Categoria: Timor

  • Visão | Número três do Vaticano pede aumento das ações de apoio social em Timor-Leste

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    O substituto do secretário de Estado do Vaticano afirmou hoje que a Igreja vai procurar aumentar, dentro das possibilidades, as ações de apoio social que está a levar a cabo em Timor-Leste, no intuito de ajudar no desenvolvimento do país

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  • rui cinatti

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    Ruy Cinatti (1915-1986): um apaixonado de Timor.
    Ruy Cinatti (1915-1986), poeta, antropólogo e agrónomo, nasce em Londres, onde o seu avô materno, Demétrio Cinatti (1851-1921), era então cônsul geral português. Regressado pouco depois a Portugal, Ruy Cinatti, órfão de mãe aos 2 anos, foi educado pelo avô materno, de quem terá recebido numerosas influências, e depois da morte deste, pelos avós paternos.
    Aluno interno no Instituto Militar dos Pupilos do Exército, Ruy Cinatti licenciou-se depois em agronomia no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, dedicando-se à fitogeografia, área em que publicou diversos trabalhos. São classificadas com o seu nome, em 1948, duas novas espécies botânicas: Eucalyptus Cinattiensis e Justitia Cinattii.
    Mais tarde, em Oxford, estudou etnologia e antropologia social e entre 1943 e 1945 foi meteorologista aeronáutico da Pan American Airways, o que lhe permitiu viajar pelo mundo. Descobre e apaixona-se por Timor, onde, entre 1946 e 1948, foi secretário e chefe de gabinete do governador, percorrendo o território a fim de elaborar um levantamento da distribuição botânica na ilha, e, entre 1951 e 1956, diretor dos Serviços de Agricultura, elaborando vários estudos nas áreas da fitogeografia e da antropologia social – alguns dos quais viriam a ser publicados pela Junta de
    Investigações do Ultramar, organismo de que vem a ser investigador.
    Regressa a Timor em 1961 para recolher elementos para a sua tese de doutoramento e regista, em 6000 metros de filme, a delapidação do ecossistema e do património cultural timorense, cujo equilíbrio assentava numa delicada relação entre o homem a natureza aperfeiçoada ao longo de gerações. Entre 1963 e 1965 viaja pelo Oriente, em 1966 faz a sua última viagem a Timor e em janeiro de 1975 dirige uma carta, nunca publicada, ao Diário de Notícias, em que previne para o perigo da invasão indonésia.
    Juntamente com Tomaz Kim e José Blanc de Portugal, fundou e dirigiu, entre 1940 e 1942, a primeira série da revista Cadernos de Poesia, na qual publicaram os poetas mais relevantes do seu tempo. Em 1951, com Jorge de Sena, José-Augusto França e José Blanc de Portugal, dirige a segunda série da revista onde publica as suas primeiras obras poéticas: Nós não somos deste mundo (1941), e Anoitecendo a vida recomeça (1942).
    Entre 1942 e 1943, funda e dirige a revista Aventura, de inspiração espiritual católica, mas que acolhe «todas as expressões de beleza, todas as formas do trabalho do homem», enquanto expressões de um «Deus – motivo de toda a criação, origem de toda a justiça», a qual exerceu, segundo Jorge de Sena, «ação destacada no nosso meio cultural».
    A poesia de Ruy Cinatti possui uma grande liberdade métrica e lexical, integrando temáticas tradicionalmente não poéticas e mantendo uma particular relação com espaços e populações.
    Ruy Cinatti foi distinguido com o Prémio Antero de Quental (1958), pela obra O livro do nómada meu amigo, e com o Prémio Nacional de Poesia (1968), por Sete septetos, bem como com o Prémio Camilo Pessanha (1971), com Uma sequência timorense, e com o Prémio P.E.N. Clube Português de Poesia (1982), com 56 Poemas.
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  • TIMOR E AS DROGAS

