Categoria: Timor

  • Instrumental Dansa – Timor Furak

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    Instrumental Dansa – Timor Furak

     

     

    Source: Instrumental Dansa – Timor Furak

     

    veja-os aqui no 26º colóquio da lusofonia na lomba da maia 2016 https://www.youtube.com/watch?v=68EE-OoBEJU&list=PLwjUyRyOUwOKAd5iwLDpa-fZYlboQ2Jc6&index=57&t=45s

     

    GRUPO DE DANÇAS TIMOR FURAK

    22º SEIA 2014

    22º SEIA 2014 22º SEIA 2014 22º SEIA 2014

    26º LOMBA DA MAIA 2016 26º LOMBA DA MAIA 2016 26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016 22º SEIA 2014

    26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016 26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016 26º LOMBA DA MAIA 2016

    26º LOMBA DA MAIA 2016 26º LOMBA DA MAIA 2016

    Os dançarinos deste grupo já atuaram (Le Ziaval com 14 elementos) no 22º colóquio em 2014 em Seia. Posteriormente, o grupo Timor Furak e o grupo Le Ziaval (19 elementos no total), deslocaram-se durante uma semana aos Açores ao 26º colóquio na Lomba da Maia, tendo atuado em Ponta Delgada, Ribeira Grande, ECOBEACH Resort, Escola EBI Maia e Lomba da Maia.

    Em 2019 deslocam-se propositadamente para este 31º colóquio graças ao generoso apoio do governo da República Democrática de Timor-Leste.

    TIMOR FURAK https://www.youtube.com/user/T1morFuRAK

    LE ZIAVAL https://www.youtube.com/watch?v=YnKdV1vsXP0

    Veja aqui as danças:

    CEPE CEPE https://www.facebook.com/oliviofubu/videos/10156772894247889/

    VALSA DE MANATUTO https://www.youtube.com/watch?v=OQL-JrrQZwc

    NAS ANTERIORES ATUAÇÕES NOS COLÓQUIOS DA LUSOFONIA GRAVARAM-SE OS SEGUINTES REGISTOS:

    https://www.youtube.com/watch?v=8w1B5NpyfYM&t=0s&list=PLwjUyRyOUwOKAd5iwLDpa-fZYlboQ2Jc6&index=53

    TIMOR FURAK 29SET16 ABERTURA DO COLÓQUIO

    https://YOUTU.BE/O8BFWTKHTZK /

    http://videos.sapo.tl/trpZJ6Aj1U2sNzVnDJzm /

    https://www.facebook.com/100010083810964/videos/335718326774292/

    DANÇAS TIMOR FURAK 28SET16

    HTTPS://YOUTU.BE/82KUBGR6EBG

    https://www.facebook.com/antonio.callixto/videos/1751774481763564/

    https://www.facebook.com/profile.php?id=100010083810964

    ensaio:

    https://www.facebook.com/100010083810964/videos/335528270126631/ /

    https://www.youtube.com/watch?v=68EE-OoBEJU&index=61&list=PLwjUyRyOUwOKyMkaiepZif1C_4tvtkeRI&t=44s

    PONTA DELGADA 2016

    https://www.youtube.com/watch?v=82kUbgR6EBg&index=76&list=PLwjUyRyOUwOKyMkaiepZif1C_4tvtkeRI&t=41s

    https://www.youtube.com/watch?v=syxm3PHH_BA&index=74&list=PLwjUyRyOUwOKyMkaiepZif1C_4tvtkeRI&t=0s

    EBI MAIA 2016

    https://www.youtube.com/watch?v=P1tZeYgTfgg

    https://www.facebook.com/100010083810964/videos/336034540076004/

    https://www.youtube.com/watch?v=P1tZeYgTfgg

    https://www.facebook.com/100010083810964/videos/336034540076004/

    https://www.youtube.com/watch?v=o8BfWtKHtZk&index=75&list=PLwjUyRyOUwOKyMkaiepZif1C_4tvtkeRI&t=0s

    atuam nos recitais

    já participaram com o grupo le ziaval no 22º em seia 2014 e no 26º na lomba da maia 2016 (em ponta delgada, maia e ribeira grande)

