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LUTO NA GORREANA Berta Maria Ferreira Meyreles Hintze (14/11/1926/15-11-2025)

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Berta Maria Ferreira Meyreles Hintze
(14/11/1926/15-11-2025)
No photo description available.
Em 1961, aos seus 35 anos de idade, perdeu o marido, Fernando Hintze, vendo-se a partir de então confrontada com a enorme responsabilidade de manter em funcionamento toda a actividade da Gorreana, incluindo a da própria Fábrica, com as suas dezenas de trabalhadores, desafio que enfrentou com sucesso.

Berta Hintze marcou a vida de várias gerações e centenas de trabalhadores que ao longo de muitos anos passaram pela Fábrica de Chá Gorreana, conhecida em todo o mundo e única na Europa durante algumas décadas. Orgulhava-se de ter conseguido passar à geração seguinte a fábrica em funcionamento, quando as circunstâncias pareciam aconselhar o contrário, tendo mesmo levado ao encerramento de todas as outras.

Mas não se bastou com a sua entrega à Gorreana. Interessou-se pela criação artística ( trabalhos em retalho, “pathchwork”), o que aconteceu a partir da década sessenta, depois de ter dado conta da existência de uma toalha feita com essa técnica deixada por Ermelinda Pacheco Gago da Câmara, a fundadora da Fábrica de Chá Gorreana. Também se dedicou à criação de quadros em tecidos de qualidade ( veludos, sedas e brocados) e de cores vivas, os quais eram antecedidos da elaboração de desenhos, tendo chegado a exibi-los em algumas exposições.
Aos seus 95 anos de idade, a última vez em que a vi, era com um cigarro na mão e um sorriso no rosto que falava do futuro e da vida!

UM GOVERNO ENTALADO, Osvaldo José Vieira Cabral

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UM GOVERNO ENTALADO



Por estes dias José Manuel Bolieiro é Presidente de um governo entalado pela SATA e pela República.

O longo processo de privatização da SATA desembocou naquilo que prevíamos há cerca de um ano: uma enorme trapalhada, gerida de forma incompetente e que está a provocar estragos óbvios na popularidade da coligação.

Seja qual for o desfecho, a avaliação deste processo já não pode ser positiva em qualquer perspectiva.

O processo foi mal conduzido e o desfecho será igualmente mau, porque o governo encurralou-se a si próprio no emaranhado das negociações e num caderno de encargos que nunca devia ter existido tal como está redigido.

Bastava aprender com o processo de reprivatização da TAP, em que não há concurso nenhum, mas negociações directas com as partes interessadas, avaliando quem está em melhores condições para responder aos requisitos impostos pelo governo, que obrigam que o investidor seja uma entidade idónea, com capacidade financeira, detendo a qualidade de operador aéreo certificado e com uma dimensão mínima aferida por indicadores financeiros.

Ao invés, optamos por apostar no escuro, na esperança de que iriam aparecer diversos investidores, estando agora o Governo Regional capturado pelo único consórcio interessado, que até já impõe condições, depois de ter sido afastado pelo governo, novamente repescado após ameaça de queixa judicial, e agora já a negociar com os trabalhadores, sabendo que a “mochila pesada” vai acabar por ser assumida por todos nós contribuintes açorianos.

A responsabilidade deste desfecho já não pode ser assacada aos governos do PS.

Houve tempo mais do que suficiente para traçar estratégias e adaptar estratégias.

Como sempre, predominou o interesse político-partidário de curto prazo sobre o interesse do futuro da Região.

Os próprios partidos, afastados de qualquer opção estratégica das negociações, colaram-se ao poder por interesses próprios e não por interesses estruturantes dos açorianos.

A gestão de José Manuel Bolieiro, Duarte Freitas e Berta Cabral chumba em qualquer avaliação neste processo SATA.

Não há que falar de administradores porque foi o governo que os escolheu, nem de planos falhados porque foi o governo, accionista único, que os validou.

Como um economista já lembrou, esta telenovela de terceira categoria vai custar a cada açoriano cerca de 3 mil euros, correspondendo os 600 milhões de euros a 10% do PIB da região, quando na TAP, os 3,3 mil milhões lá enterrados correspondem a 330 euros por cada cidadão, ou seja pouco mais de 1% do PIB nacional, uma diferença abismal sobre como se governa o bem público.

