Categoria: UE EU

  • Bruxelas dá dois meses a Portugal para transpor diretiva anti-lavagem de dinheiro

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    A Comissão Europeia alerta que os estados-membros em causa devem abordar aspetos fundamentais do quadro de combate ao branqueamento de capitais.

    Source: Bruxelas dá dois meses a Portugal para transpor diretiva anti-lavagem de dinheiro

  • UE E A TRAPALHADA DAS VACINAS

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    Na Comissão Europeia conseguem dormir à noite?
    A Comissão Europeia começou por convencer os Estados membros a centralizar as compras de vacinas contra a covid-19.
    A opção, independentemente das questões técnicas e jurídicas que possam existir em seu favor, parecia ter alguma lógica política: ir aos fornecedores falar em nome de 450 milhões de pessoas em vez de ter 26 países a competir separadamente pelas suas fatias seria um bom instrumento de negociação.
    Poucos se atreveram a contrariar este raciocínio.
    Há também o problema da validação científica da entrada das vacinas no espaço europeu: estar esse processo centralizado numa única entidade – a Agência Europeia do Medicamento – também parecia ser um procedimento pacífico entre os governantes europeus.
    Ora, a capacidade negocial da União Europeia sobre as farmacêuticas que escolheu como fornecedoras de vacinas focou-se, percebe-se agora, em conseguir o maior número de vacinas possível ao mais baixo preço possível, em vez de se focar no que era necessário: o fornecimento mais rápido possível de vacinas, independentemente do custo.
    Por outro lado, decidiu-se logo à partida não adquirir vacinas à Rússia, apesar de a Sputnik V ter sido a primeira no mundo a ser registada.
    Foi, aliás, posta sob enorme suspeita a sua qualidade.
    Na verdade, comprova-se agora que a vacina russa, a Sputnik V, tem uma elevada percentagem de eficácia, acima de 91%, e é tão segura como as outras.
    Por outro lado, as farmacêuticas contratadas pela Comissão Europeia só entregaram as vacinas para aprovação na Agência Europeia de Medicamento semanas depois de o terem feito nos organismos similares dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Israel e vários outros países – e na União Europeia isso passou sem queixa que se visse.
    Ainda por cima, a agência europeia está a ser lenta a fazer as suas aprovações – aliás, nem compreendo como é que o processo não é naturalmente acelerado, dadas as aprovações entretanto feitas por outros reguladores de medicamentos no mundo, tão ou mais credíveis do que os organismos europeus.
    Quando a Hungria, ao perceber que não podia contar com a União Europeia para resolver o problema do fornecimento de vacinas à sua população, resolveu pôr o seu regulador de medicamentos a aprovar a vacina russa e uma das vacinas chinesas – a da Sinopharm -, a Comissão Europeia teve de engolir em seco: limitou-se a dizer que esta atitude da Hungria não era ilegal, mas era “imprópria”.
    Nesta semana, a Alemanha está a discutir a compra da vacina russa, e o seu ministro federal da Saúde, Jens Spahn, já disse que “independentemente do país em que a vacina é fabricada, se forem seguras e eficazes, podem ajudar a lidar com a pandemia”.
    A única coisa que ele pede é que elas sejam aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento – o que, dada a experiência anterior, é capaz de demorar…
    Estamos muito concentrados em cobrar ao nosso governo todas as falhas do combate à pandemia.
    Fazemos muito bem: manter a pressão acelera a solução dos problemas.
    No final logo se fará o balanço mais racional e distanciado sobre a atuação do governo – e isso incluirá a apreciação sobre como António Costa lidou com a incompetência da Comissão Europeia.
    Estamos, porém, muito pouco preocupados em fiscalizar o trabalho de quem acabou por ficar com o poder de decidir o destino desta pandemia na União – a Comissão Europeia.
    Essa falta de pressão sobre as autoridades europeias vai ser fatal para milhares e milhares de pessoas.
    Foram os estadistas europeus que nos disseram: o combate à pandemia é uma guerra.
    Haver algumas dezenas ou centenas de pessoas que se vacinam à frente de quem, no meio desta guerra, devia ter prioridade é uma vergonha – nem sei como elas dormem à noite.
    Faltarem vacinas na Europa porque a União Europeia quis poupar dinheiro nos contratos e porque deu prioridade à geopolítica em vez de a dar à salvação de vidas é muito mais do que uma vergonha, é, para a lógica bélica desses mesmos estadistas, um crime de guerra – por mim, nem sei como na Comissão Europeia conseguem dormir à noite.
    Pedro Tadeu.
    Jornal Diário de Notícias, 3 de Fevereiro de 2021.
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  • ORBAN ERA LIBERAL