     

    detalhes em GRUPO DE DANÇAS TIMOR FURAK

  • Liga dos Combatentes quer reabilitar campa de “herói” timorense e português Artur do CANTO Resende

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    Díli, 21 ago 2019 (Lusa) — O Presidente da Liga dos Combatentes defendeu que as autoridades timorenses e portuguesas devem recuperar monumentos e túmulos de militares de Portugal, incluindo a do “herói” da 2.ª Guerra Mundial, Artur Resende, em Díli.

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    Liga dos Combatentes quer reabilitar campa de “herói” timorense e português Artur Resende

    | Mundo
    Porto Canal com Lusa

    Díli, 21 ago 2019 (Lusa) — O Presidente da Liga dos Combatentes defendeu que as autoridades timorenses e portuguesas devem recuperar monumentos e túmulos de militares de Portugal, incluindo a do “herói” da 2.ª Guerra Mundial, Artur Resende, em Díli.

    Mas, considerou Joaquim Chito Rodrigues, essa recuperação — que em muitos casos já ocorreu uma vez nos anos de 2000 a 2002 — deve ser seguida de manutenção regular para evitar a degradação em que todos se voltam a encontrar.

    Em entrevista à Lusa em Díli, Joaquim Chito Rodrigues, disse que das primeiras coisas que fez à sua chegada a Timor-Leste foi visitar o cemitério de Santa Cruz, onde estão enterrados vários militares portugueses, incluindo Artur Resende.

    “Era uma campa que já vinha predisposto a visitar. Artur Resende, um açoriano, teve aqui uma ação muito reconhecida pela população local”, contou à Lusa.

    Rodrigues disse que “há um movimento de açorianos e de combatentes no sentido de transladar Artur Resende para os Açores”, questão que não cabe à Liga decidir e que pode “ferir suscetibilidades locais, em Timor-Leste, onde é tido como um herói”.

    “O que não posso é ficar satisfeito quando vou à campa de um herói timorense, de um herói português, e a vejo naquelas condições”, afirmou.

    O presidente da Liga dos Combatentes diz que o caso da campa é exemplo de outros que já tiveram intervenções de recuperação, no início da década passada e que não foram alvo, depois, de qualquer manutenção.

    É o caso do Monumento aos Massacrados da 2.ª Guerra Mundial em Aileu, recuperado há cerca de 18 anos, que não foi alvo de qualquer manutenção regular e que voltou agora a ser recuperado por militares portugueses e timorenses.

    “O esforço feito em Aileu agora não pode ter que ser feito novamente daqui a 20 anos. Porque Aileu estava digno. A campa que visitei em Santa Cruz estava digna. Houve movimento de restauração dos monumentos. Mas agora estão todos danificados de novo”, lamentou.

    “Temos que garantir condições de manutenção, não apenas de restauração. Temos que interessar as autoridades locais, municipais, adidos e embaixadores. Não é só ter palavras ou ações cada 20 anos. É preciso uma atenção permanente sobre esses monumentos que representam e marcam as pessoas”, sustentou.

    Chito Rodrigues considerou que na maior parte dos casos a intervenção a fazer “é muito simples” e que, por isso, há condições para em Timor-Leste ampliar o programa de Conservação das Memórias iniciado pela Liga dos Combatentes em vários países.

    “Estou convencido que mais quatro ou cinco monumentos vão ser arranjados rapidamente. Penso que este túmulo [de Artur Resende] e outros relacionados com a 2.ª guerra Mundial, vão ser resolvidos”, disse.

    “Depois é manter, passar por lá de vez em quando, ir limpando”, afirmou.

    Chito Roodrigues insiste que conservar as memórias é “conservar a História” e recordar e homenagear quem “caiu pelo mundo fora, em serviço do país”.

    O programa da Liga dos Combatentes decorre há 10 anos, com intervenções em França, Cabo Verde, Guiné Bissau Moçambique e agora Timor-Leste, além de outras em Portugal, onde são conservados 250 talhões e 94 ossários.

