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Marcelo Rebelo de Sousa visitou a aldeia de Podence e jantou na “taska dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros apanhados completamente de surpresa, já que a visita oficial só esta prevista para sexta às 14 horas.
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Marcelo Rebelo de Sousa visitou a aldeia de Podence e jantou na “taska dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros apanhados completamente de surpresa, já que a visita oficial só esta prevista para sexta às 14 horas.
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David T.P., 31 anos, trocou há 16 meses a Irlanda pelo Corvo, onde se dedica a preservar a tradição das fechaduras de madeira, levando a todo o mundo as peças típicas do artesanato da mais pequena ilha açoriana.
Source: David foi da Irlanda ao Corvo para levar ao mundo as típicas fechaduras da ilha – Açoriano Oriental
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É milenária a origem do dia 1 de novembro, “Dia de Todos os Santos”. Nalgumas aldeias, ainda se comemora de forma curiosa. Na tradição popular, é conhecido pelo “Dia do Bolinho” ou “Pão de Deus” conforme a região. As crianças em pequenos grupos com sacolas de pano, andam de porta em porta, desde manhã cedo, por ruas e vielas, repetindo o “Ó tia! dá bolinho?”. Em meios rurais, há ainda quem leve a rigor a tradição preparando bolinhos com massa, noz, passas e frutos secos.
Para os católicos, 1 de novembro é dia de ida ao cemitério para depositarem flores nas campas dos que já abandonaram as lides terrenas. Dia 2 de novembro é Dia de Finados. Na Irlanda, Reino Unido e França, os celtas comemoravam o ano novo no dia 1 de novembro. Isto representava o fim do verão e o início do outono, a época das colheitas, antecedendo a escura e fria invernia, sinónimo de temporais e morte. Os Druidas consideravam o dia 31 de outubro como Samhain (Senhor da Morte e Príncipe das Trevas) ou Dia das Almas, celebrando a passagem entre a vida e a morte, onde reinava o espírito duma prática fantasmagórica. Com o advento cristão, no século VII, o Papa Bonifácio IV designou o dia 1 como “Dia de Todos os Santos” e a noite de 31 de outubro passou a ser “Noite de Todos os Santos” e assim se alterou uma celebração de cariz profano.
Acreditava-se que os espíritos dos mortos voltavam para visitar os familiares em busca de calor e mantimentos, pois o inverno aproximava-se com o reinado do Príncipe das Trevas. Os Druidas invocavam forças sobrenaturais para acalmar os espíritos, que raptavam crianças, destruíam colheitas e matavam os animais. Nessa noite, acendiam-se fogueiras nas colinas para guiar os espíritos ou para espantarem as bruxas. A inclusão de feiticeiras, fadas e duendes nos rituais, resulta da crença pagã de que, na véspera do Dia de Todos os Santos havia espíritos que se opunham aos ritos da igreja, e vinham ridicularizar a celebração de Todos os Santos. Supunha-se que os fantasmas pregavam partidas e causavam acontecimentos sobrenaturais.
Com os anos, o Halloween tornou-se alegre e divertido, sem os aspetos tenebrosos da tradição céltica, divulgada na América pelo influxo escocês após 1840. Alguns costumes foram mantidos e outros mudados. As Jack-O-Lanterns eram feitas com nabos e passaram a ser com abóboras, símbolo de origem irlandesa.
A lenda fala de Jack que não conseguiu entrar no céu por ser muito avarento, expulso do inferno por pregar partidas ao diabo. Foi condenado a vagar eternamente pela terra com uma lanterna para iluminar o caminho.
Outra versão conta: um homem bêbedo e agressivo chamado Jack bebeu demais e o Diabo desceu à Terra para levar a alma. Jack, pediu para o deixar viver e beber mais um copo. O Diabo cede, mas Jack não tem dinheiro para pagar e o Diabo transforma-se em moeda na carteira. Só que o fecho tem o formato de uma cruz, fazendo com que o Diabo suplique para sair. Jack, então, propõe libertar o Diabo e ficar vivo por mais um ano. O Diabo concede o pedido, que muda os seus hábitos, passando a ser menos violento com a família.