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    A PRENDA NO SAPATINHO QUE NINGUÉM QUER |
    Alertado por quem faz o favor de passar por aqui, passei os olhos por um artigo muito interessante no Público (https://www.publico.pt/…/trabalhadores-tratados…) que me fez pensar na fragilidade da Democracia.
    A pandemia criou uma oportunidade de ouro para que ditadores de chinelo, os tais que comecam por dizer as verdades, passem a moldar países inteiros e atrasem o calendário da legislacão laboral em cerca de 60 ou 70 anos.
    Viktor Orbán apareceu de mansinho como um liberal que se queria opor ao comunismo, exigindo a retirada dos russos do território húngaro. Com o passar dos anos o liberalismo deu lugar ao conservadorismo e nacionalismo o que, “dizendo as verdades”, chegou para umas maiorias no parlamento (em coligacao).
    Essas maiorias abriram espaco para umas revisões valentes na Constituicão ao ponto do nosso José Manuel, na altura presidente da comissão europeia, se mostrar “preocupado”. Depois foi para a Goldman Sachs e ficou mais descansado.
    Já Orbán, depois de controlado o parlamento, aproveitou a segunda oportunidade, desta vez oferecida pela pandemia, para flexibilizar as leis do trabalho, retirando direitos aos trabalhores. Segundo o PM húngaro tratava-se de, e cito, “eliminar regras idiotas e permitir que quem quer ganhar mais, possa trabalhar mais”. Mas na realidade, o eliminar de regras “idiotas”, significa que os empregadores podem exigir entre 250 a 400 horas extra por ano (até 10 semanas a mais de trabalho, portanto coisa pouca) tendo que as pagar num prazo máximo de 3 anos. E sem juros, como na Worten. Acho que nem nos tempos da jorna se fazia isto.
    Agitando o medo do desemprego e crise financeira, que varre e varrerá a Europa, Orbán cativou multinacionais alemãs que de bom grado usam as benesses laborais (para além dos incentivos do governo) e lucram à custa da miséria alheia. Também aqui nada de novo a Este.
    Nos meus tempos de funcionário da VW, SEMPRE com salários congelados, era recorrente ouvir ao mais pequeno barulho dos trabalhadores: “estamos a pensar fechar a fábrica e abrir no sítio X”. E é este ataque permamente aos trabalhadores (e aos direitos consagrados na Constituicao), que explica as parte das desigualdades no mundo em geral e na Europa em particular. Aliás, a própria Alemanha e as suas multinacionais, exigem fora de portas o que não sonham fazer de Munique para Norte ou de Dresden para Oeste.
    Manda quem pode, obedece quem deve.
    Enquanto as multinacionais aproveitam o esmagamento dos trabalhadores húngaros para aumentar as exportações, os respectivos governos, nas reuniões da UE, condenarão o ataque aos direitos humanos por parte do governo húngaro. Real politik no seu esplendor.
    Tal como nos tempos da troika nos davam sermões e, em simultaneo, libertavam crédito dos bancos alemães para que o Paulinho das Feiras pudesse comprar submarinos ou carros blindados Pandur à mesma senhora.
    Ou como na Autoeuropa, beneficiando dos apoios do estado português durante 10 anos, pagando 1/3 do que pagariam na Alemanha, a VW consegue montar um carro onde as pecas do lego final chegam da Siemens, Bosch, Continental, etc.
    No fim do ano a Alemanha tem excedentes e nas periferias, ajudados pelos Orbáns, vamo-nos entretendo a perseguir a própria cauda.
    E é por realidades destas onde, manifestamente, governos atacam o seu próprio povo e os condenam a uma vida de trabalho em condicões que se imaginam extintas na Europa do séc XXI, que os actos eleitorais se tornam particularmente importantes.
    Orbán era um liberal, queria que todos fossem ricos e numa das suas alteracões à Constituicão conseguiu que o Comunismo fosse condenado. Rapidamente passou a conservador, sem sequer estagiar entre os democratas cristãos. Passou a escolher quem eram as pessoas de bem que cabiam naquele território e, como se percebe, ficou mais confortável com a ideia de que apenas alguns pudessem ser ricos.
    Estas notícias, a análise dos avancos e retrocessos europeus, não são suficientemente discutidas em Portugal e é pena. Imagino que seja pouco interessante.
    A Orbán tudo o que bastou foram umas palavras de ordem que apanharam a jeito uma populacão desgastada. Daí ao parlamento e do parlamento a uma coligacão que lhe garantiu maioria dos votos, e assim, mexer nas leis fundamentais.
    A pandemia criou o espaco de medo que faltava para a versão “podemos abrir a fábrica noutro sítio” destes tempos. E com isso se atropelam direitos em nome do sustento de miséria.
    Orbán não inventou uma ciência mas terá os seus seguidores. Entre nós, os Acores foram o tubo de ensaio e as presidenciais um cartão de visita. A direita acolheu o nosso Orbán que, para já, “só quer dizer umas verdades” e entre dentes nos vai avisando que, cito novamente, “não gosto muito da Constituição”.
    Nunca foi tão fácil somar.
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    • Qualquer semelhança com o aspirante a ditador lusitano não é coincidência.
  • protestos em frança

