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José Ramos-Horta: a grande liderança da paz – Panorama Mercantil

Em um mundo frequentemente marcado por conflitos e tensões, a figura de líderes comprometidos com a construção da paz ganha destaque especial. Entre esses notáveis pacificadores, destaca-se José Ramos-Horta, uma personalidade cuja vida e carreira são testemunhas de uma dedicação incansável à paz e à justiça. Nascido em 26 de dezembro de 1949 em Díli,

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O Presidente de Timor-Leste falou sobre a responsabilidade dos EUA pelos acontecimentos na Ucrânia

O Presidente de Timor-Leste falou sobre a responsabilidade dos EUA pelos acontecimentos na Ucrânia
Por Área Militar
30 set 2023
Os Estados Unidos da América são parcialmente responsáveis pela situação na Ucrânia. Isto foi afirmado pelo Presidente de Timor-Leste, Prémio Nobel da Paz José Ramos-Horta numa entrevista ao Nikkei Asia.
O político lembrou que os Estados Unidos são uma superpotência e o líder da Aliança do Atlântico Norte. Foi a intervenção dos EUA no conflito ucraniano que levou ao facto de os países europeus também começarem a apoiar a Ucrânia. Depois disso, o Ocidente não poderá mais permanecer no papel de mediador.
Além disso, Ramos-Horta expressou preocupação de que o mundo possa chegar ao ponto da utilização de armas nucleares por algumas potências. O nível de confronto é agora demasiado elevado e as partes podem recorrer a ataques nucleares tácticos, acredita o Presidente de Timor-Leste.
Ramos-Horta prestou especial atenção à difícil relação entre os Estados Unidos e a China. Também aqui ele não falou muito bem das atividades da administração americana. Segundo o político, se os Estados Unidos querem reivindicar a liderança na região Ásia-Pacífico, a melhor solução para eles seria deixar de usar Taiwan como ferramenta para enfrentar a China.
José Ramos-Horta é presidente de Timor-Leste pela segunda vez desde 2022, tendo anteriormente servido como chefe de Estado entre 2007-2012. Em 1996, antes de o país alcançar a independência política oficial, recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo seu activismo contra a opressão de pequenas nações.
Fim
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timor e equipamento naval