No ano seguinte, exatamente no dia 31 de outubro, o Diabo volta e reclama a sua alma. Jack convence-o a pegar uma maçã numa árvore próxima e sem que ele perceba, risca uma cruz no tronco com um canivete. O Diabo foge e promete retornar dez anos depois. Mas Jack não aceita e diz que só irá libertá-lo se ele nunca mais aparecer. O Diabo concorda. Mas passa-se um ano e Jack morre. É impedido de entrar no céu, e vai para o inferno, onde a entrada é recusada pelo Diabo, que fica com pena da alma de Jack e oferece-lhe um pedaço de carvão que usa para iluminar um nabo esculpido em forma de lanterna. Ela vai iluminar os caminhos do espírito de Jack. Daí o nome Jack O’Lantern, uma alma errante vagando pelo mundo dos vivos.
Tradição originária da Irlanda, as crianças iam de casa em casa pedindo provisões para as comemorações do Halloween, em nome da deusa Muck Olla. Esta tradição ganhou roupas extravagantes, máscaras e todos se vestem carnavalescamente como fantasmas, bruxas, duendes, gnomos, Dráculas, Frankenstein, ou doutras formas aterrorizadoras. Vão batendo de porta em porta, carregando abóboras iluminadas com velas, pedindo doces e dizendo: ” Trick or Treat”. Quem não lhes dá nada recebe uma pequena vingança. O nome de Halloween, adaptado de “All Hallows Eve”, significando véspera de Todos os Santos. As fogueiras eram acesas nas casas durante as comemorações. Os vivos que não queriam ser possuídos apagavam o fogo para que o local parecesse ser frio e indesejado, além de se vestirem com fantasias assustadoras e desfilarem na vizinhança para afugentar os espíritos que vagavam. Conta a lenda que na festa de Samhain, as fogueiras das casas eram acesas a partir das brasas de uma fogueira sagrada. Para levar a brasa, os moradores usavam um nabo como se fosse um lampião. Daí, os irlandeses, passarem a esculpir nabos e beterrabas e usá-los como lanternas quando emigraram para a América, não encontrando nabos e beterrabas, trocaram-nos por abóboras.
O dia dos fiéis defuntos, dia dos mortos ou dia de finados é celebrado pela Igreja Católica a 2 de novembro, a seguir ao Dia de Todos-os-Santos. No séc. 1 os cristãos não rezavam pelos mortos, que nunca foi prática da “Igreja Primitiva”. Pelo contrário, líderes como o apóstolo São Paulo orientavam o povo cristão a não se preocupar com a situação dos mortos, como os pagãos faziam (1Ts 4.13).
Os cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires. No séc. V, a igreja dedicava um dia para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o séc. XI os papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No séc. XIII passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. Na cultura judaico-cristã que nos rodeia, a recordação dos que já morreram assume uma grande importância, quanto mais não seja para pensarmos que outra vida melhor nos espera.
Quem não se deu conta que aspiramos à eternidade e sentimos que essa aspiração se concretiza na memória dos que conviveram com cada um de nós. Há um dia expressamente dedicado a tal, a essa saudade, razão que motiva muitos dos que vivem longe dos locais onde nasceram, a visitá-los uma vez ao ano, e isso é bem mais visível no interior do país, onde, cada vez vive menos gente. O dia de finados é uma evidente expressão da cultura lusófona a que pertencemos e manifesta-se em todos os povos que se exprimem culturalmente em português. Eu tenho para mim que não é preciso haver um dia no calendário, propositadamente colocado a seguir ao Dia de Todos os Santos.
Ora esta data tem ainda algum relevo para uma minoria, e obviamente um dia de Finados em dia de laboração normal não deixa grande margem de manobra para as pessoas irem aos cemitérios, depois de se levantarem cedo, deixarem os filhos na escola, voltarem do trabalho, irem buscar os filhos ao ATL (tempos livres), prepararem o jantar, etc.