covid 19 outra análise e mapas

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Dados esperançosos.
Há dias melhores. Hoje é um desses dias.
Há quase uma semana que o patamar mais alto da sigmóide não muda muito… anda ali a rondar os 12.000 casos. Se continuarmos recatados, estamos a uma semana de isso se tornar evidente (ou de termos uma grande desilusão).
Mas o que me deixou mais esperançoso foi que pela primeira vez (ou seja, vale o que vale, amanhã pode-se esfumar esta primeira luz) a evolução do número de mortos se alinha com uma sigmóide também. Portato, o ritmo de mortes diminuiu mesmo, refletindo o que se começou a fazer a meio de março. Duvido muito (infelizmente!) que o valor final sejam apenas 255 – tal como na sigmóide de casos, este valor vai SUBIR MUITO durante os próximos 15 dias. Repare-se no gráfico do meio: o valor do patamar da sigmóide de casos na últimas duas semanas evoluiu de 2336 para 11823. As 255 mortes são igualmente um valor inferior… mas a parte boa da notícia é que o ritmo delas abrandou, tal como o de casos começou a abrandar há 15 dias. Se forem 1200 mortes ao todo dentro de 15 dias, será menos péssimo do que as 3000 que me esmagaram emocionalmente há dias. E menos péssimo já é menos penar.
Quanto ao debatido problema de “agora só reportam 75% do casos”: não é assim. Isso só se verifica (como explicou o Francisco Restivo) nas listas concelhias. Nos totais nacionais não é o que ocorre. Se fosse, atente-se à área cor-de-tijolo: isso significaria que de um dia para o outro, sem nada se ter alterado no país, estaria a ocorrer um acelerar de contágios (com as medidas de contenção em vigor) mais rápido do que as mortes (que só há dias começaram a abrandar em relação ao ritmo exponencial). Simplesmente, não é crível. A ligação aos dias anteriores suporta a interpretação mais sensata, de que os totais nacionais se mantêm corretos, face à metodologia de testes. (Ou seja, que temos muito mais infetados assintomáticos, mas que este número representa bem os com sintomas fortes.)

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