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conference online Timor Cast a Magical Spell 50 Years Ago, by Chrys Chrystello

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Topic: Luso-Brazilian Culture: Timor Cast a Magical Spell 50 Years Ago, by Chrys Chrystello
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40 anos/Timor-Leste: O paradoxo de um fundo petrolífero de milhões fora e a pobreza reinante dentro

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Lusa – Dias das Independências
40 anos/Timor-Leste: O paradoxo de um fundo petrolífero de milhões fora e a pobreza reinante dentro
Lisboa, 25 nov (Lusa) – Em Timor-Leste vive-se o paradoxo de o país ter um Fundo Petrolífero de mais de 16,6 mil milhões de dólares no exterior e uma pobreza interna que o torna um dos Estados mais pobres do mundo.
A crítica vem do escritor timorense Luís Cardoso que, numa entrevista à agência Lusa, em Lisboa, por ocasião das celebrações do 40.º aniversário da independência de Timor-Leste – a 28 deste mês -, admitiu que a situação poderá inverter-se assim que houver “estabilidade” na edificação e consolidação do Estado.
“É uma questão de política e percurso não foi fácil. Esse percurso da procura da estabilidade teve, muitas vezes, duas faces: a estabilidade do ponto de vista governativo, de quem governa, e a estabilidade do governado”, afirmou Luís Cardoso.
O autor timorense, com cinco livros publicados, o último em 2013, lembrou que, na prática, a independência em 1975 foi “breve”, na sequência da invasão e posterior ocupação indonésia, que iniciada em fins de 1975 e terminada em 1999, após o referendo sobre autodeterminação, acedendo novamente à categoria de Estado em 2002.
“As pessoas que ocupam o poder são quem esteve nas montanhas, como Xanana Gusmão ou Taur Matan Ruak. São essas pessoas que, em princípio, têm por função formar e consolidar o Estado. São homens de Estado. Mas a aplicação dos fundos diz respeito a técnicos. Xanana e Matan Ruak não são técnicos, nem gestores”, argumentou.
“Há esse paradoxo. Existindo esse fundo, enorme, toda essa possibilidade de manejar o dinheiro não tem sido aplicada em Timor-Leste. Então, há esse problema de pobreza. Existe pobreza em Timor-Leste”, acrescentou, garantindo, porém, que o país já está a entrar numa fase de “sucessão”.
Para Luís Cardoso, os líderes carismáticos estão, pouco a pouco, a ceder o lugar a jovens quadros, pelo que será a nova geração quem irá solucionar o problema da pobreza e do desenvolvimento do país.
“(O poder) tem atualmente a tutela dos mais velhos, que tudo ordenam, podem e direcionam. Ficando fora dessa tutela, creio que (os mais novos) poderão seguir outros caminhos para resolver problemas mais concretos da população timorense”, disse.
Segundo o escritor, de 56 anos, natural de Cailaco, distrito de Bobonaro, o tempo “corre a favor” dos mais novos, que estão a ser formados em várias universidades no exterior, que irão ter, disse, uma “outra visão” sobre como aplicar os cerca de 15 milhões de euros do fundo na resolução dos problemas concretos, como a pobreza.
Questionado se, por um lado, “teme” e, por outro, “gostaria” que Díli se transformasse numa “espécie de Singapura”, Luís Cardoso defendeu que esse “mito” criado pela “cidade Estado” nada tem a ver com Timor-Leste por uma simples razão: foi colonizada pelos ingleses e não por portugueses.
“O mito de Singapura tem de ser bem equacionado. Singapura é uma cidade Estado, que esteve sob o domínio dos ingleses e não dos portugueses. As colonizações foram todas diferentes – a portuguesa, a inglesa. A inglesa tentou formar agentes locais dinâmicos, como na Índia, Hong Kong, Singapura. A portuguesa formou sobretudo administradores, que, muitas vezes, só administram e não produzem”, concluiu.
JSD // EL
Lusa/Fim
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TIMOR não tinha condições em 1975 para ser independente – Mário Carrascalão

