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  • A Europa vai acabar outra vez Henrique Burnay/DN

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    A Europa vai acabar outra vez
    Henrique Burnay/DN
    Opinião
    Em meados do ano passado, no pico da crise, da incerteza e da descoordenação entre Estados membros, generalizou-se a ideia de que a União Europeia estava em causa. Se a Europa não servia para responder em comum a uma pandemia, servia para quê?
    Em julho, depois da reunião do Conselho Europeu em que se chegou a acordo sobre o financiamento da União Europeia e da recuperação económica, fizeram-se profissões de fé na Europa. Afinal a Europa ia salvar-nos.
    Em janeiro de 2021, com a crise económica a agravar-se e a vacinação a ser mais lenta do que o sonhado, o bom senso aconselha a que se tenha cautela antes de voltar a concluir uma ou outra coisa. E a tomar decisões.
    A pressão do Natal, sobretudo em alguns países onde a festa é mais relevante, a falta de capacidade de resposta sanitária, sobretudo em alguns países onde os sistemas de saúde são menos robustos, e o estrago económico, sobretudo em alguns países onde a economia já era menos resistente e os setores mais afetados eram os mais dinâmicos, estão a expor fragilidades e diferenças que se agravam. Sobretudo naqueles que, como Portugal, por exemplo, acumulam todas estas circunstâncias.
    Entretanto, o que ia ser a resposta ou está demorado ou está longe de atingir os resultados.
    Apesar da boa decisão de comprar vacinas em conjunto para todos os Estados membros, parece que as escolhas não foram as melhores, as quantidades encomendadas não foram as ideais e a logística de uma escala tão ampla (448 milhões de pessoas) está a complicar o processo. Acresce que a comparação com países mais pequenos impressiona, começando por Israel, que está a caminho de vacinar praticamente toda a população antes do verão.
    Do lado da economia, como se sabia mas não se disse claramente, o financiamento da recuperação ainda não chegou e quando chegar não vai responder à crise económica, vai responder ao objetivo de acelerar a transformação económica (a tal transição verde e digital que a presidência portuguesa da União Europeia quer que seja justa também).
    Isso significa, é preciso percebê-lo com urgência, que o dinheiro europeu não vai servir para responder ao impacto direto da crise económica. Não vai salvar a restauração nem a hotelaria, não servirá para apoiar as empresas que perderam clientes ou que se endividaram para sobreviver. Nem os particulares. O dinheiro europeu fará, ou poderá fazer, a diferença na transformação da economia, mas não resgatará os perdedores desta crise, tenham ou não qualquer espécie de responsabilidade na sua situação.
    Em tempos de crise – e os próximos meses vão, portanto, ser de crise – , os povos desesperam, as instituições correm o risco de ser questionadas e os eleitores tornam-se menos previsíveis. É esse, a par da saúde e da economia, o maior risco que a Europa corre.
    Em breve, a CDU escolherá quem sucede a Merkel, vai a votos em setembro e, tudo indica, governará a Alemanha. No entanto, com as sondagens a apontarem Friedrich Merz, um opositor de Merkel, como favorito, não é impossível que a chanceler saia antes. Ou, pelo menos, fique mas fique fragilizada. Nos Países Baixos, onde a pressão para não pagar as contas dos demais é grande, também haverá eleições.
    E em vários países europeus, de Portugal a Itália, passando por Espanha ou pelo Leste, há governos em equilíbrios instáveis.
    Daqui a uns meses, com a crise económica agravada, o impacto económico dos confinamentos a sentir-se e a lenta vacinação em curso, ninguém se surpreenda se voltar a ouvir dizer que a Europa está em causa. Os europeus são europeístas por interesse, não por amor.
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  • Brian Eno escreve carta aos europeus: “Não se riam de pessoas como Trump e Johnson, porque vão devorar-vos” – Renascença

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    O músico e produtor britânico, consumado que foi o Brexit, despede-se dos “amigos” europeus – na esperança de os voltar a encontrar “numa geração ou duas” –, apontando críticas ao Reino Unido e fazendo soar alarmes para o exterior. “A revolução aconteceu e estávamos sentados a ver Netflix”, recordou aos britânicos. A quem fica na UE, pede somente: “Não cometam os mesmos erros estúpidos que nós”.

