Categoria: Tradições LENDAS folclore

  • lenda do rei Sebastião

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    Lenda do rei D. Sebastião e da ilha encantada.
    Ainda há um século atrás se encontrava muita gente com bilhas cheias de água, vindo da fonte. Iam buscá-la para os arranjos da casa, para os animais. Muitas vezes iam mesmo de noite, quando havia menos pessoas à espera de encher a bilha.
    Certa noite de lua cheia, as tias Bastos, da Ribeira Seca da Ribeira Grande, aproveitaram a calada da noite para irem à fonte. Enquanto esperavam que as talhas se enchessem, olhavam o majestoso mar que se estendia no seu azul negro lá ao longe.
    De repente viram o mar abrir-se e fazer um longo caminho. Apareceu depois um homem jovem, muito belo, vestido como um rei e montado num cavalo branco. Veio-se aproximando, cavalgando, e ao chegar, perguntou com voz serena:
    — Quem vive?
    Repetiu a pergunta três vezes, mas as velhas, pasmadas e amedrontadas, puseram as bilhas à cabeça e fugiram sem responder Enquanto corriam para casa, olharam para trás e viram o rei caminhar para o mar de cabeça baixa, em passo vagaroso, fechando-se a estrada atrás dele.
    No dia seguinte, as tias Bastos contaram aos vizinhos o que lhes tinha acontecido na noite anterior e ficaram a saber que aquele jovem era o rei D. Sebastião e que, quando o rei lhes perguntou “Quem vive?” deviam ter respondido “D. Sebastião mais a sua nação”. Teriam assim desencantado o rei e a ilha em que vive e que se chama D. Sebastião. Mas ao mesmo tempo que esta ilha se desencantasse, encantar-se-ia uma das ilhas dos Açores de nome feminino.
    A ilha e o rei ainda continuam encantados e de sete em sete anos, numa noite de lua cheia, o infeliz rei vem a terra esperando que alguém o desencante.
    ( Foto encontrada no google)
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    Luís Botelho and 2 others

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  • festa da flor na ribeira grande

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  • LENDA DAS SETE CALDEIRAS

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    Lenda das Sete Caldeiras
    Há muitos e muitos anos, um agricultor vivia nas Flores com um filho chamado João. Todos os dias, este tinha de ir buscar água para a casa de seu pai, uma vez que próximo da mesma não existia qualquer nascente. João passava a vida a brincar e a sonhar. Todas as pessoas que o conheciam diziam que ele era de coração simples, puro e bom, e que um dia iria realizar grandes feitos.
    Um dia João ia carregado com duas bilhas de água que tinha ido buscar a uma nascente longe de sua casa e, pelo caminho, encontrou uma poça de água das chuvas, onde parou para descansar e brincar um pouco. Falando consigo mesmo, disse em voz alta: “Dizem as pessoas que noutros locais há lindas lagoas e caldeiras, na minha ilha não há, mas não faz mal, eu vou fazê-las”.
    Esquecendo-se do trabalho que já tinha tido ao ir buscar água tão longe de casa, pegou numa das bilhas de barro e despejou-a no chão. Para seu espanto, com a mesma facilidade com que derramara a água e sonhara em construir lagoas, viu crescer aos seus pés um grande lago que se alojou no fundo de uma caldeira.
    Felicíssimo com o acontecimento, João pulou de alegria e pensou: “Daqui para a frente, sempre que encontrar poças de água vou fazer o mesmo!” Dito e feito, encontrou logo outra poça de água à sua esquerda, poucos metros à frente. Não perdendo tempo, e com confiança no que fazia, vazou a outra bilha de água e ficou a ver a água a espraiar-se e dar origem a outra lagoa, desta vez muito funda.
    Cheio de contentamento e esquecendo-se do trabalho que lhe dava ir buscar água, voltou à nascente para ir buscar mais. Mal regressava com as bilhas cheias começou novamente a sonhar, e encaminhado pelos seus sonhos de criança foi deambulando pela ilha, encontrando pelo caminho sete poças onde despejou as suas bilhas, e dando assim origem às sete lagoas da ilha das Flores.
    Segundo a lenda, foi assim se formaram a Lagoa Funda das Lajes e várias outras menos fundas, como a Caldeira Rasa, cujas margens são muito lodosas e tidas como perigosas. Das brincadeiras do João nasceram ainda a Lagoa Branca, a Lagoa Seca (Santa Cruz das Flores), a Lagoa Comprida, a Lagoa Funda e a Lagoa da Lomba. Todas lagoas diferentes, cheias de águas límpidas e puras como os pensamentos do João que as criou.
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    Mariazinha Peixoto

