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RAMOS HORTA PROPÕE CEDER CRIMEIA…

Ucrânia: Ramos-Horta defende cessar-fogo e abertura dos portos
Mafra, Lisboa, 28 abr 2023 (Lusa)- O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, defendeu que a comunidade internacional deve avançar para o cessar-fogo e abrir os portos da Ucrânia e Rússia para acabar com o conflito.
“Acredito que a solução primeiro é cessar-fogo criando condições máximas de confiança para atender à ajuda humanitária, abrir corredores humanitários e abrir os portos da Ucrânia e da Rússia para maior normalização do comercio internacional” afirmou Ramos-Horta, que participava por videoconferência no III Encontro Mafra Dialogues, em Mafra, no distrito de Lisboa.
Para o Presidente timorense, “exigir que a Rússia abandone a Crimeia e outros territórios ocupados não é viável”, não acreditando que isso vá acontecer, “a não ser com a derrota parcial ou total da Rússia”.
O também Prémio Nobel da Paz 1996 incitou países como “Brasil, Índia, Indonésia, Turquia, África do Sul, China a falar com as duas partes, Ucrânia e Rússia”, privilegiando o diálogo e para pôr fim ao conflito.
“Era possível evitar o conflito na Ucrânia? Eu digo sempre que era possível”, reiterou.
José Ramos-Horta apontou “falhas na liderança” da Europa e dos Estados Unidos da América na gestão de problemas surgidos nas últimas décadas, após a queda do muro de Berlim, para justificar o conflito.
“Não houve qualquer gesto, nenhuma ação séria de prevenção do conflito e o resultado disso é que o mundo está profundamente dividido”, disse o Presidente timorense.
O Prémio Nobel da Paz 1996 alertou que “perigos sérios espreitam”, exemplificando as tensões na China, entre China e Taiwan, entre China e Índia, entre Paquistão e Índia, na Correia do Norte e em Mianmar, assim como na Síria, Iémen, Líbia, Mali e Sudão.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
FCC // LFS
Lusa/Fim
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Jan-Patrick Fischer

We are dealing with an aggressor who has long proclaimed his goal of recreating Russia within the borders of the Soviet Union. The West’s mistake was to suppress this with apeasment for too long. This should have ended in 2014 at the latest.
Anyone who believes that Putin could have been stopped with concessions afterwards has forgotten all the negotiations in which Ukraine’s neutrality was proposed.
It is sad to see JRH proposing the cession of Crimea and the Donbas to Russia. East Timor in particular should know what happens when the world community tolerates military annexations. In Ukraine, the West has not repeated the mistakes of 1975, but is helping the victim of the attack.
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