Não é por acaso que a República sempre fugiu, a sete pés, deste processo da SATA, deixando os companheiros insulares a falar sozinhos.

O que este triste episódio demonstra é que a coligação não aprendeu nada com a falhada privatização da SATA ao tempo do governo de Vasco Cordeiro, naquela outra trapalhada com a “Icelandair”, provocando o desgaste continuado da governação socialista.

No Palácio de Santana respira-se muita confiança porque Francisco César é visto como o seguro de vida da coligação governamental, mas em política, onde tudo é efémero, seria avisado os partidos do poder começarem a reflectir sobre até que ponto é que o povo eleitor está disposto a aguentar tantos erros cometidos em tão pouco tempo.

É que começa a circular a ideia de que o desleixo da governação, em tantos dossiers, parece um padrão, de que é outro exemplo o imobilismo de ano e meio para recuperar o HDES.

Outro caso, também escandaloso, é o dos salários dos trabalhadores da Base das Lajes, em que o Governo de Luís Montenegro entalou José Manuel Bolieiro, poucos dias depois de um Conselho de Ministros com os dois Presidentes insulares.

O Vice-Presidente Artur Lima, um dos governantes mais lúcidos da coligação, porque consegue levar a água para o moinho que lhe convém, tratou de imediato do assunto e não se coibiu de criticar a República e até o Ministro da Defesa, que é seu líder nacional do CDS, enquanto que Bolieiro se remeteu ao silêncio, certamente combalido com a desfeita do seu amigo Montenegro, depois daquele “momento histórico” em que não resultou coisa nenhuma.

Trazer na bagagem apenas a criação de um grupo de trabalho para rever a Lei de Finanças Regionais é uma capitulação, porquanto a República passa, agora, a liderar o processo, quando as dua Regiões Autónomas já tinham uma proposta de revisão, encomendada ao jurista Paz Ferreira, autor da primeira versão da lei.

O que acontece à proposta? Vai para o lixo? Porque não foi transformada em proposta de lei e apresentada ao Governo da República para aprovação?

É demasiada subserviência à República, como agora também acontece com o silêncio à volta da inqualificável ameaça ao subsídio de natal dos trabalhadores das Misericórdias.

Uma subjugação aos centralistas de Lisboa que se estende, igualmente, aos senhores da ANA/Vinci, que mais uma vez vêm de passeio aos Açores anunciar obras que há muito deveriam estar concluídas e que foram prometidas em 2023 noutra deslocação semelhante.

O caso de Ponta Delgada é escandaloso, o terceiro maior aeroporto do país a crescer nos últimos anos, e que mereceu da ANA, apenas, uma remodelação pindérica no terminal.

José Luís Arnaut, “chairman” da ANA, social-democrata e antigo governante dos governos atribulados do PSD, tem o condão, sempre que vem aos Açores, de arrastar atrás de si o Presidente do Governo, Secretários Regionais e toda a triste bajulação que lhe é curvada.

A governação regional rebaixa-se a tudo isso e deixa a população atónita, porque assiste aos elogios inapropriados a obras em aeroportos que não são nossos, quando a própria região tem em mãos processos semelhantes, como a prometida ampliação da pista do Pico, uma maçada desta coligação arrumada na gaveta, e sem que se insurja contra o arrastar da pista do Faial, da responsabilidade do querido amigo Arnaut.

Mas o ridículo maior é o PSD, em comunicado descarado, assumir o elogio do anúncio das obras como se fossem suas, fazendo dos cidadãos uns pobres desqualificados politicamente.

Este governo está a meio do mandato, altura ideal para uma profunda remodelação, que não se fique apenas pelos Directores Regionais.

Há secretários regionais muito desgastados, que já deram o que tinham a dar.

A coligação necessita de um intenso arejamento, com ventilação assistida, para recuperar novo fôlego até à ponta final do mandato.

O descontentamento é generalizado, mesmo nas hostes dos partidos da coligação, que se queixam de falta de diálogo, ignoram pedidos de audiências, recusam sentar-se com os autarcas, não entram nos cafés, nas filarmónicas, nas Casas do Povo, nos clubes e mantêm-se sentados nos confortáveis gabinetes da gigantesca administração preguiçosa.

