunto de diários que abrange os anos de 1965 a 2015. Traduziu “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith, edição da Fundação Calouste Gulbenkian.
Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou entre 1960 e 1971, interrompendo os estudos académicos entre 1965 e 1967 para cumprir o serviço militar na Guiné Portuguesa.
O seu reconhecido e valoroso trajeto na vida literária valeu-lhe várias distinções. Venceu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores da Câmara Municipal do Porto e o Prémio Literário Miguel Torga da Cidade de Coimbra.
Cristóvão de Aguiar foi distinguido com o título de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, foi reconhecido com a insígnia Autonómica de Reconhecimento da Região Autónoma dos Açores e recebeu a Medalha de Mérito Municipal do concelho da Ribeira Grande.
A sua vida dedicada à literatura mereceu ainda uma homenagem por parte da Reitoria da Universidade de Coimbra, através da edição de uma publicação onde é reconhecido como um escritor de mérito. Foi também homenageado pela Universidade do Minho e pela Secretaria Regional da Cultura dos Açores, por ocasião dos 50 anos de vida literária, com a edição das suas obras completas entre 2015 e 2020, que teve a chancela das Edições Afrontamento.
Partiu, portanto, um dos maiores vultos da literatura açoriana. Calou-se a voz de quem um dia disse ser “admirado por aqueles que sabem ler nas entrelinhas” e que “meio século de vida literária perfaz a soma calada de mais de um carro repleto de anos (…).”
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