Hoje fui rever o telejornal da RTP Açores de ontem E vi, com os meus próprios olhos, aquilo que já se comentava nas redes sociais: mais um exemplo flagrante da arrogância e da falta de respeito do atual presidente da Câmara, Pedro Cabral.
O mais recente episódio envolve o encerramento de todos os portões do Mercado da Graça devido a obras. Uma decisão absurda, tomada sem sensibilidade nem diálogo com os comerciantes. Teria sido tão simples fechar apenas um ou dois de cada vez e deixar pelo menos uma entrada aberta, facilitando o dia a dia de quem ali trabalha. Mas não. O que se impôs foi mais uma decisão à régua e esquadro, indiferente ao impacto real nas pessoas.
Quando um cidadão ousou contestar essa medida injusta, a resposta do presidente foi um insulto à inteligência de todos: com um sorriso cínico e uma cara carregada de desprezo, desejou-lhe uma “Feliz Festa Branca”. Um gesto que diz muito sobre o homem e ainda mais sobre o estado da nossa política local.
Não é esta a postura que se espera de um autarca. E, seguramente, não é este o PSD em que me revejo. O partido onde cresci defendia valores, respeitava as pessoas, ouvia os cidadãos. O que vemos agora é um simulacro de poder, assente na vaidade e na propaganda.
Gostava, já agora, que a autarquia tornasse público quanto foi gasto na famosa Festa Branca. Transparência nunca fez mal a ninguém especialmente quando os bolsos que pagam a festa são os dos contribuintes. Se tiver coragem
Se não se consegue planear nem executar bem uma simples obra num mercado, como é que se pode pedir ao povo que confie a este homem a gestão de um concelho ?
Em outubro, temos uma escolha a fazer. E essa escolha não deve ser feita com base em promessas ou sorrisos em palco. Deve ser feita com base na memória, na verdade e na exigência. Porque a terra que herdámos dos nossos pais merece mais e nós também.