    Bom dia☀️, uma bela lenda, as lendas exercem sempre um enorme fascínio sobre nós!
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  • “capote-e-capelo”

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    3 h
    Sabias que a origem do “capote-e-capelo” é controversa?
    Conhecido como uma peça de vestuário típica açoriana, utilizado por mulheres em todo o arquipélago, até meados do século XX., o “capote-e-capelo” era parte da identidade social e cultural dos Açores e consistia em duas peças separadas, feitas de tecido inglês espesso e resistente (azul escuro ou preto), que cobria completamente o corpo da mulher, permitindo apenas um vislumbre do seu rosto.
    O “capote-e-capelo” era típico das ilhas do Faial e Santa Maria. O do Faial tinha a forma extravagante de uma cunha sobre os ombros, que se projetava mais de um pé para a frente. A de São Miguel era mais comprida para trás.
    Muitos dizem que o “capote-e-capelo” veio das Flandres e outros dizem que foi, na verdade, uma adaptação de mantos e capotes que estavam na moda em Portugal nos séculos XVII e XVIII.
    Independentemente disto, durante séculos o ‘capote-e-capelo’ foi uma peça de vestuário tipicamente açoriana que, mesmo em desuso, é, ainda hoje, uma curiosidade histórica pitoresca e é marca de referência nos licores açorianos com a “Mulher de Capote”, empresa que teve como inspiração o “capote-e-capelo” para a sua criação e que se dedica ao fabrico e comercialização de bebidas alcoólicas, típicos da ilha de São Miguel.
    Did you know that the origin of the “capote-e-capelo” is controversial?
    Known as a typical Azorean garment, worn by women throughout the archipelago until the mid-twentieth century, the “capote-and-capel” was part of the Azores’ social and cultural identity and consisted of two separate pieces made of thick and resistant English fabric (dark blue or black), which completely covered the woman’s body, allowing only a glimpse of her face.
    The “capote-and-capel” was typical of the islands of Faial and Santa Maria. The one from Faial had the extravagant shape of a wedge over the shoulders, which protruded more than a foot forward. The one from São Miguel was longer in the back.
    Many say the ‘capote-and-capel’ came from Flanders, and others say it was actually an adaptation of cloaks and capes that were fashionable in Portugal in the 17th and 18th centuries.
    Regardless of this, for centuries the “capote-e-capelo” was a typical Azorean garment that, even if in disuse, is still today a picturesque historical curiosity and is a reference brand in Azorean liquors with “Mulher de Capote”, a company that was inspired by the “capote-e-capelo” for its creation and is dedicated to the manufacture and marketing of alcoholic beverages, typical of the island of São Miguel.
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    Rui Faria and 1 other

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  • a batalha das limas (hoje é dos plásticos)

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  • Carnaval de Bragança vira ritual satânico

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    Carnaval Bragança ritual satânico Caretos

    Source: Carnaval de Bragança vira ritual satânico

  • Os últimos vendedores de banha da cobra

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    Cândido e Balbina são uma espécie em vias de extinção. A Banha de Cobra que vendem é receita de família, que passou de geração em geração. Dizem que faz bem a quase tudo. E, melhor ainda: não faz mal a quase nada.

    Source: Os últimos vendedores de banha da cobra