Tio Bailhão Victor Rui Dores

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Caras e caros amigos

Tomo a liberdade de vos enviar o link (abaixo) com um vídeo em que me meti na pele do Tio Bailhão, o simpático guarda do Jardim Duque da Terceira que tanto marcou a minha adolescência terceirense e que que faz parte do meu imaginário afetivo. O vídeo foi gravado aquando do lançamento do livro “Do Jardim à Memória”, com fotografia de Paulo Garrão e texto meu.
Já o fazia antes, mas agora, aposentado, talvez me dedique ao “stand up comedy”…
Espero que se divirtam.
Abraço de mar
Victor Rui Dores

LIVRAMENTO E PRIMITIVOS PARTE 2

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arida Veiga answered this question.
Livramento Terra de primitivos Com Roqueiras à meia noite!

Vera Medeiros

Tenho orgulho de ser filha de pai que nasceu no Livramento. Cresci com essas festas e com as roqueiras e alvoradas.
São tradições que os mais antigos nos transmitiram e que nós devemos guardar.

Margarida Veiga

Vera Medeiros os homens mais antigos batiam nas mulheres e, mesmo depois de aprovado o divórcio em 1910, conservaram o direito de as assassinar à pancadaria, porque era a tradição. Por favor, arranje um argumento racional. Em África também se faz a mutilação genital de meninas na primeira infância porque é tradição. Aqui também se davam as famosas sopas de cavalo cansado a crianças (ano 2011!) e no conselho do Nordeste conheci quem incentivasse a fumar a netos com 10 anos porque era a tradição.

Um bom argumento seria explicar em que medida existe benefício coletivo com o estouro de um foguete no período legalmente definido como período de descanso.

primitivos no LIVRAMENTO

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Livramento Terra de primitivos Com Roqueiras à meia noite!

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Gabriela Mota Vieira

Pela saúde, segurança e bem-estar de todos, há que acabar com este barulho ensurdecedor!
Os fogos de artifício são nocivos, perigosos e invasivos, trazendo sérios riscos à população, aos animais e ao meio ambiente. Centenas ou milhares de militares po…

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Laudalina Estrela

Gabriela Mota Vieira e se vamos falar com os “ atiradores das roqueiras “, respondem que é a tradição …

leiam este meu artigo, o 3º este ano sobre o tema https://blog.lusofonias.net/de-novo-e-sempre-as-roqueiras-do-meu-descontentamento-chrys-c-pdf/

contra os foquetes

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Das tradições.
Além de perturbarem o sono de madrugada, os foguetes ainda têm mais uma extraordinária função: provocar um incêndio que consome mais de 5000 hectares de uma ilha.
Para quando a regulamentação e fiscalização efetivas do lançamento de foguetes?
May be an image of text

leiam este meu artigo, o 3º este ano sobre o tema https://blog.lusofonias.net/de-novo-e-sempre-as-roqueiras-do-meu-descontentamento-chrys-c-pdf/

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Gabriela Mota Vieira

Pela saúde, segurança e bem-estar de todos, há que acabar com este barulho ensurdecedor!
Os fogos de artifício são nocivos, perigosos e invasivos, trazendo sérios riscos à população, aos animais e ao meio ambiente. Centenas ou milhares de militares portugueses, 50 anos depois da Guerra Colonial portadores de Stress pós-traumático de guerra sofrem horrores com os estrondos provocados pelo fogo de artificio.
Os estrondos afetam diretamente animais de estimação, tutores, idosos, recém-nascidos, crianças, pessoas autistas e pessoas com sensibilidade auditiva.
Causam ansiedade nos bebés e crianças, incomodam os idosos e as pessoas que vão trabalhar e que estão dormindo, pessoas doentes. O estrondo pode causar ataque epilético, ataque cardíaco e desnorteamento nas pessoas e nos animais.
O estrondo provoca ansiedade e medo nos animais. No desespero de fugir do barulho, podem ficar agressivos, magoarem-se ou fugirem.
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Ana Monteiro

Gabriela Mota Vieira como em tudo, deveriam existir regras que atualmente não são respeitadas nem fiscalizadas. Há uns anos havia foguetes no início e no final das procissões para assinalar a entrada e saída das imagens das igrejas. Agora há rajadas de…

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PAN/Açores denuncia morte de touro em tourada na ilha Terceira – Jornal Açores 9

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O PAN/Açores denunciou hoje aos órgãos de polícia criminal uma nova suspeita de morte de touro numa tourada à corda na freguesia da Agualva, concelho da Praia da Vitória, ilha Terceira, e pediu a “suspensão imediata destas práticas”. O partido refere em comunicado que a denúncia deve-se “à morte de mais um touro durante a […]

Source: PAN/Açores denuncia morte de touro em tourada na ilha Terceira – Jornal Açores 9

vai começar a minha semana de terror…recordo anos passados

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480 ALERGIA A FESTAS, AGO 2022

Os politicamente corretos vão mesmo crucificar-me hoje. Tenho uma enorme alergia a festas da padroeira da freguesia, a meu favor os cães da vizinha, os de casa e dezenas de outros nas vizinhanças, e os pássaros que nessa semana debandam atordoados pelas incessantes roqueiras e foguetes tonitruantes que a desoras entre as 07 e as 03 da madrugada soam nos ares.