    Artur Resende, que além da campa no cemitério de Santa Cruz é homenageado com um monumento no bairro do Farol, em Díli, é considerado um dos heróis da 2.ª Guerra Mundial.

    Rui Fonseca, que está ligado a Timor-Leste desde 1970, que foi adido da cooperação entre 1999 e 2003 e é um dos grandes especialistas das referências monumentais portuguesas no país, destacou num dos seus textos a história de Artur Resende.

    Natural de Vila Franca do Campo, nos Açores, onde nasceu a 07 de agosto de 1897, Artur do Canto Resende era um engenheiro destacado no Instituto Geográfico e Cadastral, tendo-se destacado pela sua ação durante a ocupação japonesa de Timor-Leste.

    “Interpondo-se por vezes às decisões do alto comando japonês, com risco da própria vida, conseguiu salvar a de outros e minimizar o sofrimento de muitos. A sua alcunha ‘Tudo se Resolve’ traduz muito da personalidade deste homem”, escreveu Rui Fonseca.

    “Mesmo quando imposta a ‘Zona de Proteção de Maubara e Liquiçá’, ou melhor, mais um campo de concentração com esse nome, e as condições de sobrevivência pioraram, com fome generalizada e falta de recursos de saúde, Resende, com a sua ação, foi conseguindo os mínimos para que todos continuassem vivos e esperançosos no dia de amanhã”, recordou.

    Acabou por ser preso em Díli, em 1944 e levado, com outros três portugueses: tenente Liberato, secretário administrativo José Duarte Santa, e o gerente do BNU, João Jorge Duarte, para a ilha holandesa de Alor, em frente a Timor.

    Morreu em fevereiro de 1945, devido à fome e à ausência de cuidados de saúde, tendo os seus restos mortais sido transladados para Díli, numa missão incumbida a outros dos nomes maiores de Portugal em Timor-Leste, Ruy Cinatti.

    Resende recebeu, a título póstumo, a mais alta condecoração nacional, a Ordem Militar Torre Espada do Valor, Lealdade e Mérito.

    Um homem que Manuel Viegas Carrascalão definiu como “um herói da guerra sem a fazer, um herói da neutralidade”, que se ofereceu para administrador de Díli, respondendo com “energia indomável” a todas as “emergências, extorsões, atos prepotentes dos japoneses”.

    ASP // JMC

    Lusa/Fim

    (mais…)

  • o primeiro voo Lisboa Díli(Timor)

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    Mapa da viagem Lisboa – Dilly – Lisboa.
    Este é um dos maiores feitos da aviação portuguesa e o facto de o avião ser relativamente frágil enobrece ainda mais a façanha. O voo de ida atravessou a África do Norte, com paragens em Argel, Tripoli, Bengazi e Tobruk, o Médio Oriente, com passagem por Gaza e Basra, internando-se depois pelo actual Paquistão e Índia, com as etapas a terminarem em Jask, Karachi, Allhabad, para finalmente rumar ao Sudeste Asiático e às Índias Orientais Holandesas, passando por Akyab, Banguecoque, Prachuab, Singapura, Soerabaia, Rambang e Díli.
    (in asasdeferro-suplementos.blogspot.com)

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  • ATERRAR EM DÍLI

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    J M Domingues Silva shared a link to the group: TIMOR NO CORACAO.

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    Aterrar em Dili – Timor Leste.

  • Na Tua Vinharia da Póvoa só se bebe vinho nacional — e pouco convencional | Vinhos | PÚBLICO

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    Com cerca de 300 referências de vinho diferentes, na Tua Vinharia, na Póvoa de Varzim, vendem-se vinhos de Norte a Sul e ilhas. Uma nova garrafeira na cidade, mas também um espaço “para estar” — e ficar, já que o vinho a copo é uma opção.