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ENTREVISTA Agência Lusa:
40 anos/Timor-Leste: País não tinha condições em 1975 para ser independente – Mário Carrascalão
António Sampaio, da Agência Lusa
Díli, 20 nov (Lusa) – O ex-governador de Timor-Leste Mário Carrascalão considera que em 1975, aquela colónia portuguesa não tinha condições económicas, políticas ou técnicas para ser independente, porque vivia à custa do poder colonial, com subsídios de Portugal e outras colónias.
“Timor não tinha condições para ser independente. Quando foi declarada a descolonização depois do 25 de abril (…) a única que talvez não estivesse em condições era Timor”, disse em entrevista à agência Lusa.
“Talvez tenha sido uma das únicas colónias, senão a única, que viveu à custa do poder colonial. Normalmente as colónias são exploradas pelo poder colonial e Timor foi o contrário, viveu à custa de subsídios vindos de Angola, de Portugal e de outras colónias”, disse o também fundador do primeiro partido de Timor-Leste, a União Democrática Timorense (UDT).
Terceiro governador nomeado pela Indonésia (de 18 de setembro de 1983 a 18 de setembro de 1992), Carrascalão fundou o Partido Social Democrata (PSD) depois da independência e foi vice primeiro-ministro no IV Governo constitucional, até à sua demissão por incompatibilidades com [o Presidente da República] Xanana Gusmão.
Numa longa entrevista à Lusa, em que recordou o seu passado, a história dos últimos 40 anos em Timor-Leste e perspetivou o futuro do país, Mário Carrascalão manteve-se fiel à frontalidade que o caracteriza.
Recordando a situação pós 25 de abril em Timor-Leste, Mário Carrascalão disse que nessa altura o país “não tinha em ação nenhum movimento político” e registava um “desenvolvimento económico ridículo”.
“Tínhamos um rendimento per capita anual de 40 dólares, de acordo com os números fornecidos pelo BNU. Não é com 40 dólares que se vai fazer uma independência”, disse.
A situação em Portugal não ajudava, pelo que os timorenses não poderiam estar “de qualquer maneira esperançados que o desenvolvimento de Timor se fizesse à custa de Portugal”, que dizia “para Timor nem mais um escudo nem mais um soldado”.
Mário Carrascalão relembra que Lisboa “jogava com um pau de dois bicos”, negociando por um lado com os partidos timorenses e ao mesmo tempo com a Indonésia.
“Teve encontros inclusivamente na Cimeira de Macau para tratar do processo de descolonização de Timor mas ia negociando com os generais indonésios, nomeadamente com o general Ali Moertopo (responsável pelos serviços secretos), sob a forma de melhor integrar Timor na Indonésia”, recorda.
“O próprio encontro na cimeira de Macau deu-se quando estava a decorrer em Hong Kong um encontro com uma delegação indonésia”, sublinha. Portugal “queria aliviar-se do fardo de Timor”, insiste.
Por isso, quer a UDT quer o segundo partido timorense a nascer, a Associação Social Democrática de Timor (ASDT) – que se transformaria depois na Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) – apoiavam a ideia de uma transição “de autonomia progressiva” com Portugal até à independência.
Essa “sintonia de opiniões” variava apenas em tempo: a UDT queria 20 anos de transição e a UDT apenas cinco.
Tudo mudou, diz Carrascalão, quando chegaram a Timor, em setembro de 1974, sete estudantes universitários timorenses vindos de Portugal: António Carvarinho Maulear, Vicente Manuel Reis, Abílio e Guilhermina Araújo, Roque Rodrigues, Rosa Bonaparte e Venâncio Gomes da Silva.
Esse grupo, considera, pôs fim à convivência entre a UDT e a ASDT – “quando até se falava na sua fusão” – transformando logo a ASDT em Fretilin, considerando que “tudo o que não era Fretilin era fascista, com gritos de morte aos fascistas, aos colonialistas, aos imperialistas”.
“A partir daí, criou-se um ambiente difícil. Mas mesmo assim ainda foi possível criar-se uma coligação que durou de janeiro de 75 até maio de 75 e que depois se desfez por interferência australiana, que não queria os dois partidos juntos”, disse.
Os “insultos políticos” só passaram a outros excessos quando a Indonésia começou a “infiltrar-se em Timor”, enviando, por exemplo, figuras como o então coronel Dading Kalbuadi – que mais tarde comandaria as operações militares em Timor-Leste – e que com o pretexto de vir oferecer trigo e combustíveis, teve o primeiro contacto com o então [líder tradicional] liurai de Atsabe, Arnaldo de Araújo.
Daí nasce o primeiro partido integracionista, a Associação para a Integração de Timor na Indonésia (AITI), “que foi depois transformada em Apodeti (Associação Popular Democrática Timorense) pela influência do major Arnão Metelo”, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas em Timor e representante no território do Movimento das Forças Armadas (MFA) na altura da guerra civil timorense.
“Diziam que AITI era muito óbvio”, comenta sorrindo.
Mário Carrascalão considera que houve alguns excessos, de parte a parte, e recorda alumas execuções em Ermera, pelo presidente da UDT, “que condenou e executou alguns dos seus opositores” e posteriormente respostas também da Fretilin.
“Acho que antes da entrada dos indonésios, da invasão, terão morrido aqui em Timor como consequência do golpe e contra golpe talvez nem 100 pessoas”, disse.
ASP // APN
Lusa/Fim