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    Presidente timorense quer política de droga que distinga narcóticos e canábis
    Díli, 15 set 2022 (Lusa) – O Presidente timorense defendeu hoje novas políticas de droga para Timor-Leste, mais informadas e sem preconceitos do passado, separando o canábis das drogas perigosas, e notando o perigo do consumo do tabaco e da noz betel no país.
    “O debate em torno da política de drogas em Timor-Leste precisa de avançar. Tem sido mal informado e depende de preconceitos herdados do passado. Está desfasado da situação em muitos outros países”, afirmou José Ramos-Horta no Parlamento Nacional.
    “Ao rever as nossas políticas em matéria de droga, precisamos de diferenciar entre narcóticos e canábis. A canábis já não pode ser agrupada com drogas perigosas, como as metanfetaminas e a heroína”, sustentou.
    O chefe de Estado usou o caso de recentes operações policiais que levaram à detenção de alegados traficantes e consumidores de canábis em Timor-Leste para criticar a forma de atuação da polícia e a política da droga.
    “Reconsiderar a forma como lidamos com as drogas poderia lançar as bases para soluções alternativas produzidas localmente. A proibição punitiva nega a Timor-Leste muitos benefícios: marijuana medicinal, rendimentos dos agricultores, impostos, produtos de cânhamo, e turismo”, enfatizou.
    No que se refere à política de droga, Ramos-Horta deu exemplos de “políticas esclarecedoras” como as de Portugal e as “políticas esclarecidas” de países como a Tailândia e Malásia relativamente ao uso médico da canábis”.
    “Na Europa, Austrália e EUA, o uso médico de canábis tem tido um efeito positivo na prevenção do crime, na saúde e na economia. Alguns estados dos EUA dependem agora de impostos provenientes da marijuana medicinal para financiar as suas economias”, referiu.
    “Prevê-se que a indústria legal da canábis nos EUA resulte em breve em 128,8 mil milhões de dólares em receitas fiscais e uma estimativa de 1,6 milhões de novos empregos. O Fórum da Ásia Oriental estima que o valor de mercado da canábis medicinal na Tailândia esteja entre 660 milhões e 2,5 mil milhões de dólares americanos até 2024”, enfatizou.
    O chefe de Estado insistiu que Timor-Leste “não é uma sociedade livre de drogas”, referindo que “o álcool, o tabaco e a castanha de bétel estão em constante uso e abuso”. “Temos de ser abertos e francos e aceitar que o maior e possivelmente mais perigoso narcótico utilizado atualmente em Timor-Leste é a noz de bétel. Temos de compreender os seus efeitos positivos e negativos”, disse.
    O chefe de Estado referiu-se ainda às atuais políticas de medicamentos que, considerou, “estão a ter efeitos negativos sobre o direito das pessoas a cuidados de saúde”, referindo que o acesso a certos analgésicos “tornou-se mais restrito, afetando aqueles que vivem diariamente com dor”.
    ASP // PJA
    Lusa/Fim
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  • notas de timor

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    Timor Português
    Nota de 100$00 – Banco Nacional Ultramarino
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  • o jogo em timor

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    Timor Português
    Ficha de Jogo de 1$00 – STDT – Dili – Data Desconhecida
    Jaime Salgado e Carlos Pascoal no livro “Fichas Coloniais Portuguesas”, Ed. Numisma, Lisboa, 1990, referem a existência de somente três tipos de fichas para o território de Timor, sendo este o único tipo atribuído a este emissor (entrada T1).
    Curiosamente é descrita como sendo em latão-níquel, o que efectivamente não me parece, pois embora esta peça aparente ter sido limpa e tenha possivelmente estado inumada dado alguma corrosão, a côr que apresenta em tudo faz crer tratar-se de bronze.
    Porém, creio improvável a hipótese de tratar-se de uma variante não catalogada, dado a respectiva entrada na citada obra ser ilustrada com esboço, o que poderá indiciar que os autores não observaram qualquer exemplar directamente, o que é consistente a descrição que fazem e limita-se à transcrição que passo a citar:
    “Segundo (JFS*), trata-se de uma ficha de jogo do casino pertencente à empresa Sociedade de Trabalhos Diversos de Timor (S.T.D.T.)”
    * JSF: Brief Catalog of the Portuguese Colonial Tokens – Jerry F. Schimmel, S. Francisco, EUA, 1988
    (in Forum de Numismática)
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    • José Bárbara Branco