    Source: Na Tua Vinharia da Póvoa só se bebe vinho nacional — e pouco convencional | Vinhos | PÚBLICO

  • TIMOR 1975 A RETIRADA PORTUGUESA

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    CONTINUANDO…

    Voltando um pouco atrás… À medida que o Governador Lemos Pires, aflito, porfiava para que fosse, de Lisboa, finalmente, a ordem para a retirada para Ataúro (e porque não, como já dissemos anteriormente, para Baucau, com aeroporto internacional ?), e dali, da capital lisboeta, ainda a 21, por enquanto, apenas reafirmavam a necessidade “de manter presença portuguesa, com tropa portuguesa, mesmo simbólica”, já o Governo de Macau, sempre amigo, se solidarializava dizendo que, “se mais nada tiver que fazer e tiver que deixar Díli fá-lo-á com a tranquilidade de quem esgotou os meios e cumpriu a missão.” Qual missão? E que saberia Garcia Leandro sobre o que se passava em Timor, ele, que já ali vivera e, segundo constava, não o tinham aceitado para ser o novo governador, após a revolução dos cravos?
    Esgotadas todas as possibilidades políticas — devido não só à intransigente irredutibilidade, dos partidos, de só quererem parlamentar após a verdadeiramente hiperbólica prévia extinção, recíproca, como também à sua teimosia e ao seu ódio inconsequente — não teria sido altura de surgir o comandante-chefe, tentar, naquela altura, talvez já um pouco tarde, e acabar com toda aquela megalomania? Porque deixou ele arrastar-se tudo até a situação estar quase irremediável?
    E estaria mesmo?
    O facto é que, no dia 26, quando decorria a operação de evacuação para o ‘Mac Dilly’, houve uma reacção explosiva, pela parte dos ‘páras’, quando algumas granadas caíram no cais, causando vários feridos, três deles seus camaradas, e inutilizando o helicóptero ali estacionado. Fartos da tensão em que viviam, comprimidos por não poderem agir, enfurecidos por tanta provocação, sem pedirem autorização aos comandos, duas secções organizaram-se e foram, cada uma delas a um dos contendores, avisando-os de que, a partir daquele momento, “reagiriam ofensivamente com todos os meios disponíveis”, ambos os lados se desculpando de que não tinha sido do seu território que tinham partido os tiros, acabando mesmo a UDT por lhes devolver um morteiro e as munições. Realmente, como confirmaram logo de seguida, as granadas tinham saído da PM, em Balide, tendo os seus autores desaparecido em rápida fuga. Não foi caso inédito porque, já uns dias antes, quando tinham ameaçado atacar uma barcaça que tinha ido a Baucau, os pára-quedistas os tinham confrontado, que, se tal acontecesse eles reagiriam, os revolucionários contiveram-se e nada aconteceu.
    A esta mesma pergunta chegou o Cap. Piloto Aviador Alves Ferreira quando, no seu livro “O Último Voo Sobre Timor”, conta que “a situação tornara-se agora crítica, os morteiros iam caindo cada vez mais próximo do porto, onde centenas de pessoas aguardavam oportunidade de serem evacuadas, e alguns oficiais eram de opinião que a situação poderia ainda ser controlada por uma acção de força “, sendo “sugerido que todos os militares metropolitanos se juntassem aos ‘páras’ e juntos poriam cobro ao diferenço”. E interrogava-se: “Seria viável?”. E, embora anuindo, em principio, à exclamação de alguém que dizia ser uma “Loucura! Só um louco poderá sugerir tal hipótese é que seriam pouco mais de cem pessoas contra várias companhias”, já confirmava que “o que era de facto, mas na prática talvez decisão não fosse tão louca como parecia”, quando, “mais tarde, aquando do rebentamento dos morteiros no porto em que dois ‘páras’ ficaram gravemente feridos, eles provaram que a situação podia ser dominada”. E analisava: “Que conclusão tirar de tudo isto? Seria realmente uma loucura tomar uma posição de força? Não estariam antes os opositores aguardando essa tomada de posição para assim justificar o seu cansaço bélico, ou, pelo contrário, ter-se-iam unido contra nós? Uma coisa é certa: a agressividade de qualquer das facções não era convincente, alguns de nós chamámos-lhe a ‘guerra do Solnado’; até tinha horário de trabalho! As posições que conquistavam durante a manhã eram abandonadas para o almoço, recuperadas à tarde para de novo as largarem ao jantar! Os resultados eram praticamente nulos, dia após dia. Se por cada cem balas disparadas uma atingisse o objectivo, a guerra tinha acabado por falta de contendores. Nem de um lado nem do outro havia determinação. Os desertores abandonavam as armas em qualquer lado. Nas fileiras do MAC-UDT houve um sem número deles. De tudo isto resulta a minha convicção de que uma atitude da nossa parte… Mas isto não passa de uma conjectura minha pessoal.”
    Não era. Estou convencido, a 100%, como já referi, que a suposição deste oficial, corroborada por muitos outros, estava absolutamente certa, só divergindo na hipótese, por ele aventada, de que ambas as partes se uniriam contra nós. Nunca!
    Ainda antes da partida, mantida secreta, para Ataúro, constituída, com muito orgulho, pela ‘esquadra’ formada por um rebocador — o Lifau —, duas barcaças — a Laleia e a Comoro —, e ainda um pequeno barco patrulha, o ‘Albufeira’ (em Lisboa, porque ali fora baptizada com um nome bem timorense, de ‘Tibar’), a estação Rádio Naval recebeu um telegrama da Austrália, assinado por Ramos Horta, solicicitando a sua entrega à Fretilin (o que, segundo L. Pires, foi efectuado), “em que aconselhava para terem prudência e conversarem com a UDT, face a uma possível invasão da Indonésia”.
    Houve ou não precipitação, na partida ?

