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3 notícias importantes.
1 – Ontem da Universidade do Porto chegou a notícia de um estudo que confirma “4/5 (ou mais) de assintomáticos.” Estes resultados vão ao encontro dos estudos chineses e italianos realizados. Portanto cerca de 80% da população é contaminada e não desenvolve qualquer sintoma. Dos restantes 20% de infectados, 85% tem sintomas ligeiros, 15% (de 20%) precisam de internamento e destes, uma minoria necessita de cuidados intensivos. À medida que saem os estudos confirma-se esta tendência (provisória, uma vez que estes estudos são em populações/amostra).
2 – Uma investigadora do Reino Unido explica que a maioria das pessoas não tem susceptibilidade à doença pelo que a imunidade de grupo se atinge com 15% e não com 70%. Pergunto-me se estes dados não têm a ver com os de cima, ou seja, a maioria da população não fica doente com o vírus. “Bastará uma taxa de imunidade da população entre 10% a 15% para impedir que surjam novas ondas de Covid-19. A conclusão é de um estudo sobre imunidade de grupo realizado por Gabriela Gomes, matemática especialista em epidemiologia, no âmbito do seu trabalho na Escola Superior de Medicina Tropical de Liverpool, no Reino Unido.A portuguesa chegou a estes valores tendo em conta a heterogeneidade da população — portuguesa e não só. Isto é, a ideia de que há pessoas mais suscetíveis à doença do que outras. Considerando que os indivíduos que ficam infetados são os mais suscetíveis, os que sobram são os mais resistentes, não é necessário uma taxa tão elevada de infetados para se conseguir a imunidade de grupo e assim impedir novos surtos. ”
3 – Uma dúvida que me chegou de um biológico com quem me tenho correspondido: “Gabriela Gomes não aborda outro aspecto da heterogeneidade da população: a parte, que parece enorme, segundo o que tem sido publicado, da população que não é infectada: não é menos susceptível, parece “resistente”. Ora essa resistência pode vir de uma imunização cruzada com outro dos coronavírus que andam por aí. Se assim é, temos mesmo imunidade resultante da exposição a outro vírus; se for esta a explicação para os 80% que no navio de cruzeiro e no porta-aviões estiveram em contacto com infectados e não foram contagiados; se for esta a explicação para o facto de a DGS apenas dar como “confirmados” cerca de 10 % dos “suspeitos”; então temos uma situação mais grave se continuarmos com as “distâncias sociais” e “confinamentos” e etc.: é que, ao limitar os contactos entre as pessoas para evitar a transmissão deste vírus também estamos a evitar a transmissão dos outros vírus que possivelmente estão a produzir esta imunidade cruzada! Ou seja: com estas medidas estamos a tornar as outras gripes mais graves e mais mortíferas, porque não deixamos que se estabeleça a imunidade de grupo que se atinge todos os anos!”
Espero que leiam estas notícias como contraditório face às medidas tomadas e não como conclusões, minhas. Não sou epidemologista, mas não acredito em sociedades onde cientistas, com posições minoritárias, são banidos para o horário da 1 da manhã e às 8 da noite só se fala de “calamidade”. Também não acredito em cidadãos estúpidos – tudo pode ser ensinado, dizer a verdade é uma obrigação. Dizer a verdade das incertezas também. Considero que deve ter-se cuidado, distanciamento físico, até que se saiba tudo o que se pode saber, as máscaras devem ser usadas em locais fechados e deviam ser gratuitas até que exista imunidade de grupo. Não haver festivais parece-me bem, fechar jardins e praias parece-me muito mal. Tem sido esta a minha opinião.