      Sociedade de Turismo e Diversões de Timor, sociedade afiliada da STD de Macau, de Stanley Ho, que não chegou a funcionar.
  • Timor-Leste: Ramos-Horta defende futuro de parceria com Darwin | e-Global

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    O chefe de Estado timorense, José Ramos-Horta, defendeu nesta segunda-feira, 12 de setembro, um futuro de parceria entre o seu país e Darwin, cidade a norte do território australiano. Ambos são concorrentes no projeto do campo de gás de Greater Sunrise, no mar de Timor, mas o governante considera que o melhor para os dois […]

    Source: Timor-Leste: Ramos-Horta defende futuro de parceria com Darwin | e-Global

  • REPOSTO TEXTO ORIGINAL EM DARE, TIMOR

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    Demorou mas, ao que parece , voltou ao seu lugar em Dare com o texto original.
    Pode ser uma imagem de monumento, ao ar livre e texto que diz ""Ao povo portugues do Minho Timor. Oferta do povo australiano como prova de gratidão pela ajuda prestada aos seus soldados durante os anos de 1939-1945 e muita particularmente ao povo de Timor pelos homens do comando 2/2 .(Companhia Independente) que aqui combaterám em 1942.' "To the Portuguese people, from Minho to Timor. gift from the Australian people as proof of their gratitude for the assistance rendered to his soldiers from 1939 to 1945, and most particularly to the Timorese people, from the men of the I.C. 2/2 (Independent Compny) who fought here in 1942."
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  • confrontos em timor, mais uma vez

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    Vários feridos e detidos depois de confrontos entre grupos rivais em Díli
    Díli, 06 set 2022 (Lusa) – Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas, incluindo um efetivo das forças armadas, e pelo menos quatro pessoas foram detidas na sequência de confrontos entre grupos rivais e forças de segurança em Díli, disseram hoje policiais.
    Os confrontos, que envolveram elementos de pelos menos dois grupos rivais de artes marciais, o PSHT e o 77, marcaram a tensão que se vive em Díli desde a morte, na sexta-feira, de um jovem de 21 anos que estava detido numa cela da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) em Díli.
    Esse jovem, do grupo PSHT, foi detido na madrugada de quinta-feira depois de agredir violentamente um outro jovem, do grupo 77, que não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda-feira à noite, no Hospital Nacional Guido Valadares.
    Apesar das investigações iniciais apontarem o suicídio com causa da morte do jovem na cadeia, famílias e elementos do PSHT levantaram suspeitas sobre um possível envolvimento de efetivos policiais na morte, com rumores a espalharem-se nas redes sociais.
    Preventivamente, e apesar de ainda estar a decorrer a investigação pela Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e pela Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC), o comando geral da polícia timorense suspendeu os oito agentes que estavam de piquete no dia da morte, sexta-feira passada.
    Ainda assim, fontes da investigação explicaram à Lusa que os dados preliminares, incluindo a autópsia ao jovem de 21 anos não apontam ter havido qualquer agressão, confirmando a morte por “asfixia mecânica por meio de enforcamento”.
    Perícias e diligências adicionais continuam a ser conduzidas para apurar exatamente as circunstâncias da morte, confirmaram fontes policiais.
    Apesar disso, as suspeitas, na sequência do velório do jovem, levaram já na sexta-feira a confrontos no centro de Díli, com a polícia forçada a usar gás lacrimogéneo para dispersar uma multidão.
    A tensão manteve-se durante o fim de semana, e, na segunda-feira, depois do funeral, apoiantes dos dois grupos rivais voltaram a confrontar-se, com vídeos amadores a registarem, entre outros momentos, as agressões com murros, pontapés e pedras a um efetivo das Forças de Defesa (F-FDTL), que tentava acalmar a situação
    O vice-ministro do Interior, António Armindo, disse à Lusa que a situação causou muita preocupação e descontentamento no Governo, com o primeiro-ministro e ministro do Interior, Taur Matan Ruak, a “pedir desculpa à comunidade por esta perturbação da ordem pública”.
    “O primeiro-ministro instruiu-me a mim e ao ministro da Defesa para trabalhar com as forças de segurança para evitar e prevenir mais violência entre estes dois grupos”, disse.
    “Hoje de manhã vai haver uma reunião urgente para definir um mapa de operações em Díli a partir de hoje mesmo para garantir a segurança das pessoas em Díli. Entendemos que as perturbações causaram pânico e preocupação e sentimento de insegurança na comunidade, e por isso o Governo tem que atuar de acordo para garantir e repor a ordem e a segurança da população”, afirmou.
    Armindo admitiu preocupação que a morte no hospital do jovem vítima de agressão possa ser um novo rastilho de violência hoje, prometendo que as autoridades vão atuar para evitar “mais escalada da violência”.
    “Vai ser feita uma declaração conjunta pelos dois comandantes detalhando a operação conjunta que vai ser implementada”, disse, notando que, além das vítimas registadas nos confrontos das últimas 24 horas, foram também causados danos a casas e veículos.
    ASP // EJ
    Lusa/Fim
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    • Maria José Barbosa