Vamos entrar na quadra natalícia e a tradicional palavra ‘Esperança’ da época poderá transformar-se num tormento para milhares de famílias que podem nem receber o subsídio de Natal.

Ao que devia chegar a região da “economia pujante”…



Osvaldo Cabral

Novembro 2025



(Açoriano Oriental, Diário Insular, Portuguese Times EUA, LusoPresse Montreal)

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Comments

Pierre Sousa Lima

Parabéns Osvaldo. Mais um excelente artigo que subscrevo na íntegra !
Um abraço
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Luís Silva Melo

E o folhetim do futuro da Sata Internacional (Azores Airlines) continua…
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Rui Sebastião

Mais um grande artigo!!!
Resumindo o Fecho da SATA é Urgente !
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Lucia de Sousa

A SATA não pode fechar sem alternativas
Vivemos numa região sem outros aces so ao exterior …

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Acácio Mateus

E não vai dar em nada! Pena é que os jobs for the boys não venham bater palminhas quando se fala a verdade nua e crua!
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Isilda Medeiros

E continuarapor mais tempo
Realmente há secretários cansados mas eles nem o.bolieiro querem substituir
O tacho é bom. Seraque o corvo esta sem médico pelo fato do antigo ter perdido as eleições eter dito que se demitiria ou o rei do corvo ter dito ficas aqui
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Someone is typing a comment…

