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Ontem, por razões de trabalho, vi o Prós e Contras sobre “ensino” online. Tenho divergências com o Secretário de Estado da Educação, João Costa, que conheço pessoalmente, foi meu director na FCSH, discordo de de longa data do rumo da educação do país, já antes da pandemia. Fui a favor de suspender o ano lectivo. Mas no Prós e Contras a sua prestação foi, se ele me permite o elogio crítico, a de um adversário sério e desafiante. Mostrou que sabe do que fala, incorporou críticas de base, tentou responder a elas, e foi o único, junto com o aluno Tiago (que bela surpresa!), que não embarcou na maravilha dos iPads. A prestação das directores de Agrupamento e dos pedagogos escolhidos foi confrangedora, não conseguiram proferir uma palavra séria sobre o tema. Não houve porém debate, não tivemos uma única voz contra o “ensino” online num debate sobre ensino e tecnologias. Como eu, há centenas de docentes e investigadores contra qualquer tipo de “ensino” online a não ser em casos específicos de adultos em pós graduações e em estruturas clássicas (como a Universidade Aberta). Vou reiterar – nós somos contra o “ensino” online, não ve os qualquer vantagem neste e consideramos – por varias razões que não desenvolverei aqui – que ele piora a relação dos alunos e professores com a escola, Portugal está aliás nos piores lugares nesta matéria e com as novas tecnologias irá, na nossa opinião, que estudamos trabalho. educação, piorar. Pensar que os alunos não gostam da escola porque lhes falta iPads e tecnologia, que têm em casa, é realmente não compreender nada de educação, condições de trabalho na educação, mercado de trabalho e pedagogia. Podemos porém debater tudo isto, o que não aconteceu, foi um debate sem debate.