Timor-Leste/Eleições: PR timorense defende compra de equipamento naval a Portugal
Díli, 15 mai 2023 (Lusa) – O Presidente da República timorense defendeu hoje que Timor-Leste deve comprar equipamento naval e ‘know-how’ a Portugal para estabelecer um pequeno estaleiro no país para garantir a manutenção das embarcações timorenses.
“Porque não contactamos com as autoridades portuguesas (…) e encontramos uma fórmula (…) em que Portugal nos venda, não é dar, nos venda equipamento naval, ‘know-how’, e construímos aqui um estaleiro naval”, questionou José Ramos-Horta em entrevista à Lusa.
“Por amor de Deus, eu peço aos governantes para pensarem com seriedade nesta questão de manutenção: não há um exército, não há uma polícia séria sem uma manutenção na retaguarda, muito, muito boa”, afirmou.
Ramos-Horta presidiu hoje à inauguração do recém-recuperado Centro de Operação Marítima (COMAR) instalado na base naval de Hera, a leste da capital timorense, estrutura recuperada com apoio da cooperação australiana e que acolhe a Autoridade Marítima Nacional.
O Programa de Cooperação Australiano para a Defesa forneceu cerca de 375 mil dólares americanos (345 mil euros) com apoio técnico adicional a nível de engenharia.
O Presidente saudou os progressos conseguidos pela componente naval das Forças de Defesa timorense (F-FDTL), com mais de 800 elementos e cada vez mais equipamento, considerando que é essencial evitar os erros do passado.
Notou, por exemplo, que anualmente o Estado gasta entre 600 e 800 mil dólares para a manutenção do seu ferry de passageiros, feita na Indonésia e sem “controlo de que se faz mesmo a manutenção” nesse valor.
O Estado comprou ainda dois navios da Xangai Class, à China, “por 30 milhões de dólares, sem manutenção”, recebendo três outras embarcações da Coreia do Sul, também sem manutenção, das quais uma “vai ser afundada” e as outras foram entregues à polícia.
“É necessário pensar muito na manutenção. Não há uma instituição que pode funcionar sem uma manutenção rigorosa. Refiro-me a uma manutenção de segurança e de defesa. Temos tantas embarcações, algumas compradas sem se pensar duas vezes”, disse.
O chefe de Estado defendeu ainda que o país trabalhe com a Austrália e com a Indonésia, de forma bilateral ou trilateral, para garantir a segurança nas águas do país, considerando “romântico ou irrealista” Timor-Leste pensar que o pode fazer sozinho.
“É caríssima a segurança marítima. E é romantismo ou irrealismo total pensar que um país pequeno como Timor-Leste, ou de maior dimensão, pode fazer segurança marítima da sua orla económica exclusiva sozinho. Austrália, que é a Austrália, uma potência mundial, potência regional, só consegue controlar 10% da sua zona económica exclusiva, incluindo no mar de Timor. Quanto mais Timor-Leste”, afirmou.
“Sempre insisti: para fazermos acordo, ou trilateral (Austrália, Timor-Leste e Indonésia) ou bilateral (Austrália e Timor-Leste). A Indonésia de uma maneira geral não gosta desses acordos tripartidos. Prefere o princípio da coordenação, em vez de acordo trilateral. Muito bem. Timor-Leste e Austrália, façamos o acordo de cooperação e coordenamos com a Indonésia, entregamos à Indonésia a coordenação para a patrulha no mar de Timor”, afirmou.
Intervindo na cerimónia de hoje, a Encarregada de Negócios da Embaixada da Austrália em Díli, Caitlin Watson – que está no país há apenas 15 dias – reafirmou a importância que Camberra dá às suas relações com Timor-Leste.
“A nossa amizade assenta no respeito mútuo. As nossas nações partilham a ambição de um Timor-Leste mais forte, mais próspero e mais resiliente”, disse.
“As vossas conquistas como nação – num período relativamente curto – são verdadeiramente notáveis. É testemunho da determinação do vosso povo e dos vossos líderes que Timor-Leste seja hoje democrático, soberano, estável e livre”, afirmou.
Watson destacou o contexto internacional de segurança, e vincou que a Austrália quer uma “região com previsibilidade, que opere com regras, padrões e leis acordadas”, onde “nenhum país domina, nem nenhum país é dominado”.
Nesse sentido, disse, a região deve respeitar a soberania e todos os países devem beneficiar de “equilíbrio estratégico”, o que para a Austrália implica trabalhar com parceiros e amigos na região.
“Queremos uma região aberta e inclusiva, baseada em regras acordadas, onde países de todas as dimensões podem escolher o seu próprio destino”, sublinhou.
A nível bilateral, Timor-Leste e a Austrália assinaram no ano passado o novo acordo quadro de cooperação no setor da defesa, que o parlamento em Camberra deverá ratificar este ano e que assenta numa parceria “moderna, respeitosa e mútua”.
“Dada a nossa fronteira marítima comum e proximidade geográfica, não é surpresa que a segurança marítima seja o principal foco de esforço na nossa relação de defesa. Reconhecemos que Timor-Leste, tal como a Austrália, também procura contribuir e responder aos desafios de segurança comuns da região”, notou.
A diplomata relembrou que as capacidades do país neste setor têm contado ainda com a colaboração de Portugal e do Brasil e que, no âmbito da cooperação australiana, o país deverá receber ainda dois navios da classe Guardian, oferecidos pela Austrália, que permitirão reforçar o controlo das suas águas territoriais.
Uma capacidade que ajudará a responder a “incidentes de busca e salvamento, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, ameaças à segurança das infraestruturas de petróleo e gás ‘offshore’, pirataria e tráfico de pessoas e de estupefacientes”.
“Uma capacidade marítima mais forte ajudará a proteger os vossos recursos naturais, mitigar os efeitos do aumento das catástrofes naturais, apoiar a vossa resiliência económica e contribuir para a segurança da região”, disse.
“É igualmente necessária uma estreita cooperação entre os parceiros regionais em matéria de segurança marítima para que estas questões possam ser abordadas de forma coerente. E é por isso que o envolvimento prático com parceiros com ideias semelhantes, como a Indonésia, Portugal, Estados Unidos e outros, é tão importante”, defendeu.
ASP // SB
Lusa/Fim
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Helen Mary Hill

Timor-Leste also needs a civilian Maritime College like most of the Pacific island countries have, and regional co-operation through the Forum Fisheries Agency now that GIZ has pulled out of Cnefp Tibar . Perhaps Australia could help!
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