      Curiosamente, todos, à exceção do militar, estão de capacete. Não é, seguramente, coincidência. Foi deliberado…
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  • a riqueza de timor não é petróleo, são timorenses

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    May be an image of text that says "Receitas (2020) de Timor Leste das remessas dos seus emigrantes em 4 países (USD): transferências dos 4 países 207 618 961 exportações totais (sem ptróleo) 16 127"
    Principal exportação de Timor Leste: timorenses… 🙂
    You, José Bárbara Branco and 2 others
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    • Rui Fonseca

      Numa conversa informal com o saudoso Bispo D. Basílio do Nascimento, ironizava profeticamente dizendo que Timor-Lete era uma grande fábrica de emigrant
  • timor, processamento de gás natural

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    PR timorense reconhece complexidade de projeto de processamento de gás natural
    * António Sampaio, enviado da agência Lusa *
    Darwin, Austrália, 10 set 2022 (Lusa) – O Presidente timorense reconheceu hoje a complexidade de um eventual projeto de processamento de gás natural em Timor-Leste, para o poço de Greater Sunrise, apontando, porém, os enormes potenciais benefícios do investimento.
    José Ramos-Horta, que está na reta final de uma visita de Estado à Austrália, falava à Lusa depois de uma passagem pela Darwin GNL (Gás Natural Liquefeito), a unidade gerida pela operadora Santos e que processa desde 2006 o gás oriundo do campo de Bayu-Undan, no Mar de Timor – principal fonte de receita para os cofres timorenses desde a independência.
    “Este é um local importante para Timor-Leste e revelador da enorme complexidade técnica, de engenharia, de segurança. Mais de mil milhões de dólares [praticamente o mesmo em euros] para estas infraestruturas, a que se soma o gasoduto”, disse.
    “Tudo me preocupa, obviamente, porque estamos a lidar com alta tecnologia, meio ambiente, natureza, numa região do mundo sísmica, perto do Anel de Fogo e são tudo coisas imprevisíveis. E contra surpresas da natureza não há defesa possível”, explicou Ramos-Horta.
    Richard Hinkley, da Santos, explicou aos jornalistas que, desde que começou a funcionar, o campo de Bayu-Undam representou receitas de 21 mil milhões de dólares (20,9 mil milhões de euros) para Timor-Leste, dando emprego a mais de 500 timorenses.
    Na reta final de vida como campo de exploração, o Bayu-Undan deverá deixar de produzir em 2023, ganhando mais um ano devido a um investimento de 200 milhões de dólares (199 milhões de euros) feitos pela Santos em 2021.
    “Quando a produção chegar ao fim da vida será levado do Bayu-Undan para a zona de Tibar, em Timor-Leste, um navio que é uma estrutura de armazenamento offshore, e que vai ser desmantelado, com um custo de cerca de 100 milhões de dólares” (99,6 milhões de euros), referiu Hinkley.
    Ramos-Horta notou que, comparativamente ao Bayu Undan, o Greater Sunrise será de muito maior dimensão.
    “Imaginemos isto em Beaço, ou Natarbora [no sul de Timor-Leste] e talvez ainda de maior dimensão do que este, e o que pode trazer para Timor, em termos de benefícios. 50 mil milhões [de dólares (49,8 mil milhões de euros)] só da venda do gás e outros tanto que resultam de indústrias secundárias que resultam desta”, referiu.