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    33,000 people protest France's global security law
    YOUTUBE.COM
    33,000 people protest France’s global security law
    Water cannons were used to disperse angry protestors in Paris, France where citizens have been protesting the new global security law.SUBSCRIBE to our YouTub…
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  • UE O ERRO DAS VACINAS

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    VACINAS – O ERRO DA UE
    O nosso pior erro político
    (Wolfang Munchau, 23/01/2021)
    Com a sua desastrosa política de aquisição de vacinas, a UE cometeu o erro final: deu às pessoas uma razão racional para se oporem à integração europeia.
    Parece que fui um pouco precipitado quando previ que a austeridade ficaria como o pior erro político da UE durante a minha vida. Em certo sentido, esta previsão sobre a época da crise da zona euro revelar-se-á provavelmente correcta. A austeridade desencadeou divergências económicas que serão difíceis de inverter.
    Mas a política de vacinas da UE deve tornar-se num candidato forte a esse título. A 22 de Janeiro, a UE tinha vacinado apenas 1,89% da sua população, enquanto que o Reino Unido tinha vacinado 9,32%. Além disso, a taxa diária de aumento é mais rápida no Reino Unido. As vacinações britânicas não só começaram mais cedo, como a diferença ainda está a aumentar.
    Não se pode culpar os erros logísticos. O que aconteceu é que a UE não conseguiu assegurar vacinas suficientes. Isso, por sua vez, atrasou a passagem. Os números anunciados pela Comissão não são entregas. Já em Novembro, o chefe do Moderna avisou que a UE estava a arrastar as negociações. A AstraZeneca, que está a distribuir a vacina de Oxford, disse que as entregas à UE vão demorar mais tempo do que o anteriormente previsto. A Pfizer, que distribui a vacina alemã BioNTech, está agora a avisar a UE de estrangulamentos no fornecimento devido a problemas com um local de produção na Bélgica.
    O que aconteceu aqui é que a UE fez um acordo comercial Brexit com a indústria farmacêutica: tentou assegurar uma vantagem percetível de preço a curto prazo à custa de tudo o resto. Em vez de dar prioridade à rapidez e segurança dos fornecimentos a qualquer preço, a UE deu prioridade ao preço. A UE pagou 24% menos pela vacina Pfizer do que os EUA, por exemplo. Para a vacina Oxford/AstraZeneca, a diferença de preço é de 45%. O Reino Unido pagou quase de certeza muito mais. Não é de admirar que os fabricantes estejam a dar prioridade às encomendas por ordem de chegada, sendo as dos primeiros a chegar, as primeiras a serem servidas, e dos países que pagam o preço total. A diferença de preço é macroeconomicamente irrelevante. Mas se a escassez de vacinas levar a bloqueios mais longos, o efeito indireto dessa política de vistas curtas será enorme.
    A certa altura, o custo deste erro político será também mensurável em termos de vidas humanas. Isto não é possível agora porque não conhecemos a futura propagação do vírus. Sabemos que a variante do Reino Unido chegou ao continente, mas ainda não libertou toda a sua força pandémica. No cenário mais benigno, o actual confinamento pode evitar o pior. No pior cenário, o atraso da vacinação será uma calamidade que poderia custar dezenas de milhares de vidas.