por 599 milhões compro

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POR 599.(9) MILHÕES (VOSSOS), EU COMPRO |
Para quem não tem qualquer ligação aos Açores, a Sata, ou esta história da privatização da Sata, é uma nota de rodapé, entre as notícias das cheias e as entrevistas do pastor.
Para mim a Sata, tal como o cacilheiro na década de 90, é o transporte que me leva para casa.
Devo confessar o meu espanto com a quantidade de açorianos, residentes nas ilhas, que gritam pelo encerramento da companhia (da parte operacional que faz a ligação ao exterior do arquipélago – Azores Airlines).
Há duas razões para isso. A primeira é nunca ter saído do arquipélago e não ver qualquer necessidade disso. A outra é a de achar que o mercado, por si só, tratará de cobrir os slots da Sata quando esta deixar de voar para Lisboa, Porto, EUA ou Canadá.
Ora, meus amigos, trago novidades. É que o mercado está mais do que aberto há anos e as ligações às ilhas, tirando aquelas que a Sata garante, são miseráveis. Maior parte das companhias mostram interesse apenas em ligações sazonais (Maio a Outubro). No resto do ano há a Sata, TAP, Ryanair e pouco mais.
Tal como na privatização da TAP feita pelo Passos Coelho, também agora aparece um grupo privado que não se importa de nos tirar o fardo de gerir a companhia se nós lhes pagarmos para isso. 600 milhões, mais coisa menos coisa, para limpar o passivo e deixar dinheiro em tesouraria para arrancar com a operação.
O “investidor” privado, do qual faz parte Carlos Tavares, com créditos firmados na praça depois de ter sido corrido da Stellantis, quer receber um crédito nosso para ficar com a empresa. Uma situação idêntica à que aconteceu na TAP com o Neman e o grupo Barraqueiro.
Quando li esta notícia lembrei-me do dia em que, com mais dois colegas, fomos ao banco abrir a conta da nossa empresa e nos informaram que nem a linha de crédito teríamos direito para pagar os primeiros salários (antes de emitirmos sequer faturas), com a justificação de que precisariamos de um ano de contas solidificadas, para sequer podermos pensar nisso.
Imagino que isto seja o dia a dia de qualquer pessoa que se lance nestas coisas das empresas. Já para mega aquisições quando os governos são de direita, o crédito parece ser ilimitado e sem dono aparente. O facto de pagarmos todos, a milionários, para que fiquem com uma companhia pública, parece ser uma excelente ideia. Para os milionários, pelo menos.
A parte mais divertida disto é quando leio que se pode enterrar a Sata e usar a Ryanair. Uma companhia que vive da chantagem contra os aeroportos e que, sempre que os preços não lhes agradam ou os subsídios desaparecem, cancelam rotas do dia para a noite. Queria ver como é que “terminavam a vidinha” com aquela rapaziada das raspadinhas.
Há mais açorianos fora do arquipélago do que lá dentro. Tal como o resto do país, somos uma nação de emigrantes (shiiuuu…não digam ao Ventura) com origens pobres, vindos de um país que não contava para o totobola até o boom do turismo (que já agora, não é a realidade dos Açores).
É por isso difícil perceber como é que as pessoas, de uma maneira geral, desprezam quem nos assegura a ligação com a Diáspora e dentro do território nacional. São a Sata e a TAP que garantem isso, mais ninguém.
Se poderiam ser melhor geridas? Claro que sim. Mas alguém duvida, ainda assim, que a nossa mobilidade, enquanto povo, será pior quando a Sata e a TAP forem privadas?
Apenas por ideologia não conseguirão assimilar que privado algum poderá garantir as ligações deficitárias do serviço público.
Em tempos defendi algo para a TAP que se aplica também à Sata. No Porto diziam que a TAP só servia Lisboa (Rui Moreira foi o impulsionador dessa saloiada) e portanto, podia ser privatizada. O Porto está a 300 km de Lisboa com voos de hora a hora para o hub. Na ilha Terceira ou nas outras mais pequenas, diziam que a Sata só servia São Miguel e os restantes ficavam com as sobras. Em 30 minutos chega-se a quase todo o lado.
A minha sugestão, há anos, era que deixássemos de ser um país de pelintras com manias de grandeza e que, por momentos, deixássemos o bairrismo de lado para usar um pouco o cérebro.
E isso é, obviamente, fundir a TAP com a Sata, criar dois hubs (Lisboa e Ponta Delgada) e distribuir as rotas pelas ligações prioritárias entre os hubs e para a diáspora. O resto vem depois.
Num país tão pequeno mas com a população espalhada por território continental e 11 ilhas, não se pode dar à iniciativa privada a expectativa de garantir a mobilidade e coesão territorial. Muito menos se formos nós, de qualquer maneira, a pagar por isso.
Ainda assim, se o Governo Regional dos Açores não parar este disparate, eu estou disponível para comprar a Azores Airlines bastando, para isso, que me paguem 599 999 999 euros. Julgo que passa a ser a proposta mais atrativa.
Como diria um primo meu, temos que parar com esta mania de comer atum em casa e arrotar camarão na rua. É possível ter serviço público bem gerido e não complicar, ainda mais, a nossa vida. É para isso que servem os impostos. Não é para a banca ou para websummits.
A questão é, contudo, saber, o que sobrará para recuperar depois da passagem dos governos da Spinumviva e do Chega.