    Source: Brian Eno escreve carta aos europeus: “Não se riam de pessoas como Trump e Johnson, porque vão devorar-vos” – Renascença

  • vergonha no luxemburgo o salário mínimo é só de 2200€

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    O salário mínimo no Luxemburgo passa para os 2.200 euros
    Enquanto os liberais tugas querem baixar ou eliminar o salário mínimo,
    o governo liberal do Luxemburgo aumenta para 2.200 euros o salário mínimo em plena pandemia
    Image may contain: text that says "Minimum wages in the EU Member States, as of January 2019, in per month 2200 2000 800 1600 1400 200 000 800 600 400 200 Latvia Romania Hungary Croatia Denmark, Italy, Cyprus, Finland and Sweden do nothave minimum wages Poland Estonia Lithuania Greece Portugal Malta Slovenia Spain Kingdom France Germany Belgium Netherlands Ireland Luxembourg United ec.europa.eu/eurostat"
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    • A subida do poder de compra é a medida mais correta para enfrentar a crise.
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  • os franceses voltam a fazê-lo

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    Sexo, covid e allons-enfants —
    Boa notícia: a atividade sexual dos franceses está quase no mesmo nivel dos tempos pré-covid. A frequência das transas tinha caído no primeiro confinamento, o da primavera europeia, mas este segundo, o do outono, teve muito menos impacto nesse quesito: 70 por cento dos confinados prosseguiram na ativa, o que dá mais 14% em relação ao primeiro confinamento. Isso, quanto aos que vivem sob o mesmo teto. Já os solteiros foram à forra: alta de 26% em relação a abril/maio. E como a gente está (re)confinado há mais de um mês, bares, restaurantes e boates estão todos fechados, o que complica os novos e palpitantes encontros.
    Uma surpresa (ora, pois!): um terço de quem está em home working confessou que, na verdade, fez/faz alguma saliência durante o expediente. A nova modalidade sex+work é mais praticada pelos de menos de 25 anos… e pelos gerentes de empresas…
    O viés de alta sexual neste segundo confinamento tem uma explicação muito plausível: no primeiro, as crianças estavam em casa. Agora, as escolas estão funcionando, não tem pirralho importunando.
    A ver se em junho-julho de 2021 vai surgir uma nova geração baby-boom-covid.
    Aux armes, citoyens!
  • Estrategizando | Polónia e Hungria chegam a acordo … com a Alemanha…!

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    Está desbloqueada a “bazuca” europeia que como se vê era também ansiada pela conservadora AlemanhaEste acordo da Polónia e a Hungria  com a Al

    Source: Estrategizando | Polónia e Hungria chegam a acordo … com a Alemanha…!

  • NATAL NA BÉLGICA, LEVE O POTE SE SAIR

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    Família tragam os potes e os penicos… 🤔😂
    Bélgica estabelece limite de quatro convidados no Natal e só um pode ir à casa de banho
    IONLINE.SAPO.PT
    Bélgica estabelece limite de quatro convidados no Natal e só um pode ir à casa de banho
  • HIPOCRISIA HOMOSSEXUAL HÚNGARA

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    Eurodeputado e Vice-presidente do CHEGA húngaro
    O partido da extrema-direita que desgoverna a Hungria
    foi apanhado pela polícia de Bruxelas numa orgia homossexual
    A hipocrisia da extrema-direita lá como cá é infinita
    Só é enganado pelos Andrés Venturas deste mundo quem é parvo
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  • José Manuel Bolieiro e Vasco Cordeiro representam Açores no Comité das Regiões – Açoriano Oriental

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    O Governo português vai indicar ao conselho da União Europeia os nomes do atual e ex-presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro e Vasco Cordeiro, respetivamente, para membros efetivos do Comité das Regiões.

    Source: José Manuel Bolieiro e Vasco Cordeiro representam Açores no Comité das Regiões – Açoriano Oriental

  • Vasco Cordeiro é um dos nomes que o Governo Português vai indicar ao Conselho da Uni&at

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    Vasco Cordeiro é um dos nomes que o Governo Português vai indicar ao Conselho da Uni&at… Mais

    Source: PS Açores

    PS Açores (psacores.pt)

  • perseguição religiosa na Irlanda?????Irish police enforce ban on Mass, threaten priests with jail | News | LifeSite

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    COVID-19 rules in Ireland prohibit gatherings for ‘religious or other reasons.’

    Source: Irish police enforce ban on Mass, threaten priests with jail | News | LifeSite