censura linguística – o perigoso policiamento da língua

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Miguel Castelo Branco
Yesterday at 11:18 ·
O totalitarismo em alta

Heidi Allen, deputada conservadora que militou contra o Brexit, foi suspensa por Theresa May por haver recorrido a uma antiga figura de linguagem muito comum, datada do século XIX e que expressa ocultação de factos importantes: “nigger in the woodpile”. O policiamento da língua é particularmente grave, acentuando a tendência repressora que se vai instalando um pouco por todo o Ocidente.

Assim, a prazo, aforismos, adágios, provérbios, rifões e simples lexemas bem portugueses como “não faças judiarias”, “dizer o que Mafoma não disse do chouriço”, “anda mouro na costa”, “despedir-se à francesa”, “loira burra”, “pôr uma lança em África”, “ver-se negro”, “rir-se como um preto”, “isto é uma ciganagem”, “um olho no burro, o outro no cigano”, “riso amarelo”, “vingança do chinês”, “falar chinês”, cafre, chinesice, terão de ser irradiados em nome da tolerância. Muito trabalho, pois, para os lápis azuis da sociolinguística.