    CONTINUAREI…

    NOTA DO EDITOR DESTE BLOGUE. no meu livro timor leste 1973-1975 suscitei dúvidas semelhantes, sempre entendi que uma intervenção portuguesa acabaria com aquilo, a tempo

  • Timor o momento da saída do governador Lemos Pires

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    CONTINUANDO…

    De acordo com o livro, da autoria do Governador Lemos Pires”, fora previsto que o embarque dos elementos que seguiam para a ilha de Ataúro se processasse até às vinte e uma horas e trinta, hora a que nascia a Lua. Às vinte e uma horas e quinze, quando se iniciava o embarque do grupo de comando, o comandante da Defesa Marítima foi chamado para receber uma comunicação do navio ‘Mac Dilly’, já ao largo, em que este informava estar perto um ‘destroyer’ indonésio, que, por não conseguir contacto com a radionaval, lhe pedira transmitir ao governador que ‘tinha ordens do seu Governo para na manhã seguinte mandar a terra buscá-lo, assim como o seu staff para os colocar em segurança’. Foi respondido que agradecia e que daria resposta dentro de duas horas. O embarque, assim retardado, só viria a verificar-se às vinte e duas horas. Foi providenciada a resposta à mensagem recebida do navio de guerra indonésio informando-se que o governador já se encontrava fora de Díli, tendo saído pelos meios próprios, e que, se o pretendesse, poderia receber o comandante indonésio a partir da manhã do dia seguinte na ilha de Ataúro. A resposta foi afirmativa, dizendo que iriam a Ataúro, porém tal não aconteceu. Soube-se posteriormente que o navio de guerra era um destroyer, o ‘Mon I idi’, que durante o dia seguinte foi a Díli, enviou barcaças à praia e recolheu o cônsul e pessoal do Consulado da Indonésia”.
    Numa mensagem para o governador de Macau, Garcia Leandro, entre outros assuntos, L. Pires comentava: “Com amargura deixei Díli mas a situação impunha-se há muito. Lamento que Portugal e a comunidade internacional não tivessem tornado viável a solução da crise em tempo oportuno “.
    E acrescentava: “Quando a pequena embarcação que me transportava largou do cais de Díli, virava-se uma página do livro do Império português; não uma página gloriosa como aquela que sonhara do dia em que os Timorenses, juntos com Portugal, finalmente assumissem a responsabilidade dos seus destinos mas antes e infelizmente uma etapa de frustração e impotência que as lágrimas agora soltas na solidão do mar não conseguiram esbater”. E continuava: “Para trás ficava o mar da esperança que, com seriedade e perseverança, tínhamos tentado construir e que uma disputa fratricida e insídia estranha sanguinolentamente interromperam. Para trás ficava o peso da responsabilidade de uma situação que não conseguira controlar. Para a frente a angústia e a responsabilidade do futuro dos Timorenses, dos militares prisioneiros, da dignidade de Portugal, que me seriam imputados independentemente de ter havido ou não capacidade de acção.” “Uma certeza surgiu claramente no meu espírito: seria eu o bode expiatório do desaire português em Timor, peça mais vulnerável até porque desligada dos poderes políticos em confronto em Portugal…..” Mas adianta, “quando, de novo, pisei terras de Timor, nas praias de Ataúro, não me senti vencido, mas antes um pião da história a quem tinha cabido uma fatia amarga, de que ainda mal provara o fel. Mas era preciso tomar decisões e agir, instalar, contactar as gentes de Ataúro saber do que se passava em Díli e no interior, na Austrália, em Lisboa, e na ONU. “