Tal como a música encanada ou não que surge na maioria das ruas, como os bares e tascas improvisadas que nascem como cogumelos, e leva as pessoas a encostarem-se aos berros, gritos e em alegadas conversas (bêbadas, muitas vezes) até altas horas, sob a sacada das minhas janelas ou sentadas nos degraus do patamar de casa.

Como a ecologia ainda não medra por estas bandas na manhã seguinte o chão fica atulhado de copos de plástico, beatas de cigarro e outros detritos que, eventualmente, o pessoal da junta irá limpar, quando acabarem de limpar as ruas dos detritos de folhas e flores que sobraram da procissão.

Este ano a comissão organizadora ressabiada pelos dois anos de pandemia resolveu alargar de 6 para 10 dias as libações celebratórias, convidado grupos musicais para dois dias antes do habitual, mas a população que ainda trabalha durante a semana não parece ter aderido. Outra novidade foi a trasladação da imagem da Senhora do Rosário para a Capela e desta para a Igreja ter sido feita numa carrinha de vaqueiro e não aos ombros dos acólitos, um progresso tecnológico que demorou a chegar, e do qual ignoro ter sido um sucesso ou não.

Desde há séculos que a tradição de pintar as casas se mantém. Este ano os pintores não tinham mãos a medir e eu que até pinto a casa quando precisa e não quando é festa, vi-me e desejei-me para arranjar “mestres” disponíveis dois meses antes do evento.

Houve menos barulho duma forma geral, sem a discoteca improvisada na Rua do Rosário a debitar tecno bass até às três da manhã, o que os meus ouvidos agradecem e mais ainda o coração que palpita acelerado com esses ritmos.

O bar tasquinha em frente a casa não causou grande transtorno mas os seus frequentadores de ambos os sexos devem ter problemas auditivos pois ao virem cá para fora fumar e falar, faziam-no aos berros noite adentro adiando, injustamente, o meu sono de justo. Mas vá lá, foi um sacrifício por uma causa justa que esta gente nem é muito de futebóis, não vai a Fátima que é caro, as procissões de romeiros foram suspensas e só lhes resta a festa anual para se libertarem das grilhetas do quotidiano.

Para isso se aperaltam novas e velhas em seus vestidos, saias curtas e decotes generosos, maquilhadas como se na ida às missas fossem a um concurso de misses. A grande diferença doutras eras é que não se apalavram namoros ou casamentos como dantes, e a estatística diz que em cada dez casamentos sete dão lugar a divórcio e em curto prazo.

Mudam-se os tempos mas os emigrantes continuam a voltar para reviver eras passadas que já não reconhecem nestes dias que correm. Um casal deles, emigrado nas Américas há 60 anos até me pediram para lhes tirar uma foto quando eu gravava os tapetes de flores da procissão e foram contando a sua vida e o orgulho de serem nativos daqui.

Ninguém se deu conta da crise que aí está para durar e encarecer mais a vida exceto o dono das vacas que pediu (como só ele sabe) preço mais alto para o leite. Concordo plenamente, desde que todos sejam compensados pela carestia desta inflação que nos vai fazer emagrecer as poupanças que não temos, os aumentos que não tivemos e a subida especulativa de todos os bens. Mas quando a crise apertar pode ser que as coisas mudem já que as mentalidades, essas parecem imutáveis.

ou esta outra crónica

AGORA QUE AS FESTAS SE FORAM 13.9.2022

Estamos numa crise que se agudizará neste outono e inverno, mas a maioria das autarquias (salvou-se a da Ribeira Grande, S Miguel) gastou o que tinha e não tinha nas habituais festas brancas, azuis, arcos-íris, filarmónicas, animação de noite e de dia, cantantes e demais artistas, a quem sinceramente espero tenham pago cachet, que os anos da pandemia foram de míngua.