    Então porque é que os governos da UE transferiram a responsabilidade pela aquisição de vacinas para a UE em primeiro lugar? Angela Merkel raciocinou que a coesão da UE teria sido prejudicada se a Alemanha tivesse adquirido fornecimentos privilegiados da vacina BioNTech. O que ela não considerou é que a UE está mal equipada para esta tarefa. Até hoje, o ADN da UE é o de um cartel de produtores. A sua prioridade não é garantir o abastecimento, mas reduzir os custos e alcançar algum equilíbrio entre os interesses franceses e alemães. A triangulação é o que Bruxelas faz para viver. Fazer tudo o que for preciso [1], não faz parte da sua cultura.
    Numa perspectiva mais ampla, a catástrofe da vacina é o culminar de uma tendência que começou com o Tratado de Maastricht. Até então, a UE fez apenas algumas coisas bem: a união aduaneira, a zona de viagens Schengen, e, em menor medida, o mercado único. As competências da UE têm vindo a alargar-se progressivamente desde então, mas os resultados são na sua maioria decepcionantes. No início dos anos 2000, a UE estava obcecada com a Agenda de Lisboa para as reformas estruturais, que trouxe poucos benefícios concretos. O mesmo sucedeu com o programa de investimentos Juncker uma década depois. A catástrofe da vacinação difere apenas num aspeto: será culpada pela perda de vidas humanas.
    Haverá, sem dúvida, pedidos de demissão. Mas para mim, a questão mais importante são as conclusões que os cidadãos da UE tirarão desta situação. Para começar, a UE acaba de apresentar um argumento retrospectivo a favor do Brexit. O Reino Unido não teria procedido às vacinas tão rapidamente se se tivesse submetido à mesma política. A última coisa que a UE pode querer fazer é dar às pessoas uma razão racional, não ideológica, para o eurocepticismo.
    Acaba de o fazer.
    __________
    [1] Nota do Tradutor. Trata-se de uma alusão à frase de Mario Draghi sobre fazer tudo o que fosse possível para salvar o euro.
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    Artur Arêde and 67 others
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  • SEVERA CRÍTICAS A MENTIRAS PORTUGUESAS NO PARLAMENTO EUROPEU

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    Manuel Leal

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    Governo português alvo de desdém e muita crítica. Os políticos em Portugal são corruptos e sem vergonha. Mentir está nos genes do PS. Marcelo permite esta palhaçada
  • Water cannons & mounted officers: Unauthorized anti-lockdown rally in Amsterdam invokes strong police response (VIDEOS, PHOTOS) — RT World News

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    Thousands of anti-lockdown protesters took to the streets of Amsterdam, decrying restrictive measures against the coronavirus. The unauthorized gathering was met with a strong riot police force.

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