    À chegada a Ataúro, Lemos Pires devia assemelhar-se a Bonaparte, quando desterrado para Santa Helena. Ele mesmo, quando pelas 11 horas da manhã de 27, consegue chegar à praia da ‘ilha das cabras’, utilizando as indicações preciosas de um pescador local, pois o seu plano, laboriosamente traçado, parecia soçobrar no final, por o pessoal da manobra não conhecer os fundos da entrada, ele próprio descreve como “fraca frota e miserável pompa a da chegada do Governador a terras de Timor (note-se bem… não se julgue, maliciosamente, que a fuga foi empreendida para terra estranha, ela foi de Timor para Timor), para se instalar, comparada com a dos primeiros portugueses que, para a época, exibiam bem mais poder e dignidade.”
    Ele que, possivelmente, esperaria o trombetear dos clarins da vitória, o já “virem pelas ruas caminhando, rodeado de todo sexo e idade, os principais que o Rei buscar mandara o Capitão da Armada que chegara e que com desusada festa, já na terra, nos braços o levavam e num portátil leito da rica cama lhe oferecem em que vá, costume usado, que nos ombros dos homens é levado…” (Reminiscências dos “Lusíadas”), afinal, parece que nem estaria a recebê-lo o Rei de Ataúro, o nosso velho amigo — deportado, em tempos, de S. Tomé —, o grande de físico e de alma, Mário Lopes da Silva.
    “Agora, senhor da ilha ou dela prisioneiro, com toda a liberdade ou sem poder nenhum, pião a fazer rodar a História ou simplesmente rodando pelo impulso do seu vento.”
    Só então, tarde e à más horas, o governador parecia dar-se conta de quão vexatória e humilhante era a presença do Governo, naquela ‘ilhas das cabras’ e “a falta de dignidade que isso representava para Portugal.” De certeza que não adivinhava o que o poeta-meteorologista já versejara e frisara: ‘Se Timor é fim do mundo, Ataúro é fim do fim’.
    Efectivamente… era o fim de tudo: uma Tragédia de quase um quarto de século, com cerca de duas centenas de milhares de mortos, violações, roubos, martírios, suplícios, desprezo por um Povo Heróico que sofreu, aguentou, lutou e… acabou por vencer.

    CONTINUAREI…

  • Timor memórias venda de sal no mercado Manatuto

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    Maria Guterres to TIMOR NO CORACAO

    4 hrs

    Mulheres num bazar!
    Fotografia de Ramos Horta – Edição do M.N.F – Timor

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    Mulheres num bazar!
    Fotografia de Ramos Horta – Edição do M.N.F – Timor

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      Maria GuterresMaria Guterres replied

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    • António Serra O produto dentro dos sacos é Sal. Manatuto é conhecido pela sua produção de Sal e ainda hoje ha muito Sal a venda no Mercado de Manatuto