    “Mas ficamos também no nosso solo com todo este equipamento que algum dia ali ficará, sem funcionar, porque o gás, como tudo, é finito”, disse Ramos-Horta, notando ainda a transição para as renováveis.
    Hinkley deu conta da nova fase de vida do projeto que se vai tornar, explicou “no maior projeto de captura de carbono da Ásia-Pacífico, com a previsão de que possa, a partir de 2024, atingir uma capacidade de injeção de 10 milhões de toneladas de carbono no espaço do poço outrora ocupado pelo gás natural.
    Para isso, explicou, a Santos já concluiu a fase de regulamentação esperando concluir n próximo ano a fase de decisão final sobre o investimento, momento que formaliza a decisão do investidor de avançar com o projeto.
    “Temos aqui as bases para o que pode ser a maior unidade de armazenamento de carbono. Daqui a três anos teremos uma unidade idêntica à atual, com um gasoduto paralelo até Bayu-Undan, para armazenar carbono”, disse Hinkley, notando que a procura nesta área é hoje muito maior do que a oferta.
    “Inicialmente vamos começar com dois milhões de toneladas por ano, mas podemos aumentar até aos 10 milhões e quando isso ocorrer será o maior do mundo, criando grandes oportunidades para Timor-Leste que se tornaria assim líder mundial em captura de carbono”, frisou.
    A visita de Ramos-Horta a Camberra ocorre numa altura em que se intensifica o debate sobre o futuro desenvolvimento do projeto do Greater Sunrise, que está há anos parado devido ao diferendo entre os dois países sobre o modelo de desenvolvimento.
    A posição australiana defende um gasoduto até Darwin – que se ligaria ao projeto do Darwin GNL – enquanto Timor-Leste, que tem posição maioritária no consórcio do projeto, insiste num gasoduto para o país.
    Timor-Leste detém 56,6% do Greater Sunrise, localizado a 150 quilómetros (KM) a sudeste do país e a 450 km a noroeste de Darwin, em parceria com Woodside (34,44%) e a Osaka Gas (10%).
    Na semana passada, numa curta visita de 24 horas a Díli, a chefe da diplomacia australiana, Penny Wong, disse que é preciso “desemperrar” o desenvolvimento do projeto dos campos de gás de Greater Sunrise, considerando-o extremamente importante para a resiliência económica de Timor-Leste.
    “É importante reconhecer que os parceiros do consórcio [do Greater Sunrise] – a Timor Gap, a Woodside e a Osaka Gas têm que chegar a acordo para o projeto avançar e isso ainda não ocorreu”, disse Penny Wong em Díli.
    “Isto está emperrado há muitos anos. Disse ao Presidente [timorense] e a outros que temos que o desemperrar, ver uma forma para resolver isto. Mas a melhor forma de resolver isso, respeitosamente, não é através dos ‘media’”, afirmou na altura.
    A chegada ao poder dos trabalhistas na Austrália – onde governam desde maio com maioria absoluta – poderá representar um novo ímpeto à solução do problema que é crucial para Timor-Leste que enfrenta, possivelmente dentro de apenas uma década, o fim da sua atual principal fonte de financiamento, o Fundo Petrolífero.
    Ramos-Horta espera, por isso, que a visita a Camberra possa permitir avançar com o projeto, tendo já ameaçado que, se a Austrália se mantiver intransigente, e num curto espaço de tempo, Timor-Leste poderá procurar outros parceiros, sejam a vizinha Indonésia, a Coreia do Sul, Japão ou a China.
    ASP // VQ
    Lusa/Fim
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    Inacio Moura and 8 others
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