POR 599.(9) MILHÕES (VOSSOS), EU COMPRO |
Para quem não tem qualquer ligação aos Açores, a Sata, ou esta história da privatização da Sata, é uma nota de rodapé, entre as notícias das cheias e as entrevistas do pastor.
Para mim a Sata, tal como o cacilheiro na década de 90, é o transporte que me leva para casa.
Devo confessar o meu espanto com a quantidade de açorianos, residentes nas ilhas, que gritam pelo encerramento da companhia (da parte operacional que faz a ligação ao exterior do arquipélago – Azores Airlines).
Há duas razões para isso. A primeira é nunca ter saído do arquipélago e não ver qualquer necessidade disso. A outra é a de achar que o mercado, por si só, tratará de cobrir os slots da Sata quando esta deixar de voar para Lisboa, Porto, EUA ou Canadá.
Ora, meus amigos, trago novidades. É que o mercado está mais do que aberto há anos e as ligações às ilhas, tirando aquelas que a Sata garante, são miseráveis. Maior parte das companhias mostram interesse apenas em ligações sazonais (Maio a Outubro). No resto do ano há a Sata, TAP, Ryanair e pouco mais.
Tal como na privatização da TAP feita pelo Passos Coelho, também agora aparece um grupo privado que não se importa de nos tirar o fardo de gerir a companhia se nós lhes pagarmos para isso. 600 milhões, mais coisa menos coisa, para limpar o passivo e deixar dinheiro em tesouraria para arrancar com a operação.
O “investidor” privado, do qual faz parte Carlos Tavares, com créditos firmados na praça depois de ter sido corrido da Stellantis, quer receber um crédito nosso para ficar com a empresa. Uma situação idêntica à que aconteceu na TAP com o Neman e o grupo Barraqueiro.
Quando li esta notícia lembrei-me do dia em que, com mais dois colegas, fomos ao banco abrir a conta da nossa empresa e nos informaram que nem a linha de crédito teríamos direito para pagar os primeiros salários (antes de emitirmos sequer faturas), com a justificação de que precisariamos de um ano de contas solidificadas, para sequer podermos pensar nisso.
Imagino que isto seja o dia a dia de qualquer pessoa que se lance nestas coisas das empresas. Já para mega aquisições quando os governos são de direita, o crédito parece ser ilimitado e sem dono aparente. O facto de pagarmos todos, a milionários, para que fiquem com uma companhia pública, parece ser uma excelente ideia. Para os milionários, pelo menos.
A parte mais divertida disto é quando leio que se pode enterrar a Sata e usar a Ryanair. Uma companhia que vive da chantagem contra os aeroportos e que, sempre que os preços não lhes agradam ou os subsídios desaparecem, cancelam rotas do dia para a noite. Queria ver como é que “terminavam a vidinha” com aquela rapaziada das raspadinhas.
Há mais açorianos fora do arquipélago do que lá dentro. Tal como o resto do país, somos uma nação de emigrantes (shiiuuu…não digam ao Ventura) com origens pobres, vindos de um país que não contava para o totobola até o boom do turismo (que já agora, não é a realidade dos Açores).
É por isso difícil perceber como é que as pessoas, de uma maneira geral, desprezam quem nos assegura a ligação com a Diáspora e dentro do território nacional. São a Sata e a TAP que garantem isso, mais ninguém.
Se poderiam ser melhor geridas? Claro que sim. Mas alguém duvida, ainda assim, que a nossa mobilidade, enquanto povo, será pior quando a Sata e a TAP forem privadas?
Apenas por ideologia não conseguirão assimilar que privado algum poderá garantir as ligações deficitárias do serviço público.
Em tempos defendi algo para a TAP que se aplica também à Sata. No Porto diziam que a TAP só servia Lisboa (Rui Moreira foi o impulsionador dessa saloiada) e portanto, podia ser privatizada. O Porto está a 300 km de Lisboa com voos de hora a hora para o hub. Na ilha Terceira ou nas outras mais pequenas, diziam que a Sata só servia São Miguel e os restantes ficavam com as sobras. Em 30 minutos chega-se a quase todo o lado.
A minha sugestão, há anos, era que deixássemos de ser um país de pelintras com manias de grandeza e que, por momentos, deixássemos o bairrismo de lado para usar um pouco o cérebro.
E isso é, obviamente, fundir a TAP com a Sata, criar dois hubs (Lisboa e Ponta Delgada) e distribuir as rotas pelas ligações prioritárias entre os hubs e para a diáspora. O resto vem depois.
Num país tão pequeno mas com a população espalhada por território continental e 11 ilhas, não se pode dar à iniciativa privada a expectativa de garantir a mobilidade e coesão territorial. Muito menos se formos nós, de qualquer maneira, a pagar por isso.
Ainda assim, se o Governo Regional dos Açores não parar este disparate, eu estou disponível para comprar a Azores Airlines bastando, para isso, que me paguem 599 999 999 euros. Julgo que passa a ser a proposta mais atrativa.
Como diria um primo meu, temos que parar com esta mania de comer atum em casa e arrotar camarão na rua. É possível ter serviço público bem gerido e não complicar, ainda mais, a nossa vida. É para isso que servem os impostos. Não é para a banca ou para websummits.
A questão é, contudo, saber, o que sobrará para recuperar depois da passagem dos governos da Spinumviva e do Chega.

