Arquivo da Categoria: TIMOR história e memorias

OSÓRIO DE CASTRO positivamente enfeitiçado pela maravilhosa terra de Timor’ –

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ui Fonseca and José Bárbara Branco commented on a post from 22 September 2014.

Alberto Osório de Castro (1868-1946)

Poeta e magistrado, amigo de Camilo Pessanha, ‘positivamente enfeitiçado pela maravilhosa terra de Timor’ — «Como o de Timor (…), não há no mundo céu mais luminoso, mais docemente e maravilhosamente colorido pelo sol ou pela lua, pelo arrebol ou pela tarde»

Escreveu A ilha Verde e Vermelha do Timor em 1928, trata-se de um peculiar livro de viagens que mistura linguagem poética com termos científicos. A sensibilidade e o poder de observa

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CRÓNICA 357, Timor 45 anos depois

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CRÓNICA 357, Timor 45 anos depois 20.8.2020

 

Era agosto 1975, passava uns meses de férias em São Martinho do Porto em Portugal quando ouvi na rádio, primeiro, a notícia do golpe de estado da UDT a 11 e depois a sublevação da Fretilin dia 20 e o começo da guerra civil que iria mudar a vida a milhões de pessoas em vários países. Um terço da população (200 mil) foi aniquilada pela invasão e colonização indonésia de 24 anos, milhares de mortos e estropiados, a destruição quase total em 1999 até a ONU patrocinar o referendo que deu a independência em maio 2002.

Eu deixei Timor e Bali em maio 1975 e planeara regressar passados uns meses de descanso e férias, provavelmente depois do meu aniversário em outubro, aproveitando a viagem a que tinha direito num avião das FAP (Força aérea portuguesa, como todos os oficiais milicianos que tinham estado no exército colonial português e que queriam regressar à província ultramarina onde tinham estado em serviço).

Em outubro as forças avançadas e infiltradas da Indonésia antecipando a Operação Komodo assassinaram os 5 de Balibó (os colegas jornalistas australianos, britânicos e neozelandeses o repórter Greg Shackleton, 29, o operador de som Tony Stewart, 21; o Kiwi, Gary Cunningham, 27, cameraman do canal 7 HSV-7 em Melbourne; dois britânicos, cameraman Brian Peters, 24, e o repórter Malcolm Rennie, 29, do canal 9 TCN-9 em Sydney). Havia um sexto, Roger East de 53 anos, (jornalista australiano da AAP Reuters) que seria executado pelos indonésios no cais de Díli na invasão de 7 de dezembro… desesperadamente a Fretilin proclamara unilateralmente a independência a 28 de novembro e a sua liderança seria tragicamente abatida pelos indonésios nessa guerra sem quartel que se prolongou por 24 anos. O resto é história e todos a conhecem. Hoje, Timor tem 40% da população abaixo do limiar da pobreza (menos de USD 1,25 ao dia), 50% de analfabetos, 97% de católicos, milhões de dólares em fundos da exploração de petróleo, muitas estradas novas foram construídas e dessas quando chove há derrocadas e ficam intransitáveis como aconteceu recentemente no Suai onde existe um inútil e enorme aeroporto internacional sem movimento. Em menos de 20 anos, Timor já teve sete governos, estando atualmente no 8º, mas raramente atingem o fim dos mandatos devido a lutas intestinas, conflitos internos alianças feitas e desfeitas (como no tempo tribal), muita corrupção, nepotismo, laivos ditatoriais de personalidades de destaque. Atentados, sublevações da polícia, do exército, de ex-guerrilheiros resumem os anos de independência. Costumo ironizar que além da língua portuguesa, a velha guarda aprendeu os truques da cunha corrupta portuguesa, mas doutoraram-se em corrupção com os indonésios. Tanto poderia ter sido feito e não foi, à exceção de Díli que cresceu desmesuradamente (éramos 25 mil, hoje são mais de 250 mil habitantes) se modernizou, mas continua a inundar-se sempre que chove. Os membros do governo e uma certa elite vivem em boas casas com carros de topo de gama, mas no resto do país a miséria assemelha-se à dos anos 70 sobre a qual tanto escrevi ao longo dos anos.

Tanto podia ter sido feito e não foi mas eles são soberanos nas suas escolhas políticas e nas suas opções, eu não, eu nem a opção de regressar tive, nem a de voltar a visitar a terra que o sol em nascendo vê primeiro, a mim restam as memórias que o tempo ajudou a mitificar, as recordações da beleza das terras e das gentes, e imaginar como tudo teria sido diferente se as datas de 11 e 20 agosto de 1975 não tivessem alterado o nosso futuro para sempre. Resta-me o amor incondicional pela terra e pelas gentes.

Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713 [Australian Journalists’ Association] MEEA] Para o Diário dos Açores (desde 2018) Diário de Trás-os-Montes (desde 2005) e Tribuna das Ilhas (desde 2019)

 

 

 

 

TIMOR MIJAR FORA DO PENICO

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Luis Cardoso de Noronha
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MIJAR FORA DO PENICO
Havia saído do seminário dos jesuítas em Dare onde completara o quinto ano e arranjou emprego como Chefe de Posto numa vila do interior. Desde a sua chegada que muitos régulos fizeram queixa acerca de muitas crianças de cuja paternidade ninguém sabia. Cumpridor da sua formação religiosa de todas as vezes que o pároco fazia a sua aparição, confessava os seus pecados e recebia a comunhão. Depois da saída do padre apareceu no Posto de Enfermagem e pediu ao enfermeiro se tinha algum penico de sobra. Perante tão insólita procura, meu pai fez-lhe a pergunta da razão do seu pedido ao que de imediato respondeu que fora uma especial recomendação do padre. Que não devia mijar fora do penico e, por isso, precisava urgentemente de um para afinar a pontaria.

timor o orgulho de falar português

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Início Díli Marcelo Nunes: É um orgulho saber falar português DíliHoje NotíciasNacionalNotícias de Última HoraÚltimas Notícias Marcelo Nunes: É um orgulho saber falar português Maio 5, 2020 4 Share Facebook Twitter Pinterest WhatsApp Linkedin Email Print Tumblr Telegram LINE Viber Marcel…

para a história de timor

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São factos que fazem parte da História de Timor.

CONTINUANDO…

Parece provável que o primeiro porto, na ilha de Timor, a lograr as atenções dos Dominicanos, terá sido Mena —que era, àquela data, a sede de um dos mais poderosos reinos, fonte do melhor sândalo e quem controlava a exportação do mesmo. Situado na parte central norte da ilha (Lifau— Oé-Cusse), e onde, por volta de 1590, um tal Frei Belchior da Luz, terá desembarcado, terá sido bem recebido pelo rei (ou rajá) local, e ali terá permanecido cerca de seis meses e construído uma igreja — a primeira, naquela zona. Embora ele não se tenha convertido, ofereceu, ainda assim, uma filha à fé cristã. No entanto, por volta de 1616, dar-se-ia o início da evangelização, ainda muito mais acentuada em 1630, com a chegada de alguns missionários, provenientes de Larantuca (Solor tinha passado, é certo que temporariamente, em 1613, para as mãos holandesas). Ter-se-á devido a Frei Cristovão Rangel o estabelecimento definitivo dos dominicanos, o qual, em 1633, fixou morada no reino do Silabão, no extremo noroeste da província dos Belos. Larantuca era o Porto das Flores centro da governação portuguesa, se bem que nunca se soubesse, ao certo, quem ali governava, de tal modo proliferavam os candidatos à chefia da Capitania, especialmente com a implantação no lugar de dois aventureiros euro-asiáticos, os ‘topasse’ António d’Hornay e Mateus da Costa.
Contudo, mesmo assim, só alguns anos mais tarde (a partir de Junho de 1641), Mena passou a ser inteiramente cristã, quando um frade dominicano, vigário-geral de Solor — António de São Jacinto — correu em seu socorro, com 70 soldados, devido a uma invasão muçulmana, proveniente de Makassar, nas Celebes. Incursão essa que foi frustrada, não obstante a enormidade dos meios que o invasor possuía, quer em navios (cerca de 150 barcos, à vela, denominados ‘parais’) e em homens (à volta de 7.000), e ainda terem tentado levantar os nativos contra os portugueses, tentativa frustrada, sem sucesso. Conquanto tivesse havido bastante destruição, e o rei tivesse sido morto, a viúva assumira-se como rainha, fugira para o interior, mas o padre dominicano conseguiu contactá-la, conquistar a sua confiança e, tendo ela, ao acabar por regressar ao seu reino, se ter convertido, e o seu povo seguiu-lhe o exemplo.
Diz-se, não haver qualquer dúvida, que a evangelização deste frade, marca o estabelecimento definitivo da Igreja em Timor. Para além disso, os reinos, ao abraçarem a fé cristã, juravam também lealdade à Coroa de Portugal.
É também hipótese que, por esta altura, os portugueses começaram a referir-se a Timor como “Ilha de Santa Cruz — nome que não deve ter pegado, como tantos outros que, posteriormente, os portugueses baptizaram várias localidades.
Porém, em 1642 —no mesmo ano em que caiu Malaca, tomada pelos holandeses, que havia cerca de nove anos a sitiavam —, deve ter sido pela vitória dos portugueses, comandados por Francisco Fernandes (capitão-mor das ilhas atrás referidas, ‘topasse ou topaz’, natural de Solor), sobre o reino de Wehale (ou Uai-Hali), situado na costa sul (onde vivia o imperador dos Belos — então rebelados), numa operação que pode ser considerada como “o primeiro acto da conquista armada de Timor “, o que levou, não só à conversão de numerosos régulos e do seu povo —pois a notícia, da derrota do poderoso potentado dos Belos, espalhou-se rapidamente —como, igualmente, à destruição daquela, até então, entidade política, praticamente unida, quer por relações familiares quer por amplas alianças, de tal modo que quase se poderia considerar um Estado.

CONTINUAREI…

Australia knew about Indonesia’s napalm plans in Timor Leste

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The Australian and United States governments knew Indonesia was prepared to use napalm against the people of Timor Leste but made no protest, according to secret documents unearthed by an Australian researcher.

Source: Australia knew about Indonesia’s napalm plans in Timor Leste