Dizem todos que foram um sucesso, festas em todas as cidades, vilas e freguesias, foguetes, roqueiras, fogo-de-artifício e artifícios sem fogo, procissões religiosas e festivais pagãos, emigrantes regressados e os nativos ou locais saciados. Enquanto isto a inflação chegou aos 7% nos Açores (aqui demora sempre mais tempo a chegar e irá subir muito mais), as pessoas sem se queixarem, sem se manifestarem contra os brutais aumentos da eletricidade, água, víveres, combustíveis e de todo o generalizado (nem sempre fundado) aumento da carestia da vida, que a guerra tem costas largas. Depois as artimanhas do governo da república, a dar uma esmola que é uma ínfima parte do que a mais recebeu fruto da inflação e da carestia.

Infelizmente, estes “circos” popularuchos servem para opiar mais o povo iletrado, inculto e ignorante que vota nos que melhor o exploram. Um novo tipo de feudalismo e de escravatura

Perpetuam o fosso entre os que “têm” e os que não têm alforria. A massificação da cultura popular” versus a redução abrupta dos orçamentos culturais (artes, teatro, literatura) manterá o mínimo denominador comum de iliteracia. Um povo iletrado não pode ser livre nem preserva a autonomia, permanece subjugado e submisso aos que o espezinham.

Queixam-se todos de que – em ano algum – os parcos apoios a eventos culturais e associações do setor chegaram tão tarde, quando chegaram…pode ser que alguns desistam e para o ano sempre se poupa mais algum. Ou então que emigrem em vez de organizarem conferências, palestras, exposições, colóquios e outras atividades elitistas para meia dúzia de pessoas.

Os senhores nos castelos e os servos da gleba esmifrando as migalhas que lhes atiram das ameias, eternamente gratos, (agora já não há chapéus na mão) a agradecer tanta benesse e caridade. Nem o país, nem as ilhas progredirão, o “status quo” preserva a ordem estabelecida e os bobos da Corte. A crítica mordaz não agrada aos que detêm o poder e são objeto da sátira e da jocosidade de quem vê o mundo numa moldura maior do que as mentes tacanhas. Até nisto a História se repete e poucos foram os que do olvido e da lei da morte se libertaram, numa paráfrase livre do épico Camões. Resta ‑me lavrar o desacordo e sonhar com um mundo melhor, mais justo e equitativo que é exatamente o oposto do que assistimos nas últimas décadas.

Possa eu continuar a contar livremente sonhos e utopias, sinal de que os senhores do mundo ainda não calaram todas as vozes. Aqui não é o Haiti (como dizia o Caetano Veloso) nem a Coreia do Norte e ainda há liberdade de pensar. O meu voto continua sem estar à venda, mesmo só com valor estatístico sem representatividade eleitoral. Controlado, vigiado, escutado, analisado e dissecado vou resistir enquanto puder (i.e. viver) a ser um mero píxel nos ecrãs dos controladores globais que nos programam. Não será pelo medo que viciarão os momentos livres e felizes.

E eu que até sou súbdito da coroa britânica interrogo-me se Portugal é, de facto, um país monárquico ou membro da Commonwealth, pois desde o falecimento da augusta soberana Elizabeth Regina que 90% dos canais noticiosos de TV não dá senão a cobertura de tudo o que se passa na velha Albion. Faltou mostrar as solas dos sapatos do novo Rei ou a cor das cuecas.

Tenho pena dele, começar o primeiro emprego aos 73 anos é duro e temo que cá pensem em alterar a idade da reforma fruto desta sua tomada de posse tão adiantado em anos. Entretanto os poderes que mandam viram-se livres daquela que se deveria ter tornado rainha consorte, Diana de seu nome, aceitando a sua substituição por esta divorciada que ora acompanha Carlos (III ou Carlos I da Austrália). Nem as monarquias são já o que eram e qualquer dia (exceto nas Arábias) passam a espécie em vias de extinção apenas visíveis em zoológicos especiais. Não é que as democracias que eu conheço sejam muito melhores, e há sempre umas ditaduras e uns tiranos ao virar de cada esquina, prontos a satisfazer os populismos de que se alimentam as festas de verão com que comecei esta crónica.

património baleeiro

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“O Movimento de Recuperação e Utilização Desportiva e Lúdica do Património Baleeiro Móvel (Botes e Lanchas) tem tido um assinalável sucesso, mobilizando, em muitas ilhas, muitas pessoas, mulheres e homens, de todos os escalões etários, das mais diversas origens socio-profissionais. A própria bela fotografia que o Amigo José Ávila fez o favor de partilhar e que mostra 6 excelentes lanchas da baleia no porto de Sta Cruz das Ribeiras demonstra que nesse dia houve regatas de vela e remo nas quais participaram pelo menos 20 botes provenientes de 7 ou 8 portos. Como cada bote tem 7 tripulantes é fácil perceber que esta atividade desportiva, com grande valor histórico e cultural, tem muitos adeptos e praticantes. Felizmente!”
O texto é da autoria do caríssimo José Decq Mota e a fotografia do Sr. José Ávila.
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