Governo investe nos helicópteros Black Hawk que só podem aterrar num hospital

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Os especialistas alertam que estes aparelhos não são adequados para emergências que requerem resposta imediata, servindo principalmente para missões secundárias. O Ministério da Defesa reconhece que os helicópteros serão um reforço e não substituirão diretamente os meios do INEM.

Source: Governo investe nos helicópteros Black Hawk que só podem aterrar num hospital

Aeroporto de Ponta Delgada vai “mudar radicalmente” até 2030 com expansão, diz ANA

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O Aeroporto de Ponta Delgada, nos Açores, vai ter obras de expansão que o vão “mudar radicalmente” e aumentar as áreas do terminal, ‘check-in’ e embarque, entre outras, revelou hoje o presidente da ANA – Aeroportos de Portugal.

Source: Aeroporto de Ponta Delgada vai “mudar radicalmente” até 2030 com expansão, diz ANA

Privatização Azores Airlines: Júri adia para 24 de novembro prazo para entrega da proposta | que palhaçada!!!

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…do Consórcio Newtour/MS Aviation.

Source: Privatização Azores Airlines: Júri adia para 24 de novembro prazo para entrega da proposta | Antena 1 Açores

tragam de volta o bidé

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BIDÉ OU PAPEL HIGIÉNICO?
Especialistas de Harvard recomendam trocar o papel higiénico por esta alternativa mais sustentável
História de Vítor Paulo Carvalho.
Durante séculos, a humanidade inventou soluções engenhosas (e por vezes bizarras) para a higiene após a sanita: desde esponjas partilhadas entre legionários romanos até conchas nas Filipinas. No entanto, o papel higiénico tornou-se rei no Ocidente, símbolo de civilização e até objeto de pânico durante a pandemia, quem
não se lembra das prateleiras vazias nos supermercados?
Trisha Pasricha, médica de Harvard, aconselha… abandonar o papel higiénico. Espantoso, não? A base é um estudo de 2022 com estudantes de enfermagem no Japão: as luvas usadas por quem limpava com papel higiénico tinham quase 40 000 bactérias viáveis, enquanto quem usava bidé viu esse número cair quase dez vezes.
Mas agora, especialistas começam a levantar uma questão desconfortável: e se estivermos a insistir num método não só ultrapassado como prejudicial para a saúde?
O que os especialistas dizem sobre o papel higiénico?
Médicos recomendam o bidé, pois um bidé limpa mais eficazmente do que o papel higiénico. A água remove bactérias, resíduos fecais e irritantes que o papel… simplesmente não consegue. E ainda, um estudo de avaliação de ciclo de vida demonstra que substituir o papel higiénico pelo bidé reduz drasticamente o impacto ambiental em todas as categorias, exceto a água.
Para além da questão microbiológica, há também a pele. Pessoas com problemas como síndrome do intestino irritável, hemorroidas ou fissuras anais sofrem bastante com a fricção repetida do papel. E segundo Pasricha, até a recuperação pós-parto pode ser facilitada com um bidé. No fundo, limpar não tem de doer.
Porque o bidé devia ser mais usado?
1. Limpeza
A água é uma arma silenciosa, poderosa e eficaz. Em vez de esfregar com papel higiénico, o bidé alivia cargas incómodas e potenciais irritações, especialmente para quem sofre de hemorroidas ou fissuras anais, ou tem problemas de mobilidade. E convenhamos, uma limpeza suave, precisa e aquosa soa muito mais… elegante.
2. Sustentabilidade
Um único rolo de papel higiénico pode consumir do equivalente de mais de meio kilo de madeira e 22 litros de água, para uma utilização única. Em contraste, cada ato com o bidé utiliza apenas cerca de meio litro de água, com poupança maciça em recursos e resíduos. O LCA («life-cycle assessment») confirma: em praticamente todas as métricas ambientais, o bidé é mais amigo do planeta. Só a água é exceção, mas é um exagero percentual: o total de água é modesto.
3. Taboos culturais
Mesmo com os benefícios evidentes, há uma barreira social. Em muitos lugares, o bidé veio com uma aura de sofisticação, erotismo até, especialmente nos EUA, onde era associado a bordéis na II Guerra Mundial. Mesmo na europa, onde o bidé é comum em quase todas as casa, o papel higiénico continua a ser um velho companheiro, embora menos eficaz. A transição ainda é desconfortável para muitos, mas a ciência não mente.
4 – Vais mudar a tua rotina?
Durante séculos, acreditámos que o papel higiénico era suficientemente limpo. Mas agora sabemos a verdade, ele deixa-nos com milhares de bactérias nas mãos, 10 vezes mais do que o bidé. E não só, o papel tem um custo maior para o planeta, não só em madeira, mas em poluição e desperdício.
Assim, para a nossa pele, o nosso conforto e a nossa carteira, o bidé é superior, suave, eficaz e, a longo prazo, mais económico. Vais continuar a resistir ao charme do bidé ou vais dar-lhe uma oportunidade?

Bidet - Wikipedia